Campanha de Marina teve caixa dois, diz Léo Pinheiro em delação


Uma das informações obtidas na delação premiada de Léo Pinheiro, presidente da OAS, está fazendo barulho por trazer à tona duas figuras que têm suas imagens ligadas às questões da ética e da sustentabilidade, uma, na política e a outra, no meio empresarial.

Pinheiro falou com os procuradores sobre o caixa dois que, segundo ele, alimentou a campanha de Marina Silva à Presidência em 2010. Pinheiro afirma que o pedido foi feito por Guilherme Leal, um dos donos da empresa Natura, candidato a vice-presidente de Marina naquela eleição.

Segundo o Globo, oficialmente, ou seja, no caixa um, o Tribunal Superior Eleitoral não tem registro de qualquer doação da empresa baiana para a campanha de Marina.

A ex-senadora e o ex-candidato a vice-presidente na chapa de Marina, negaram neste sábado (11) que a campanha de 2010 tenha recebido recursos ilícitos. Informações do Notícias ao Minuto.

Michel Temer não autoriza pagamento de hotel de Dilma em SP


O presidente interino Michel Temer não autorizou o pagamento da diária de Dilma Rousseff, presidente afastada, no hotel Renaissance, onde ela dormiu ontem (10), em São Paulo.

A hospedagem dos assessores, que dormiram em outro hotel, foi paga, mas a equipe foi informada que a diária da presidente não seria saldada.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, o governo Temer não se pronunciou sobre o ocorrido.

A lista dos cortes de gastos envolvendo a presidente só aumenta. O governo interino já havia cortado voos de Dilma e reduzido despesas com alimentação do Palácio da Alvorada. Dilma Rousseff já havia, inclusive, cogitado viajar de voos comerciais, mas, temendo sua segurança, o Partido dos Trabalhadores (PT) pagou os custos de um jatinho numa viagem São Paulo-Campinas.

Dilma vem a Salvador receber título de cidadã baiana


A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) virá a Salvador na próxima quinta-feira, 16, para participar de uma manifestação contra o presidente interino Michel Temer (PMDB).

O ato vai acontecer às 16h, no Terreiro de Jesus. Pela manhã, Dilma irá à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), receber o título de cidadã baiana, proposto pelos líderes dos partidos da base aliada do PT e aprovado pela Casa.

“Vamos fazer um ato político para mostrar à presidente que estamos com ela e manifestar que não aceitamos nem reconhecer o governo golpista de Michel Temer”, disse o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação.

Temer age com mesma autoridade de Fidel em Cuba, diz Lula


Em manifestação com milhares de pessoas na avenida Paulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta (10), que o presidente da República em exercício, Michel Temer, não age como um presidente interino, mas sim com a mesma autoridade de Fidel Castro quando este tomou o poder em Cuba, em 1959.

“Mas o Fidel tinha feito uma revolução, o Temer chegou lá através de um golpe”, comparou o petista, que disse que a postura de Temer é um golpe no Senado, que deu a interinidade ao peemedebista. Para Lula, a postura de Temer no governo representa um golpe no Senado, que deu ao peemedebista a condição de presidente interino.

“Temer, você é educado, um constitucionalista, você sabe que não agiu corretamente assumindo a Presidência interinamente. Temer, por favor, permita que o povo retome o governo com Dilma e participe das eleições em 2018 para ver se você vai ser presidente”, afirmou o ex-presidente.

Lula afirmou ainda que não perdoa quando alguém tenta incriminá-lo. Para ele, as denúncias que surgem são, na verdade, uma tentativa de manchar a sua imagem. Sugeriu, em seguida, que isso fortalece a possibilidade de uma nova candidatura ao governo federal. “Quanto mais me provocam, mas corro o risco o de ser candidato a presidente em 2018”, declarou.

*Estadão Conteúdo

Divulgada contas de outros beneficiários de propina que pagou Cunha


A força-tarefa da Operação Lava Jato tem a lista de contas que receberam o valor restante da propina de US$ 10 milhões que teria sido paga no negócio de compra de um campo de exploração de petróleo em Benin, na África, em 2011 – negócio que teria gerado o repasse de US$ 1,5 milhão para o presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

São valores repassados pelo operador de propinas do PMDB João Augusto Henriques Rezende, por meio da conta nº 203217, em nome da offshore Acona International Investments Ltd, aberta em novembro de 2010 no Banco BSI, em Zurique, Suíça.

A conta foi aberta por João Henriques para receber a “comissão” de US$ 10 milhões do grupo português Lusitanea Petroleum, do empresário Idalécio de Oliveira. Ele vendeu o campo de exploração 4 de Benin para a Petrobras, em 2011 – por US$ 34 milhões – um negócio irregular que gerou prejuízos à estatal.

Em depoimento à Polícia Federal, no dia 25 de setembro, de 2015, João Henriques afirmou que “assim que concretizada a venda teve que abrir a conta Acona para receber a taxa de sucesso e, logo em seguida providenciou a distribuição para as pessoas que o ajudara nessa transação.”

A operação tinha por objetivo camuflar o início do pagamento da vantagem indevida ao denunciado João Henriques que, na sequência, destinaria os valores aos beneficiários finais por intermédio de outras operações de lavagem de capitais.

“Isso foi feito não só pelo uso de empresas de fachadas (offshores), sediadas em paraísos fiscais e sem atividade econômica real, mas também pela simulação de contrato de prestação de serviços”, informa relatório de análise produzido pela Procuradoria, em Curitiba.

No Relatório de Análise 116/2015, da Procuradoria Geral da República, foram destacados algumas contas em nomes de offshores que receberam repasses de João Henriques, via conta Acona, após pagamentos dos US$ 10 milhões da Lusitania Petroleum.

Uma delas de US$ 4,1 milhões para a conta da offshore Sandfield Consulting SA, aberta no Panamá, US$ 2 milhões para a Ample Power Limited, de Hong Kong, e US$ 1,7 milhão para a Stingdale Holdings Inc., entre outras.

A PGR busca agora em acordos de cooperação com outros países dados sobre os beneficiários dessas contas abastecidas pelo operador de propinas do PMDB, após receber comissão no negócio de entrada da Petrobras na exploração de petróleo em Benin. Com prejuízo ainda não calculado, a estatal abandonou o bloco 4 em junho de 2015 e pode arcar com prejuízos gerados pelo grupo português.

Tanto João Henriques como o empresário português Idalécio de Oliveira viraram réus junto com a mulher de Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, em ação penal aberta nesta quinta-feira, 9, pelo juiz federal Sérgio Moro. O operador do PMDB já está preso e condenado a seis anos e oito meses de prisão por corrupção, em outro processo de contrato de navio-sonda feito pela Diretoria Internacional.

*Estadão Conteúdo

Tia Eron pagou beneficiária do Bolsa Família


A deputada Tia Eron (PRB-BA) usou R$ 7,5 mil de sua cota parlamentar para remunerar uma mulher beneficiária do Bolsa Família. O gabinete da deputada contratou empresa em nome de Taiza de Souza Costa para divulgação da atividade parlamentar, com cinco repasses mensais de R$ 1,5 mil entre outubro de 2015 e abril deste ano.

De acordo com a reportagem do jornal O Globo, o programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) se destina a famílias pobres com renda per capita de até R$ 154. Tia Eron disse desconhecer que a mulher contratada e remunerada com dinheiro da cota parlamentar é beneficiária do Bolsa Família, mas afirmou que os serviços que contratou foram prestados.

“Caso seja verdade, isso revela uma grave falha no filtro do referido programa social. Nossa assessoria jurídica já foi notificada e, em se confirmando o fato, o gabinete rescindirá de imediato o contrato”, informou a deputada, por meio da assessoria. Informações do Notícias ao Minuto.

Partidos rivais se unem para afastar Cunha definitivamente


Partidos da antiga oposição à presidente afastada Dilma Rousseff, PSDB, DEM e PPS começaram a negociar uma união com os antigos adversários PT, PCdoB e Rede por um objetivo comum: afastar, por definitivo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e realizar novas eleições na Casa. A articulação prevê ainda a discussão de um nome para disputar a sucessão do peemedebista contra o candidato apoiado por Cunha e que sairá do Centrão, grupo de 13 partidos comandado por PP, PR, PSD e PTB.

O diálogo entre os dois grupos foi aberto nesta quarta-feira, 8. Como revelou a Coluna do Estadão, foram discutidas alternativas para provocar a realização de novas eleições internas. No encontro, a antiga oposição cobrou apoio dos petistas ao projeto que declara vago o cargo de presidente da Câmara.

De autoria do deputado Roberto Freire (PPS-SP), se aprovado, forçaria a realização de nova eleição, acabando com a presidência interina do deputado Waldir Maranhão (PP-MA). O maranhense assumiu o comando da Casa no início de maio, após o Supremo Tribunal Federal afastar Cunha.

Para aprovar o projeto, precisam de assinaturas de líderes que representem 257 deputados. Até agora, contudo, apenas PSDB, DEM, PPS e PSB apoiam a proposta. Juntos, os quatro partidos têm 119 parlamentares. A nova oposição – PT, PC do B, PDT e o deputado Silvio Costa (PT do B-PE) – soma 90 parlamentares.

‘Dúvida’

O PT, por ora, se recusa a assinar o pedido. “Tenho muita dúvida da real intenção deles”, afirmou o líder do partido, Afonso Florence (BA). Ele disse desconfiar de que a antiga oposição quer aprovar o projeto em um acordo para tirar Cunha da presidência da Câmara, mas o preservando do processo de cassação que tramita no Conselho de Ética da Casa.

A avaliação no PT e nos outros partidos adversários de Temer é que, por enquanto, pode ser mais favorável lidar com o presidente interino da Câmara. Embora seja aliado de Cunha e do Centrão, Maranhão votou contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e é próximo de deputados do PT, PCdoB e PDT, além de ser aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

A antiga oposição não aceita Maranhão. “O que está em questão é a normalidade da Casa. Não dá para Waldir Maranhão presidir”, afirmou o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA). O tucano nega acordo para salvar Cunha. “A cassação de Cunha é consequência e, caso venha para o plenário, será inevitável”, disse.

Embora tenham tido divergências na primeira conversa, os dois grupos vão continuar as articulações. Nova reunião está marcada para a próxima semana. Com informações do Estadão Conteúdo.

Lula venceria 1º turno em todos os cenários, aponta pesquisa


Pesquisa CNT/MDA feita com 2.002 pessoas em 137 municípios localizados de 25 unidades federativas mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o candidato mais votado em todos os cenários de primeiro turno para as eleições presidenciais de 2018.

De acordo com o levantamento divulgado hoje (8), em um cenário em que o principal adversário fosse o tucano Aécio Neves, Lula teria 22% das intenções de votos, enquanto Aécio teria 15,9%, seguido de Marina Silva (14,8%), Ciro Gomes (6%), Jair Bolsonaro (5,8%) e Michel Temer (5,4%). Brancos e nulos totalizariam 21,2%, enquanto o total de indecisos, neste cenário, seria de 8,9% dos eleitores.

Em um segundo cenário, no qual Aécio seria substituído pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Lula teria 22,3% das intenções de votos, seguido por Marina Silva (16,6%) e Alckmin ficaria em terceiro com 9,6%. Na sequência, viriam Ciro Gomes (6,3%), Michel Temer (6,2%) e Jair Bolsonaro (6,2%). Brancos e nulos totalizariam, neste cenário, 24% dos eleitores, enquanto 8,8% dos entrevistados se declararam indecisos.

De acordo com a pesquisa, Lula foi o candidato mais citado nas intenções de votos espontâneas, com 8,6%. Em segundo lugar, o candidato mais citado foi Aécio Neves (5,7%), seguido por Marina Silva (3,8%), Dilma Rousseff (2,3%), Michel Temer (2,1%), Jair Bolsonaro (2,1%), Ciro Gomes (1,2%), Geraldo Alckmin (0,6%), Joaquim Barbosa (0,6%) e José Serra (0,3%).

Para o segundo turno, foram apresentados quatro cenários. Caso a disputa fosse entre Lula e Aécio, o tucano teria 34,3% das intenções de votos, enquanto o petista teria 29,9%. Brancos e nulos somariam 28,8% dos votos, enquanto 7% se declararam indecisos.

Caso a disputa fosse entre Aécio Neves e Michel Temer, Aécio ganharia com 32,3% dos votos, ante os 15,8% das intenções de votos para Temer. O percentual de votos brancos e nulos, neste cenário, seria 42,2%. Já os indecisos seriam 9,7%.

Em um eventual confronto de segundo turno entre Aécio e Marina Silva, o tucano obteria 29,7% das intenções de votos, ante os 28% declarados para Marina. Brancos e nulos totalizariam 34,6% dos votos; os indecisos seriam 7,7%.

O quarto cenário projetado pela CNT é o de um confronto entre Lula e Temer. De acordo com a pesquisa, se esta fosse a configuração de um segundo turno, Lula teria 31,7% dos votos, enquanto Temer teria 27,3%. Brancos e nulos totalizariam 33,4% dos votos e indecisos seriam 7,6%.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

*Agência Brasil

Conselho desmarca votação da cassação de Cunha que seria nesta quarta


Foto: Lula Marques / Agência PT

A cúpula do Conselho de Ética decidiu desmarcar a sessão que aconteceria nesta quarta-feira (8) para analisar o relatório que defende a cassação do mandato do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A votação foi remarcada para a próxima terça-feira (14). De acordo com a Folha, o adiamento foi motivado pela suspeita de que o PRB do deputado Celso Russomanno (SP) tenha fechado acordo com Cunha e com o governo Michel Temer (PMDB) para reprovar o relatório de Marcos Rogério (DEM-RO).

O acordo envolveria a deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto é considerado decisivo para cassar ou privar Cunha de qualquer punição. Ainda segundo a publicação, a decisão do Conselho de Ética em adiar a sessão foi tomada logo depois de o deputado Giacobo (PR-PR), que na prática preside os trabalhos do plenário da Câmara, anunciar que não haveria outras votações nesta quarta à tarde para permitir que o conselho decidisse o caso de Cunha.

O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), disse que nesta quarta estão previstas votações de outros projetos no plenário da Câmara e que o relator precisa de mais tempo para analisar o voto paralelo de aliados de Cunha – estes defendem uma punição mais branda.

*BN

Dilma chama rivais de parasitas e diz ter esperança de voltar


A presidente afastada Dilma Rousseff classificou seus opositores como “parasitas”, afirmou ter esperança em sua volta ao comando do Brasil e disse que nunca imaginou que fosse ver um governo tão conservador como o de Michel Temer em uma entrevista ao The New York Times publicada na página do jornal norte-americano na internet nesta terça-feira (07).

A presidente afastada, destaca a reportagem do Times, espera que os recentes episódios que marcaram o início do governo de Temer, incluindo a saída de dois ministros, possam fazer os senadores mudarem de ideia sobre o voto para afastá-la definitivamente. A entrevista foi feita antes de a imprensa noticiar o pedido de prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) de caciques do PMDB.

Ao mesmo tempo em que o presidente em exercício Michel Temer sofre “tropeços embaraçosos”, o jornal destaca que Dilma também vem sendo alvo de acusações pesadas nos últimos dias.

A reportagem cita a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que contou que a presidente afastada mentiu ao falar que não sabia sobre as irregularidades na empresa, além da informação publicada pela revista IstoÉ de que o empresário Marcelo Odebrecht informou o pagamento de R$ 12 milhões para a campanha de reeleição da petista. Dilma negou as duas acusações na entrevista ao jornal, afirmando que fazem parte de uma campanha caluniosa de parte da mídia para ferir sua “honra pessoal”.

O NY Times destaca que Dilma tem passado os dias preparando sua defesa no processo de impeachment. Ela voltou a afirmar ao jornal norte-americano que não vai renunciar. “Eles sempre quiseram que eu renunciasse, mas eu não vou”, disse ela. “Eu realmente perturbo os parasitas e vou continuar a perturbá-los”, afirmou.

Sobre a crítica de que suas políticas levaram o Brasil a mergulhar em uma forte recessão, Dilma respondeu ao Times que a situação já estaria melhorando caso o Congresso tivesse aprovado as medidas necessárias para restaurar a confiança de consumidores e investidores.

O correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, descreve o clima como de “indignação” e uma sensação de falta de poder, diferente do que se deveria esperar em um país prestes a sediar as Olimpíadas. O texto ressalta ainda que a presidente afastada é cercada por luxo, um batalhão de empregados, piscina aquecida em um jardim bem cuidado e obras de Di Cavalcanti e Alfredo Volpi penduradas na parede.

*Estadão Conteúdo