Após sumiço, Tia Eron diz que precisa de paz para analisar cassação de Cunha


Após quatro horas refugiada na sala da liderança do PRB com parlamentares e o presidente interino do partido, Eduardo Lopes (RJ), a deputada federal Tia Eron (PRB-BA) esquivou sobre sua ausência da reunião do Conselho de Ética nesta terça-feira (7) que analisava a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pediu sossego para fechar decisão sobre a questão.

“Pressão só recebo de vocês (jornalistas) que não me dão paz para estudar. Se me permitirem tenho agora um relatório de 65 páginas para estudar. Saiu hoje o voto em separado. Vocês não acham justo?”, disse, em referência ao voto do também baiano João Carlos Bacelar (PR-BA), que prevê apenas suspensão de três meses.

Segundo o Globo, Tia Eron confirmou que votará nesta quarta-feira (8) e, aos parlamentares com quem conversou, deu sinais de que pode votar contra a cassação de Cunha.

O “sumiço” da deputada baiana virou motivo de piadas e protestos nas redes sociais, onde sugeriram até que ela tinha sido “abduzida”.

Enquanto esteve “escondida”, Tia Eron foi abastecida com frutas trazidas por assessores para compensar a falta do almoço.

Em sua página do Facebook, a baiana se explicou: “A referida sessão não foi suspensa porque eu não me fiz presente, mas pelo fato de o relator, deputado Marcos Rogério, ter pedido vistas do voto em separado do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Estou convicta da grande expectativa que há em nosso País, referente a esta Representação, e não me furtarei a cumprir com meu dever”. Informações do Bocão News.

Suplente de Walter Pinheiro, Roberto Muniz toma posse no Senado


Tomou posse hoje (7) no Senado, Roberto Muniz (PP-BA), suplente do senador Walter Pinheiro (sem partido-BA), que se licenciou para assumir a Secretaria Estadual de Educação da Bahia. Para a posse do mandato, Muniz, que é engenheiro, deixou a presidência executiva da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon). Em seu discurso de posse, o novo senador falou sobre o combate a doenças como zika, dengue e chikungunya e da importância do saneamento básico para o enfrentamento desses problemas.

Antes, o atual senador já atuou como deputado estadual por duas vezes e secretário executivo do Ministério das Cidades na gestão do ex-ministro Mário Negromonte. Na cerimônia, ele também discursou sobre a atual crise econômica e afirmou que é preciso promover uma convergência entre as agendas do Estado eficiente e do Estado de bem-estar social. “Um Estado eficiente não é sinônimo de um Estado sem programas sociais. Muito menos o contrário”, disse o político. O mandato de Walter Pinheiro e Roberto Muniz termina em fevereiro de 2019. (BN)

Votação sobre cassação de Cunha é adiada para esta quarta (08)


Foto: Alex Ferreira | Câmara dos Deputados

O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu “mais tempo” para fazer as considerações finais de seu voto pela cassação do peemedebista. Com isso a decisão do Conselho de Ética sobre o caso que aconteceria nesta terça-feira, 7, foi adiada para esta quarta-feira, 8.

O pedido de Rogério aconteceu para ele analisar o voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que pediu, ao invés da cassação, a suspensão do mandato de Cunha por três meses. “Não poderia, por dever de lealdade, fazer a análise de forma açodada. Para fazer essa análise mais detalhadamente, poderia apresentar as alegações finais ainda nesta quarta-feira”, disse Rogério.

Parecer

O parecer foi apresentado na reunião da última quarta-feira (01), mas um pedido de vista conjunta adiou a discussão do parecer. Marcos Rogério recomendou a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro. O relator acusa Eduardo Cunha de ter mentido à CPI da Petrobras ao declarar que não possuía contas no exterior.

Segundo o relator, a partir de documentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Banco Central, “os trustes instituídos pelo deputado Eduardo Cunha representam instrumentos para tornar viável a prática de fraudes”.

Defesa
O advogado de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, rebateu as acusações e reafirmou que truste não é conta bancária e não pode ser considerado propriedade, por isso, Cunha não teria mentido na CPI da Petrobras. “Truste não é propriedade. Não se pode considerar um truste como um bem seu”, afirmou.

Marcelo Nobre justificou que a Receita Federal não autuou seu cliente por contas no exterior, porque elas não existem. “Por que a Receita não autuou meu cliente? Porque não existe [conta no exterior]. A Receita é formada por gente séria, competente e atuante. Eles não fizeram nada, porque não existe”, defendeu o advogado.

*A Tarde

Dilma diz que governo Temer vai gerar ‘retrocesso inimaginável’


A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (7) que o governo interino de Michel Temer “desmantela o aparato institucional” do país ao determinar o fim de ministérios como Cultura e Desenvolvimento Agrário.

Segundo Dilma, o peemedebista anunciou também o corte nas contas públicas mas quem vai “pagar a conta” é a população, gerando um “retrocesso inimaginável”.

Temer afirmou que acabaria com oito pastas em sua gestão interina, entre elas o Desenvolvimento Agrário e a Cultura, que se tornaria uma secretaria subordinada ao Ministério da Educação. Pressionado por artistas e ativistas do setor, porém, o peemedebista recuou e voltou a dar status de ministério para a Cultura, mas manteve o Desenvolvimento Agrário sob o guarda-chuva da Casa Civil.

Dilma criticou as medidas. “A lei que rege o impeachment é absolutamente arcaica. É estarrecedor que, sem nenhum voto, um governo provisório e interino assuma a condução do país e desmantele o seu aparato institucional”, disse a petista durante encontro com historiadores no Palácio da Alvorada.

“Tem alguns que querem botar a conta pra cima da população. Se você fizer isso, tem nível de retrocesso inimaginável. Daí o que você faz? Aumento da receita. Se não aumentar a receita, a conta é paga pelos mais pobres”, afirmou.

Dilma voltou a dizer que o impeachment contra seu mandato é um “golpe” porque não cometeu crime de responsabilidade, segundo ela prerrogativa constitucional para o andamento processo.

A presidente afastada disse ainda que, apesar do discurso de “golpe” e “luta pela democracia”, sabe que só poderá retomar o mandato se conseguir 28 votos a seu favor no Senado.

“Ninguém é ingênuo para não saber que a grande briga é no Senado. Temos que ter os 28 votos no Senado, mas a briga é ganha porque os senhores senadores fazem parte da sociedade, mas é ganha por todos que acreditamos na democracia”, afirmou.

POLÍTICA EXTERNA

Dilma chamou de “despreparo” a política externa desenvolvida pelo ministro das Relações Exteriores de Temer, José Serra.

Segundo ela, Serra não entendeu a “importância” de manter relações com regiões como a África e a própria América Latina. “Isso é pensar que o mundo é unilateral, só com os Estados Unidos e com a Europa. Temos que ter relações boas com Estados Unidos e Europa, mas não únicas e exclusivas”, completou. Com informações da Folhapress.

Chapa PCdoB/PSD depende de Rui Costa, afirma Otto Alencar


Presidente estadual do PSD, o senador Otto Alencar afirmou ao Bocão News que aguarda uma posição do governador Rui Costa (PT) sobre a composição que o partido deverá tomar na eleição municipal de Salvador deste ano. O senador tem de ouvir também integrantes da legenda na capital baiana.
“Estou aguardando a decisão do governador para reunir o diretório municipal e saber o caminho que tomamos. Na última conversa que tive com o PCdoB, eles ficaram de conversar com o governador para saber como seria”, afirmou, nesta segunda-feira (6).
Ainda de acordo com Otto, ele continua a defender que os partidos de oposição ao prefeito ACM Neto (DEM) montem uma chapa única. “Eu defendo a unidade através de um nome. Seja ele do PCdoB, do PSB, Lídice [da Mata, PSB] ou Alice [Portugal, PCdoB]”, defendeu.
CANDIDATURA PRÓPRIA – Segundo o senador, o vereador de Salvador, Edvaldo Brito (PSD) foi consultado sobre sua vontade de candidato, porém não respondeu. “Depende dele. Se ele quiser ser [candidato], seria. Competência não lhe falta. Eu deixei ele à vontade. Eu formulei essa pergunta e ele não me respondeu”, afirmou.
Fonte: Bocaonews

Presidente de comissão recua, e impeachment deve acabar em agosto


O presidente da comissão especial do impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), recuou nesta segunda-feira (6) da decisão de encurtar os prazos de trabalho do colegiado e decidiu manter os 15 dias inicialmente estabelecidos para que a acusação e a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff apresentem suas alegações finais. Com isso, a votação final do impeachment deve acontecer apenas em agosto.

Na semana passada, o peemedebista acatou um pedido da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) para que o prazo fosse reduzido para cinco dias para cada uma das partes. A decisão gerou uma discussão entre a base aliada e a oposição na reunião da última quinta-feira (2), que acabou durando mais de dez horas.

O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma, recorreu ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. Segundo a reportagem apurou, o ministro indicou que derrubaria a decisão da comissão. Diante da sinalização, Lira decidiu rever sua posição nesta segunda.

Após a votação da admissibilidade do impeachment de Dilma, que culminou com o afastamento por até 180 dias da petista do cargo, Lewandowski passou a ser o responsável pelo processo.

Na última sexta-feira (3), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota em que disse ver com “preocupação as iniciativas de comprimir os prazos” na tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

No início da reunião desta segunda, Lira comunicou aos demais senadores que tomou a decisão depois de conversar com outros colegas. Ele também informou que Tebet não irá recorrer da mudança de calendário.

O presidente do colegiado foi elogiado por senadores que defendem Dilma. “O senhor restabelece, sem dúvida, um direito que estava sendo tirado da presidente Dilma, o direito de defesa”, afirmou Telmário Mota (PDT-RR).

Dessa forma, a comissão deve aprovar, ainda nesta segunda, o cronograma proposto por Anastasia. Nele, a previsão é de que Dilma Rousseff seja interrogada pela comissão em 20 de junho. Com informações da Folhapress.

NY Times dá ouro em corrupção para governo Temer


Um editorial publicado pelo jornal norte-americano “The New York Times” nesta segunda-feira (6) questiona a firmeza do compromisso do presidente interino, Michel Temer, com o combate à corrupção.

No texto, intitulado “A Medalha de Ouro do Brasil para Corrupção” (em tradução livre), o jornal sufgere ainda que o novo chefe do governo se posicione pelo fim da imunidade parlamentar para ministros e congressistas acusados de corrupção.

O artigo começa fazendo referência à ficha suja de ministros do governo – entre os quais, sete são investigados por corrupção.

“As nomeações reforçaram as suspeitas de que o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff no mês passado, por acusações de maquiar ilegalmente as contas do governo, teve uma segunda intenção: afastar a investigação (de corrupção)”, escreve o jornal.

*Notícias ao Minuto

Reajustes provocam primeiro atrito no governo Temer


A decisão do presidente em exercício Michel Temer de autorizar, na semana passada, os reajustes salariais para diferentes categorias de servidores públicos abriu a primeira divergência entre a equipe econômica e os articuladores políticos do PMDB. No Ministério Fazenda, o entendimento é que não pode haver elevação de gastos, mesmo que seja para evitar desgastes ou pacificar relações, como defendem caciques políticos do PMDB.

Para a equipe econômica, que têm a missão de imprimir o corte mais duro e socialmente penoso da história nas contas público do Brasil, é “incompreensível” que o governo em exercício faça a opção política de abrir concessões, aumentando os gastos em bilhões de reais, para beneficiar o funcionalismo público, parcela privilegiada de trabalhadores. A sinalização é contraditória. Indica que o sacrifício inerente ao ajuste fiscal não será para todos.

Causou mais descontentamento ainda o fato de esse apoio não avaliar a conjuntura no mercado de trabalho: o incentivo do governo ao reajuste dos servidores, que têm estabilidade no emprego, ocorreu na mesma semana em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que há 11,4 milhões de brasileiros desempregados na iniciativa privada, um número recorde.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a Fazenda sequer foi envolvida em discussões oficiais sobre o tema. A decisão veio do Planalto. Um procedimento bem diferente ao adotado no trato de outras questões, igualmente sensíveis aos cofres públicos, como a negociação da dívida dos Estados e municípios e a fixação do déficit de R$ 170,5 bilhões, cujas reuniões sempre incluíram representantes da Fazenda e do Planejamento.

Internamente, na Fazenda, o sentimento é de que decisões políticas unilaterais, do próprio governo, podem atropelar e dificultar o ajuste fiscal, que, por si só, já é complexo e tende a sofrer resistência do Congresso e da população em geral.
Parte da equipe econômica, inclusive, rebate os argumentos de que o governo deu em favor do reajuste. Diz ser fato que o reajuste já estava acertado, que ficou abaixo da inflação e que já estava contabilizado no déficit projetado pelo governo anterior, de R$ 96 bilhões. Também alega ser fato que a despesa extra, de quase R$ 60 bilhões, será diluída no tempo e não aplicada de uma vez só, neste ano. Mas nenhum dos argumentos considera o essencial: é hora de cortar, não de elevar despesas, ainda mais quando elas incentivam novas despesas.

O reajuste para servidores da União tem efeito cascata nos Estados e municípios, onde os benefícios são atrelados a ganhos federais. Os aumentos precisam ser aprovados pelos Legislativos, mas é quase certo que, se passar no Congresso, vai chegar ao funcionalismo estadual e municipal no pior dos momentos – quando não suportam pagar salários e aposentadorias.
Há um complicador adicional. O reajuste também beneficiará inativos do serviço público. Ficará mais complicado explicar a necessidade da reforma da Previdência, cujos impactos recaem principalmente sobre os trabalhadores da iniciativa privada.

Fragilidade
Economistas que vinham dando voto de confiança ao novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ficaram preocupados com a postura do governo. Para José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Investimentos, foi um sinal de fraqueza da equipe econômica: “Ou uma ou duas. Ou Meirelles foi consultado e aceitou o argumento político em favor do reajuste ou ele foi atropelado: de um jeito ou de outro, é péssimo para o ajuste.”

Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, considerou o sinal muito ruim. “A situação das contas públicos é gravíssima e o governo parece não ter entendido o tamanho do problema quando cede para este ou aquele grupo de pressão. Hoje é para os juízes, para os militares. E amanhã? Vai ser para quem?”, perguntou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Congressistas articulam para aumentar o próprio salário


Depois que a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste salarial de diversas carreiras, parlamentares deflagraram movimento para elevar os próprios rendimentos.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, os deputadores ficaram animados com o aumento de 16% concedido aos ministros do STF, cujos salários passaram a R$ 39,3 mil, atualmente o teto do funcionalismo público.

De acordo com a publicação, a articulação esbarra num efeito colateral: a ira do eleitorado com o eventual aumento dos salários. Atualmente, os congressistas ganham $ 33,8 mil.

De um lado, o Planalto avalia que o desgaste social também atingiria Temer. De outro, antevê dificuldade de brecar a medida diante da necessidade de aprovar reformas.

Destino de Eduardo Cunha está nas mãos da deputada baiana Tia Eron


O resultado da votação da cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está nas mãos da deputada baiana Eronildes Vasconcelos Carvalho, conhecida como Tia Eron, do PRB. As informações são da Folha de S. Paulo.

Levantamento feito pelo jornal aponta um placar de 10 votos e 9 a favor do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) que pede a cassação de Cunha. O voto decisivo está nas mãos da deputada Tia Eron, que, caso vote a favor do relatório, o resultado será 11 votos a 9, que suspende o mandato de Cunha.

Ainda segundo a publicação, caso a deputada vote a favor do relatório haverá empate em 10 a 10 e aí a cassação de Cunha deverá aprovada por voto de minerva do presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA).

Tia Eron é integrante da Igreja Universal do Reino de Deus e, segundo a Folha, foi indicada ao conselho pelo PRB para salvar Cunha.

A deputada baiana já disse ter admiração pelo trabalho de Cunha na condução do Legislativo. Em entrevista à Folha, afirmou ser uma “perversidade” o boato de que já entrou no colegiado com o voto encomendado.

A votação no conselho está marcada para a próxima terça-feira (7), mas pode se estender para a quarta (8).