Dilma diz que ‘grande preocupação’ do governo é com desemprego


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15), durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que o esforço do governo federal é para impedir o aumento nos índices de desemprego. “A grande preocupação do governo é o desemprego. É o que nós olhamos todos os dias, é aquilo que requer atenção do governo. Olhamos setores por setores”, afirmou.

A taxa de desocupação registrada no Brasil subiu para 9% no trimestre encerrado em outubro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, 9,1 milhões de pessoas procuraram e não conseguiram emprego no trimestre encerrado em outubro de 2015.

Prioridades

Segundo Dilma, para a retomada do emprego, algumas medidas são urgentes, como o reequilíbrio fiscal para o Brasil voltar a crescer. Ela defendeu que o Congresso aprove a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e os juros sobre capital próprio e ganhos de capital.

“Essas três para nós são essenciais para a gente perseguir o [superávit] primário e buscar o reequilíbrio fiscal. Precisamos reverter a situação que leva à queda da atividade econômica, garantindo equilíbrio fiscal e volta do crescimento”, acrescentou Dilma.

Em mensagens de executivos da OAS, Lula e Dilma eram ‘Luma’


As mensagens obtidas por investigadores da Operação Lava Jato no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, mostram que os executivos da empresa não só articulavam com políticos a obtenção de favores e o apoio financeiro a candidatos, mas também faziam avaliações sobre a política nacional. “Vai ser duro!!!! Haja Luma (Lula+Dilma)”, sugeriu um dos executivos da empresa sobre a vantagem do candidato ACM Neto (DEM) sobre o petista Nelson Pelegrino, na campanha à prefeitura de Salvador em 2012. Dois anos depois, executivos da empresa citavam a vitória de ACM Neto como um indicativo de que “acabou o tempo de eleger ‘poste'”.

Diante do avanço da campanha do atual prefeito da capital baiana, ACM Neto, o ex-presidente da OAS e o ex-diretor da empreiteira Manuel Ribeiro Filho começaram a discutir por mensagens as formas de salvar a campanha eleitoral de Pelegrino, a quem deram apoio. “Dilma/ Lula/Militância ofensiva. São as únicas formas de vencer”, escreveu Ribeiro Filho. O apoio da empreiteira ao petista Nelson Pelegrino, em 2012, foi intermediado pelo então governador da Bahia e hoje ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), de acordo com os investigadores da Lava Jato.

Nas mensagens, os executivos discutiram propaganda na TV em que ACM Neto “desconstrói” Pelegrino. “Só Lula e o Papa. Ainda bem que cheguei em Roma”, escreve um número supostamente ligado a Léo Pinheiro, em 19 de outubro de 2012, antes do segundo turno eleitoral, a respeito de possível vitória do PT. “Leo: se não partir para desconstruir (ACM) Neto, nem Javeh. Virou Onda. A propaganda está inteligente. Neto não bate ou bate com elegância”, respondeu o ex-diretor. Manuel Ribeiro Filho se afastou da OAS no final de 2012 e em janeiro de 2014 foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, ainda na gestão de Wagner no governo.

Quase dois anos depois das trocas de mensagens sobre a campanha de 2012, outros executivos da empresa voltam a falar com Léo Pinheiro a respeito da preocupação com as eleições na Bahia. Em janeiro de 2014, ano em que foram realizados pleitos para presidente da República e para os governos estaduais, César Mata Pires, fundador da OAS, diz a Léo Pinheiro que “acabou o tempo de eleger poste” e faz referência à eleição de 2012, quando Pelegrino, mesmo com apoio dos governos federal e estadual, perdeu as eleições.

“LP (Léo Pinheiro), Acabou o tempo de eleger poste. JW (Jaques Wagner) que se cuide… não aprendeu com a vitória do grampinho (apelido usado para se referir a ACM Neto). Temos que pensar nessa hipótese X nossos interesses na Bahia. Deus nos proteja. CMP (César Mata Pires)”, escreveu.

Após as conversas terem vindo à tona, reveladas na semana passada pelo Estado, o ministro Jaques Wagner disse estar à disposição das autoridades e do Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre o assunto. Em nota, Wagner disse estar “absolutamente tranquilo” quanto à sua “atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil“. Procurada, a OAS afirmou por meio de assessoria que “não tem nada a comentar a respeito”.

Fonte: Estadão

Em ano de eleição, Lavagem do Bonfim deve ter ‘quórum qualificado’ de vereadores


A Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (14), deve ter quórum qualificado se depender dos vereadores de Salvador. Membros da Câmara Municipal de Salvador (CMS) ouvidos pelo Bahia Notícias disseram que a presença dos legisladores deve ser expressiva e ressaltaram que a data é um bom “termômetro” em ano de eleição. “É um espaço onde as pessoas podem ser vistas. Acho que a maioria esmagadora da Câmara vai estar. Vamos ter bloco do PSDB, do PSB, do PT, do PSOL… então é quórum qualificado”, classificou Gilmar Santiago (PT). Recém chegado à base de Neto, Duda Sanches (DEM) disse que a lavagem é para “começar o ano com o pé direito”. “É um ano importante em que todos querem começar o ano com energia positiva e o Bonfim é uma ótima oportunidade para todos estarem junto à população e acompanhando o prefeito ACM Neto que tem um ano decisivo e de afirmação do grande trabalho destes três anos. Começar o ano com esse pé direito para terminar assim também”, indicou. Para a líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB) o aspecto religioso também é ressaltado na data e a mistura de política e religião é saudável. “A festa é tradicional. Tem além do aspecto religioso, cultural, tem esse lado político. É uma tradição as agremiações políticas irem. O povo já fica esperando”, lembrou. O que não vale, segundo a comunista, é fazer campanha antecipada. “As pessoas já ficam esperando que os políticos passem. Acho que não se deve abusar, fazer campanha, mas ter a presença é absolutamente regular, esperado e saudável”, indicou. Para o presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB), além do lado político, a festa ainda sustenta a religiosidade do povo de Salvador. “A festa em louvor ao Senhor do Bonfim carrega em si um valor cultural incalculável para os baianos, pois representa tradição regida pela fé e por belas imagens, quando a nossa cidade vestida de branco mistura devoção, cultura, historicidade e pedido de proteção”, declarou Câmara, segundo o site da CMS.

Em delação, Cerveró liga Lula a empréstimo sob investigação


O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró disse em delação premiada, que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe ofereceu um cargo público em 2008 como “reconhecimento” pela ajuda que ele prestou para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões que a Operação Lava Jato aponta como fraudulento.

Segundo a Folha de S. Paulo, esta é a primeira vez que um delator do caso envolve Lula diretamente no episódio. A publicação recorda que em 2004, o fazendeiro José Carlos Bumlai obteve empréstimo do Banco Schahin e afirma ter repassado R$ 6 milhões para o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto.

Anos depois, a diretoria Internacional da Petrobras, comandada por Cerveró, aceitou contratar a Schahin Engenharia por US$ 1,6 bilhão para a operação de um navio-sonda, o Vitoria 10.000.

As investigações apontam que o contrato seria uma forma de o PT retribuir o grupo Schahin pelo empréstimo. Cerveró ficou na diretoria entre 2003 e 2008, e em seguida, foi nomeado diretor financeiro e de serviços na BR Distribuidora.

Na delação, Cerveró revelou que Lula “decidiu indicar” seu nome para o novo cargo “como reconhecimento da ajuda do declarante [Cerveró]”, ou seja, por ele “ter viabilizado a contratação da Schahin como operadora da sonda”. A atuação também rendeu a Cerveró “um sentimento de gratidão do PT”.

A Folha destaca que no termo de colaboração, não consta que Cerveró tenha sido indagado pelos investigadores se Lula sabia da finalidade do empréstimo concedido pela Schahin ou do sistema de “quitação” da dívida por meio do navio-sonda.

Bumlai havia admitido em depoimento que o empréstimo contraído no Banco Schahin foi usado para quitar dívidas do PT, mas isentou Lula de participação no negócio. O empréstimo, disse o pecuarista, nunca foi pago. A contratação do navio-sonda implicou no pagamento de propina estimada em US$ 25 milhões a funcionários da Petrobras, políticos e lobistas.

CPI da Petrobras

Cerveró também afirmou em delação que Lula atribuiu ao então senador José Eduardo Dutra (PT-SE) “missão de participar do ‘esvaziamento’ da CPI da Petrobras” instalada no Congresso em 2009.

Dutra, morto em outubro de 2015, tinha “facilidade de diálogo, inclusive com a oposição”, afirmou Cerveró.

Collor

O ex-diretor da Petrobras também atribuiu a Lula decisão de ter “concedido influência sobre a BR Distribuidora” ao senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL).

Segundo a reportagem, Cerveró disse que em setembro de 2013 foi chamado a Brasília para uma reunião com Collor na Casa da Dinda. No encontro, o senador afirma ter falado com Dilma, “a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora”.

Cerveró permaneceu no cargo de diretor financeiro. Segundo ele, isso ocorreu para que “não atrapalhasse os negócios conduzidos” por Collor na estatal.

Assessoria

O Instituto Lula informou nesta segunda-feira (11) que não iria se manifestar sobre as declarações do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

“Não comentamos vazamentos ilegais, seletivos e parciais de supostas alegações que alimentam a um mercado de delações sem provas em troca de benefícios penais”, afirmou o instituto.

O Palácio do Planalto também não quis se manifestar. A reportagem da Folha não conseguiu contato com os advogados nem com a assessoria do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).

O PT não se manifestou nesta segunda. Após as declarações de Bumlai, o PT negou que tenha recebido recursos ilegais do pecuarista e disse que “todas as doações recebidas pelo PT aconteceram estritamente dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas à Justiça”.

Fonte: Notícias ao Minuto

Via Expressa e viadutos foram superfaturados durante gestão Wagner, aponta TCU


Foto: Reprodução/ Governo Federal

As obras de 14 viadutos e da Via Expressa em Salvador foram superfaturadas, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o Estadão, as obras passaram por um pente-fino e, ao se debruçar sobre o contrato de R$ 399,705 milhões firmado entre a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a OAS, o tribunal identificou um volume de pedidos materiais muito acima daqueles previstos no projeto básico do empreendimento.

Apenas com a inclusão de novos serviços no contrato, segundo os auditores, o preço da obra foi inflado em pelo menos R$ 9,368 milhões. As alterações no escopo original do projeto também foram acompanhadas pelo aumento de preços. Foi o que os auditores encontraram, por exemplo, ao analisar a compra de vigas metálicas usadas na obra.

O preço cobrado pela empreiteira para este item foi de R$ 7,13 por quilo, quando o orçamento original feito pela Conder com a Gerdau Aço Minas indicava valor de R$ 3,62 o quilo. “A comparação do valor considerado pela OAS no termo aditivo com o preço informado pela Gerdau indica uma significativa diferença de 96,96% para elementos na mesma data base”, aponta o TCU, que estimou uma diferença de R$ 3,926 milhões somente em relação ao serviço de fabricação desse material.

Depois de realizar uma série de reuniões com representantes da Conder, da OAS e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que era o principal agente financeiro do projeto, o TCU concluiu que diversas irregularidades não foram explicadas.

Em 2010, o diretor de operações da Conder, Armindo Gonzales Miranda, reconheceu que houve irregularidades na quantidade de itens incluídos na obra, mas culpou o “curto espaço de tempo” que o órgão baiano teve para informar o Dnit sobre as necessidades do projeto.

Fonte: Bahia Notícias

Dilma e Lula se reúnem em Brasília para discutir política econômica


Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

No segundo dia útil do ano, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram em Brasília. A reunião aconteceu no início da noite desta terça-feira (5), no Palácio da Alvorada. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também participaram do encontro, marcado de última hora, no início da tarde, e mantido em segredo.

O chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo, passou rapidamente pelo local da reunião. Segundo interlocutores dos participantes, Dilma e Lula trocaram informações sobre o quadro político em geral e depois falaram sobre política econômica.

Nas últimas semanas de 2015, tanto Lula quanto o PT cobraram medidas práticas por parte do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, no sentido de sinalizar mudanças na política econômica para fazer um aceno à base petista, insatisfeita com as primeiras declarações de Barbosa à frente da pasta. Falcão publicou um texto no qual pede mais “ousadia” na economia em 2016. O encontro terminou pouco depois das 22h. (BN)

Fala de ministro aumenta mal-estar entre PT e governo


Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Dirigentes petistas reagiram com irritação, ontem, ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que, em entrevista, disse que o partido “se lambuzou” no poder.

O ex-ministro da Justiça Tarso Genro disse que a declaração de Wagner “foi profundamente infeliz e desrespeitosa, porque generaliza e não contextualiza”.

Segundo ele, Wagner faz “coro com o antipetismo raivoso que anda em moda na direita e na extrema direita do país”.

“Com a responsabilidade que tem deveria ser menos metafórico e mais politizado nas declarações”, reagiu.

Em sua página no Facebook, o líder da corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar, ironizou a fala de Wagner.  “Acho que em 1998, num encontro nacional petista, um determinado senhor disse que o problema do seu partido é que ele tinha que aprender a ser uma grande máquina eleitoral. Muitos anos depois, este mesmo senhor agora critica o seu partido porque se ‘lambuzou'”, alfinetou.

Governo confirma liberação de R$ 1,1 bilhão para reajustar Bolsa Família


O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou nesta segunda-feira (4) que, o governo federal vai liberar R$ 1,1 bilhão ao Bolsa Família, para garantir ainda neste ano o aumento do benefício.
Na semana passada a presidente Dilma Rousseff vetou um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tratava de reajuste do pagamento do Bolsa Família.  A assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social informou que embora o governo estime o aumento de R$ 1,1 bilhão para o programa em 2016, ainda não há definição sobre os percentuais que serão adotados, a forma como o reajuste vai se dar ou, sequer, quando os beneficiários receberão o aumento no pagamento.
“Lembramos que, entre janeiro de 2011 e junho de 2015, o benefício médio do Bolsa Família acumulou aumentos de 78,35%, muito acima, portanto, da variação do IPCA do período”, informou a pasta em nota ao G1.
Cerca de 14 milhões de famílias recebem atualmente o Bolsa Família e não há previsão de aumento no número dos beneficiários em 2016. Ainda de acordo com o governo, o pagamento médio do programa é de R$ 164 mensais por família.

Desgaste de Lula deixa PT em alerta para 2016


Foto: Andre Penner

A diretoria do Instituto Lula postergou para o início de 2016 a reunião de planejamento das atividades para o ano que se inicia. Desde que o instituto foi criado, em 2011, essa reunião é realizada no fim do ano anterior. Em 2015, isso não foi possível, segundo auxiliares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque a agenda do petista em dezembro foi quase totalmente tomada por medidas defensivas. O episódio ilustra como foi 2015 para Lula, ano em que mais foi alvo de desgaste desde que deixou o Palácio do Planalto.

Depois de ajudar a reeleger sua sucessora, Dilma Rousseff, em uma disputa apertada contra o tucano Aécio Neves, em 2014, o ex-presidente que deixou o governo com o maior índice de aprovação já registrado no Brasil – 87%, segundo o CNI/Ibope – viu seu capital político escorrer pelas mãos em meio a fracassos na economia, erros na condução política do governo, o derretimento político do PT, manifestações nas ruas, ameaça de impeachment de Dilma, investigações envolvendo integrantes de sua família, amigos e o próprio instituto.

Em 20 de junho, durante encontro com líderes religiosos, em São Paulo, o próprio Lula resumiu a situação, com uma de suas tradicionais metáforas: “Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, eu estou no volume morto”.

Pesquisas mostram que, para o eleitorado, as boas lembranças do governo Lula estão cada vez mais distantes. Segundo o Datafolha, em dezembro de 2010, 71% consideravam o petista o maior presidente da história do Brasil. Em novembro de 2015, essa taxa era de 39%.

‘Padre Cícero’. Dirigentes petistas admitem, reservadamente, que os acontecimentos de 2015 precipitaram um processo de desmitificação de Lula. Em 2009, pouco antes de deixar o governo de Minas para se candidatar ao Senado, Aécio dizia em conversas reservadas que nunca enfrentaria Lula nas urnas porque o petista havia alcançado a condição de mito em algumas regiões do País, principalmente no Nordeste, onde, segundo o mineiro, o ex-presidente havia obtido o mesmo status de Padre Cícero. Hoje, conforme pesquisas, o tucano bateria o petista nas urnas com 31% das intenções de votos, ante 22% do adversário.

Segundo auxiliares próximos de Lula, o fracasso de Dilma na área econômica e as contradições entre o discurso de campanha da presidente e a prática são suas maiores preocupações. Em conversas recentes, ele teria manifestado incômodo com o impacto da economia nos programas sociais. A um interlocutor, expressou o temor de que o País “volte atrás dez anos” e forças de esquerda tenham de “começar tudo outra vez”.

Por isso, estaria concentrando seus esforços em ajudar Dilma a recompor sua base política (na sociedade e no Congresso), afastar o risco do impeachment e retomar a rota de crescimento econômico para evitar retrocesso na área social. “É a primeira vez que ele não sabe o que fazer”, diz um petista que o acompanha há mais de três décadas.

Operações. Mas a principal causa do abalo na imagem do ex-presidente, segundo análises internas do PT, é a aproximação de investigações como Lava Jato e Zelotes a amigos e parentes do petista. Desde que o doleiro Alberto Youssef disse que Lula “tinha conhecimento” do esquema de desvios na Petrobrás, aumentou a impressão de que o cerco se fecha em torno do ex-presidente. Embora o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, e o Ministério Público Federal afirmem que Lula não é investigado, seu nome tem sido constantemente citado em relatórios da Polícia Federal e depoimentos.

Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente está tranquilo em relação ao aspecto jurídico das citações, mas admite que elas têm sido usadas para desgastá-lo politicamente. “É evidente que existe um processo de desconstrução da imagem do Lula”, disse o jornalista Celso Marcondes, um dos diretores do instituto. “É evidente que existe um processo de desconstrução da imagem do Lula”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ministro petista pede que PT faça “exame de consciência”


O PT enfrenta o risco de sofrer uma grande derrota nas eleições municipais de 2016 por causa do envolvimento de integrantes do partido com casos de corrupção e precisa fazer urgentemente um “exame de consciência”.

O alerta é feito por um petista, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. Ele diz temer que integrantes históricos do partido sejam derrotados e que sejam eleitos exatamente os petistas que se valem de farta arrecadação financeira, “manipulações religiosas ou outras formas de manipulação”.

“É o momento de o partido fazer uma reavaliação, um exame de consciência, uma autocrítica construtiva. O meu temor é que se elejam dentro do partido exatamente os que têm esses outros canais. Isso é um risco também. Que os mais representativos do melhor da tradição petista, daquilo que sempre defendemos, sejam prejudicados em função de outros que tenham esses canais, como controle de aparelhos no interior, compra de voto e apoios”, disse o ministro à repórter Renata Mariz.

Para ele, o PT perdeu a oportunidade de fazer uma autocrítica ao não abrir mão do financiamento privado de campanha. As informações são do Congresso em Foco.