Lula mais fraco seria pior para o Brasil, diz colunista


Para Ricardo Noblat, um Lula mais fraco seria pior para o Brasil. Segundo o colunista, é dele que advém toda a força que ainda segura a respiração artificial do governo. O colunista ainda analisa que são os movimentos sociais ainda sustentam a presidente Dilma e o sonho de ter Lula no poder novamente é o que sustenta o PT.

Segundo a coluna de Noblat no jornal O Globo, a pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada na semana passada, demonstra que a imagem do ex-presidente petista foi abalada em função das investigações da Lava-Jato. Isso foi antes mesmo da notícia sobre tríplex da família Lula no Guarujá e do sítio em Atibaia se tornarem públicas.

O colunista apresentou dados dizendo que para 68% dos entrevistados, Lula não tem mais moral para falar de ética, ante 57% no mensalão. Na avaliação de 67%, ele é tão corrupto quanto os outros políticos. Portanto, a opção pelo PT caiu de 28% em 2002 para 6% em 2016. De acordo com a pesquisa, o partido é apontado por 71% como mais corrupto do que os demais.

A presidente Dilma procura se manter distante do PT para tentar escapar do seu desgaste. Nem assim a situação de Dilma melhorou, pois 92% dos entrevistados acreditam que o Brasil está no rumo errado, e 79% avaliam o governo como ruim ou péssimo. 60% defende o impeachment de Dilma.

Depois de tantos escândalos nos ultimo dias, Lula e Dilma estão impedidos de circular livremente pelo país e só comparecem a solenidades fechadas. Ainda sim, ela é vaiada.

Para Roberto Noblat, o destino de Lula depende muito mais dos resultados das investigações policiais do que da sorte do governo. Isso significa que a presidente pode permanecer até o seu ultima dia de mandato sofrendo, enquanto que a sucessão de Lula pode ir por “água a baixo”. Informações do Notícias ao Minuto.

Troca-troca partidário após o Carnaval promete agitar a Câmara


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O fim do recesso de Carnaval e o retorno dos parlamentares à Brasília promete movimentar a já agitada cena política do país. Paralelamente à votação de propostas do ajuste fiscal e à retomada do rito do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, um tema tem concentrado a atenção dos deputados federais no início do ano legislativo: as negociações para o “mês do troca-troca”partidário, que terá início no próximo dia 18.

O Congresso Nacional, segundo informou a “Folha de S. Paulo”, marcou para essa data a promulgação de emenda à Constituição que abre uma janela de 30 dias para que qualquer detentor de mandato eletivo troque de legenda sem risco de ser cassado por infidelidade partidária.

Na Câmara dos Deputados as negociações se intensificaram no início deste mês e continuarão até março, quando se fecha a janela. Um dos principais objetivos de quem negocia sair de sua legenda é, de acordo com a “Folha”, assumir o comando da nova sigla em seu Estado e, consequentemente, controlar uma maior fatia dos recursos públicos do Fundo Partidário, além de tempo de televisão da propaganda eleitoral gratuita.

Tendo distribuído R$ 868 milhões aos 35 partidos existentes em 2015, o fundo será, daqui para a frente, a principal fonte oficial das campanhas eleitorais, já que em decisão tomada no ano passado o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu empresas de financiarem candidatos.

Segundo líderes de bancadas e deputados na “Folha”, as migrações vão atingir a maioria das siglas.

Congresso promulgará emenda que abre janela para troca de partidos


Será promulgada em 18 de fevereiro, em sessão conjunta do Congresso Nacional, a emenda constitucional que abre “janela” para troca de partidos sem perda de mandato. De acordo com o texto (PEC 182/07), os detentores de mandatos eletivos poderão deixar os partidos pelos quais foram eleitos nos 30 dias seguintes à promulgação da emenda.

A desfiliação, no entanto, não será considerada para fins de distribuição do dinheiro do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão.

De acordo com a Agência Câmara Notícias, a medida fez parte da proposta de emenda à Constituição que trata da reforma política já aprovada pelos deputados. O restante do texto, que prevê medidas como o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo, ainda vai ser examinado no Senado.

Lula se queixa de Dilma e do avanço das investigações


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se queixou com amigos, nos últimos dias, da ausência de manifestação mais contundente da presidente Dilma Rousseff em sua defesa desde o recrudescimento do bombardeio contra ele. Na avaliação de Lula, o Ministério da Justiça deveria coibir “abusos” da Polícia Federal para devassar sua vida nas investigações.

Em reunião com dirigentes do PT, deputados e advogados, anteontem, Lula argumentou que, diante do desgaste sofrido, é preciso uma nova estratégia de comunicação. A ideia do PT para estancar a crise é montar uma rede de apoio ao ex-presidente, na linha “somos todos Lula” – incluindo políticos de outros partidos e representantes de movimentos sociais -, com ações de rua e de mídia.

Dilma confirmou presença na comemoração dos 36 anos do PT, marcada para os dias 26 e 27, no Rio, quando a cúpula do partido fará um desagravo a Lula. No ato, os petistas baterão na tecla de que há uma “caçada política” contra o ex-presidente para interditar o PT, inviabilizar o governo e derrotar a esquerda nas eleições de 2018. Lula sempre foi o “plano A” do PT para a sucessão de Dilma, mas agora tudo depende dos desdobramentos das investigações.

O Palácio do Planalto foi informado da insatisfação do ex-presidente no último dia 28, um dia depois de Dilma ter voltado de viagem a Quito. Na ocasião, ao ser questionada se a Operação Lava Jato se aproximava de Lula, Dilma criticou as “insinuações” contra ele e disse achar “extremamente incorreto” esse tipo de vazamento, mas não quis se alongar no assunto.

Embora o ex-presidente esperasse mais solidariedade da sucessora, um integrante do Instituto Lula tentou pôr panos quentes. “Como é que a Dilma vai defender o Lula se ela própria não consegue se defender?”, perguntou ele, sob a condição de anonimato, em referência ao cerco contra o Planalto.

Lula é alvo da Operação Zelotes, que investiga um esquema suspeito de “compra” de medidas provisórias em seu governo. O Ministério Público de São Paulo, por sua vez, apura a suspeita de ocultação de patrimônio relacionada à compra de um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá, no litoral paulista. Lula admite ter visitado o condomínio com o então presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, condenado à prisão, mas nega ser proprietário do apartamento.

A Lava Jato também vasculha benfeitorias executadas por empresas envolvidas no escândalo da Petrobras em um sítio frequentado por Lula e sua família, em Atibaia, no interior de São Paulo. O ex-presidente afirma que usa o sítio para descansar, mas não é dono da propriedade.

No Planalto, auxiliares de Dilma comparam as investigações da Polícia Federal à CPI dos Bingos, batizada de “Fim do mundo” pelo ex-presidente por abrir várias frentes contra o governo e o PT, em 2005 e 2006. Ministros do núcleo político dizem não ter dúvidas de que a oposição quer “esquentar” o processo de impeachment contra Dilma, jogando agora os holofotes sobre Lula.

“Se estão fazendo isso contra um ex-presidente da República respeitado como o Lula, imagine o que não vão fazer com a classe política?”, perguntou o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, na terça-feira, em reunião com líderes de partidos da base aliada na Câmara. Sob a alegação de que, do jeito que as coisas andam, todos podem ter a vida “devassada” pela Polícia Federal, o ministro pediu aos deputados que saiam em defesa do ex-presidente.

O Instituto Lula e o PT ainda não têm uma estratégia definida para enfrentar a atual temporada de denúncias. Após o carnaval, advogados do ex-presidente Lula, do PT e líderes políticos vão se reunir, em São Paulo, para decidir os próximos passos da contraofensiva. Profissionais de mídia simpáticos ao PT estiveram no instituto, na sexta-feira, para discutir um plano de “recomposição” da imagem do ex-presidente. Pesquisas internas mostram que Lula vem perdendo apoio em todos os cenários e, se as eleições para presidente fossem hoje, o petista não seria eleito.

Iniciativas

Na semana passada, o PT decidiu de última hora levar à TV inserções nas quais o presidente da legenda, Rui Falcão, defendeu Lula. Uma resolução aprovada pela Frente Brasil Popular, que inclui PT, PC do B, PDT, Movimento dos Sem Terra, CUT, UNE e Central de Movimentos Populares, repudiou a “forma seletiva” como são conduzidas as investigações da Lava Jato e o tratamento dado a Lula pela imprensa. “Todos nos sentimos atingidos com os constantes ataques feitos a Lula”, diz o texto. No próximo dia 17, a Frente Brasil Popular também fará uma manifestação diante do Fórum Criminal da Barra Funda, onde o ex-presidente prestará depoimento, com o mote “Lula eu defendo, Lula eu respeito!”. Com informações do Estadao Conteudo.

Prioridades são rejeitar impeachment e recuperar economia, diz líder do PT


O novo líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), disse hoje (4) que as prioridades da bancada são rejeitar a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e aprovar medidas econômicas que ajudem o Brasil a retomar o desenvolvimento com a geração de emprego e aumento do poder aquisitivo da população.

De acordo com o líder petista, o pedido de impeachment está baseado em elementos não comprovados e não se enquadra na legislação vigente. “Por isso, é golpe.”

“Nosso propósito é, com a manutenção dos direitos trabalhistas e sociais, concluir o processo que a presidenta [Dilma Rousseff] falou da transição do ajuste para uma reforma fiscal. Com isso, teremos condições orçamentárias de incrementar os investimentos públicos e propiciar um ambiente macroeconômico favorável ao investimento privado e retomar uma dinâmica de geração de emprego e do poder aquisitivo da população. Essa é nossa agenda para 2016.”

Sobre a reforma da Previdência Social, Afonso Florence informou que há uma decisão do PT de apostar nas propostas a serem apresentadas pelo grupo de trabalho coordenado pelo Ministério do Trabalho, com a participação das centrais sindicais.

Segundo ele, a sociedade brasileira tem de debater a reforma da Previdência e reconhecer que apenas as contribuições de segurados e patrões dificilmente “darão saúde financeira ao regime geral da Previdência”.

“Temos de debater medidas tributárias, medidas que permitam que a sociedade financie o regime geral [da Previdência], de modo que o país possa, como a presidenta Dilma disse na leitura da mensagem ao Congresso, preservar esse instituto tão importante que é o regime geral da Previdência.”

Florence acrescentou que a aprovação das propostas de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) são fundamentais para o país e devem ocorrer no menor espaço de tempo. “É urgente aprovar a DRU e a CPMF.”

Sobre o comportamento da bancada com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Afonso Florence afirmou que o PT continua com a mesma orientação do ano passado, de se posicionar no sentido de investigar onde houver indícios substantivos de denúncias.

“Há indícios consistentes de que ele [Cunha] tem conta na Suíça, de que mentiu e, portanto, o Conselho de Ética deve prosseguir nas investigações”, concluiu o líder. Com informações da Agência Brasil.

Senado aprova projeto que permite estender licença paternidade para até 20 dias


O plenário do Senado aprovou nesta quarta (3), uma proposta que pode estender a licença paternidade de cinco para até 20 dias. O aumento da licença é condicionada à adesão da empresa ao programa Empresa Cidadã. Esse programa foi criado a partir de uma lei de 2008 com o objetivo de estimular a prorrogação da licença-maternidade de quatro para seis meses mediante concessão de incentivo fiscal.

A mudança consta do Estatuto da Primeira Infância, uma série de marco legal para o início da vida, dos zero aos seis anos de idade. A proposta foi a primeira votada pelos senadores em plenário na volta do recesso parlamentar. A matéria, que já passou pela Câmara, seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Além de aderir ao programa Empresa Cidadã, o pai terá de participar de cursos sobre paternidade responsável para garantir a ampliação do prazo da licença. Entre outras inovações e diretrizes traçadas, o projeto também prevê que as gestantes terão de receber apoio da União, dos estados e dos municípios durante todo o período de gravidez.

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN), relatora do projeto, afirmou que fez emendas de redação à proposta – que não alteram o mérito do projeto. Ela disse que o texto será sancionado pela presidente sem vetos.

“O reconhecimento de ser exatamente nesta fase, de zero a seis anos, que se deve ter o maior cuidado, porque é exatamente nessa fase que se tem um papel especial do ponto de vista da formação da criança, da formação do adolescente, da formação do adulto ou da adulta, que ele virá a ser, ou seja, os primeiros anos da criança são fundamentais para o bom desenvolvimento da sua capacidade cognitiva, da sua capacidade psicomotora”, disse Fátima, em discurso no plenário.

Dilma é alvo de ‘panelaço’ durante pronunciamento sobre vírus zika


A presidente Dilma Rousseff em pronunciamento sobre o vírus zika – Reprodução

A presidente Dilma Rousseff foi alvo, nesta quarta-feira (03), de um novo panelaço, desta vez enquanto fazia um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV para alertar a população sobre a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti.

No Rio, o panelaço foi ouvido em bairros da Zona Sul do Rio, como Copacabana, Flamengo e Laranjeiras, e em Icaraí, em Niterói. A intensidade foi menor do que em pronunciamentos anteriores e em programas do PT. Em São Paulo, moradores de diferentes bairros foram às janelas para bater panelas. O protesto ganhou ainda mais força contra a presidente por conta do buzinaço. Motoristas paravam os carros no meio da rua, principalmente em bairros de classe média, para protestar.

Foram registradas manifestações em área nobres da capital paulistana, como os bairros dos Jardins e Higienópolis. Pessoas que passavam por esses bairros disseram que a manifestação repetia, em intensidade, o barulho provocado pela bateção de panelas tal qual a época em que a discussão sobre o impeachment ganhava o noticiário.

Também foram registradas manifestações em bairros como Moema, Santana, Bela Vista, Sumaré e no centro da cidade.

Em Savassi, bairro nobre de Belo Horizonte, e na Asa Sul, em Brasília, também foram registrados protestos, assim como em Balneário Camboriú e São José, em Santa Catarina. Informações de O Globo.

PT pode apoiar aliado para eleições em Salvador


Foto: Joá Souza l Ag. A TARDE

O governador Rui Costa (PT) disse que o PT deverá apoiar aliados em muitos municípios baianos e que a capital baiana não está excluída desta possibilidade.

“Eu acho que não necessariamente o PT precisa ter candidato em todas as cidades. Sempre defendi isso e acho que o PT pode e deve apoiar candidatos de outros partidos em várias cidades da Bahia”.  Em Salvador?,  pergunta a reportagem  ao que responde Rui: “Em Salvador inclusive,  não é excludente”.

As declarações foram feitas nesta segunda, 1º, durante abertura do ano legislativo na Assembleia Legislativa da Bahia.
Ao ser questionado sobre como estão as conversas com o senador Walter Pinheiro (PT),  Rui deu risada e brincou: “conversa sempre boa”. Ele é  seu candidato?  “Ele é  meu amigo pessoal“.

Em recente entrevista ao A Tarde, o senador Walter Pinheiro disse que agradecia,  mas não queria ser candidato. Na ocasião, ele deixou claro que não houve empenho suficiente do partido nas eleições de 2008,  quando disputou a capital com João Henrique,  que foi reeleito.

Dos partidos aliados ao PT para a disputa na capital estariam Alice Portugal (PCdoB) e supostamente Lidice da Mata (PSB). E pela beirada, pastor Isidorio (Pros).

Uma ala do PT,  entretanto, ainda defende candidatura própria além de pulverização de nomes de aliados com vistas a provocar um segundo turno contra o prefeito ACM Neto (DEM) que todos concordam à boca pequena está com enorme vantagem para a reeleição.

A Tarde

PT vai à televisão para tentar conter corrosão política e eleitoral de Lula


O PT intensifica a partir desta terça-feira uma campanha para tentar conter o processo de corrosão eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes do partido e até assessores diretos do ex-presidente, em conversas reservadas nos últimos dias, avaliaram que o estrago político das mais recentes suspeitas levantadas pelas investigações em curso está se tornando praticamente irreversível no médio prazo – até a eleição presidencial de 2018.

Nas palavras de um petista com acesso a Lula ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo, ao menos por enquanto, o problema do ex-presidente é mais grave na esfera política do que na criminal na qual, segundo o próprio juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 1.ª instância, ainda não há investigação formal que tenha Lula como foco.

O PT teve acesso a pesquisas variadas sobre o desgaste imposto pelas investigações à imagem do ex-presidente e decidiu que uma reação conjunta de defesa de Lula se tornou imperativa, sob risco de o partido chegar sem um nome eleitoralmente viável às eleições de 2018, quando Dilma Rousseff não poderá mais concorrer ao Planalto porque já foi reeleita em 2014.

Lula vem perdendo pontos em praticamente todos os cenários nos quais é testado como candidato do PT a presidente e a rejeição ao nome dele vem crescendo a cada sondagem. Ontem, o Instituto Ipsos divulgou os resultados de um levantamento que questionou os entrevistados, no mês passado, sobre a imagem do ex-presidente. Apenas 25% disseram acreditar que Lula é “um político honesto”.

A despeito da defesa enfática de Lula em público, em privado petistas de alto escalão no partido e no governo já admitem que as ligações do ex-presidente com as empreiteiras alvo da Lava Jato, reveladas em capítulos nos últimos oito meses, são difíceis de serem explicadas politicamente. Anteontem, o próprio Lula admitiu ter visitado o condomínio Solaris, no Guarujá (SP), junto com o ex-executivo da empreiteira OAS Léo Pinheiro, condenado à prisão.

O Solaris é um dos alvos da Lava Jato. Lula e sua mulher, Marisa Letícia, tinham a opção de compra de uma unidade no condomínio, que foi assumido pela OAS após a quebra da Bancoop. A Lava Jato também apura a reforma feita por outra empreiteira, a Odebrecht, em um sítio localizado em Atibaia (SP) utilizado por Lula e sua família.

Para os petistas, até agora Lula tem apresentado respostas rápidas na esfera jurídica, porém deixado a desejar na política porque não consegue ser claro ao explicar qual a natureza de sua relação com as empreiteiras investigadas na Lava Jato.

Aliados
O desgaste de Lula fez aliados históricos do PT colocar em ação um projeto que tem como horizonte tirar o partido da cabeça de chapa em 2018. PDT e PC do B já trabalham nos bastidores com a possibilidade de ter um nome do PT como vice do ex-ministro Ciro Gomes (hoje no PDT) para a sucessão da presidente Dilma. Um governador aliado de Dilma afirmou ao Estado que a própria presidente já admite a hipótese de apoiar um nome que não seja do PT para sua própria sucessão, desde que ele esteja empenhado em defender a atual gestão da petista.

TV
A partir desta terça-feira, em rede nacional de rádio e TV, o PT fará uma defesa enfática do ex-presidente nas inserções do horário partidário gratuito. Ficarão relegados a segundo plano os conteúdos relativos à gestão Dilma e a questões do partido. Em um dos quatro vídeos já tornados disponíveis, o presidente da sigla, Rui Falcão, diz que o País inteiro sabe o que Lula fez para melhorar a vida do povo brasileiro. “Por isso mesmo, ele tem sido alvo de ataques, provocações e perseguições pelos preconceituosos de sempre. Eles não aceitam que o Lula continue morando no coração do nosso povo, principalmente daqueles que mais precisam”, afirma Falcão.

Apesar de Lula não aparecer no vídeos, a defesa feita por Falcão é enfática. Já Dilma não aparece nas quatro inserções e não há defesa de sua gestão. Nos vídeos, o PT vai afirmar que crises fazem parte da história de todos os países e que nenhuma dessas nações superou tais momentos sem trabalho e união. Além dessas inserções, o programa partidário do PT está programado para o dia 23 deste mês. A ideia é defender a imagem do partido, abalada pelas investigações na Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

‘Olimpíadas não serão canceladas por causa do vírus Zika’, diz Jaques Wagner


O ministro-chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, disse que não há a possibilidade de haver cancelamento das Olimpíadas do Rio em agosto devido à gravidade do problema. “A mobilização não é por conta das Olimpíadas. É por conta de um problema grave de saúde pública”.

Wagner disse que a presidenta Dilma Rousseff recebeu positivamente a notícia de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou situação internacional de emergência em saúde pública em razão do aumento de casos de infecção pelo vírus Zika. Segundo ele, a mensagem de Dilma é “positiva no sentido de que é mais um órgão” que emite alerta sobre o “perigo” do novo vírus.

De acordo com a Agência Brasil, Wagner afirmou que é preciso mais esclarecimento sobre o tema, e disse que à medida em que organismos internacionais como a OMS começam a emitir comunicados, o conhecimento sobre o assunto aumenta.

“A única forma de evitar danos é com conhecimento. Depois que se explicar o que é, eu entendo que as pessoas não terão nenhum temor de vir aqui, à exceção de alguém que estiver em processo de gravidez”, declarou.