Jogos Olímpicos podem atrair 20 vírus transmitidos pelo Aedes aegypti ao Brasil


O virologista Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, alertou para o risco de outros vírus entrarem no País com os turistas que virão para a Olimpíada. Segundo ele, há pelo menos 20 vírus transmitidos pelo Aedes aegypti em circulação na África, Ásia e Oceania.

“Sabemos que os índices de infestação no Brasil ainda são muito altos. A Olimpíada é realizada no inverno, mas o inverno brasileiro é muito leve e pode não alterar muito essa situação (alta infestação). Vamos receber um número grande de visitantes de todos os continentes. Como aconteceu com zika e chikungunya, enfrentamos o risco de outros vírus entrarem durante a Olimpíada”, disse Vasconcelos.

Para o especialista, é preciso formar uma “força tarefa” dos governos federal, estadual e municipal para combater o mosquito. “A queda nos níveis de infestação diminui os riscos de ocorrer uma transmissão local por outro vírus e daí iniciar um ciclo de transmissão, com risco de epidemia”, disse ele, único brasileiro a participar do comitê de especialistas que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar emergência mundial por causa da microcefalia.

Trabalho do grupo de Vasconcelos, publicado na revista Science, mostrou que o zika entrou no Brasil entre maio e dezembro de 2013, possivelmente durante a Copa das Confederações. Foram comparados sete sequenciamentos do genoma do vírus para chegar à conclusão. Como somente 20% dos pacientes são sintomáticos, é possível que pessoas contaminadas pelo zika tenham viajado sem saber que estavam doentes.

Vasconcelos citou o vírus Ross River, que circula na Austrália, de condições climáticas semelhantes às do Brasil. Além das doenças transmitidas pelo Aedes, há as transmitidas pelo Cúlex, mosquito comum no País. Uma delas é a encefalite japonesa, que afeta o sistema nervoso central. Segundo o Centro de Informação em Saúde para Viajantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a doença mata em 30% dos casos e deixa sequelas neurológicas em 50% dos pacientes.

O especialista tem estudado as mortes de adultos provocadas por zika. Ele investigou três casos de pessoas que desenvolveram encefalites. Os pacientes, entre 17 e 60 anos, tinham diabetes, lúpus (doença do sistema imunológicos) e púrpura trombocitopênica (doença autoimune que destrói as plaquetas).

“Não estamos dizendo que todas as pessoas com diabetes, lúpus ou púrpura trombocitopênica vão desenvolver formas graves de zika e morrer. O que observamos é que algumas pessoas com essas condições, por algum problema ainda não identificado, talvez de origem genética, são mais suscetíveis a morrer”, afirmou.

A pesquisa, submetida à revista científica Nature Medicine, mostra que o zika atinge sobretudo os neurônios, mas foi encontrado no coração, pulmão, rins e fígado. “O vírus consegue se replicar em diversos órgãos, mas a lesão é maior no sistema nervoso central. Alguns casos são tão intensos que levam à morte por encefalite”, disse Vasconcelos.

*Estadão Conteúdo

Brasil registra 802 mil casos prováveis de dengue este ano


De janeiro a 2 de abril deste ano, foram registrados no Brasil 802.429 casos prováveis de dengue. Segundo boletim divulgado hoje (26) pelo Ministério da Saúde, foram confirmadas 140 mortes em decorrência da infecção pelo vírus da dengue.

Apesar do número de mortes ser inferior aos 427 de 2015, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, diz que 307 estão em investigação. “O número pode subir muito ainda na medida que os óbitos em investigação tiverem seus exames concluídos. Grande parte dos casos em investigação são confirmados”, esclareceu Maierovitch em entrevista à imprensa na tarde de hoje (26).

No mesmo período do ano passado, foram registrados 705.231 casos prováveis de dengue. Assim como no ano passado, a circulação do tipo Denv1 prevaleceu.

Embora o número de casos prováveis, até o momento, tenha sido superior ao do ano passado, nas últimas semanas, a quantidade de casos tem sido inferior, disse Cláudio Maierovitch.

“Nossa expectativa é que essa curva continue caindo, mostrando o resultado das ações de prevenção, que foram intensificadas”, acrescentou Maierovitch. Ele disse que a tendência é que, no final do ano, o número de casos seja inferior ao de 2015.

Minas Gerais, com 1332,5 casos por 100 mil habitantes; Rio Grande do Norte, com 857; Mato Grosso do Sul, com 825,9; e Goiás, com 739,2, foram os estados que tiveram maior incidência do vírus. Informações da Agência Brasil.

Número de mortes por H1N1 na Bahia salta de seis para nove


A gripe H1N1 já provocou nove mortes na Bahia, sendo cinco delas em Salvador. Os outros casos de morte registrados no estado foram em Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Ibipeba e Boquira.  Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) e foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

O boletim divulgado no dia 14 de abril pela Sesab indicava o registro de seis mortes e 26 casos confirmados da doença. De acordo com o boletim divulgado hoje já foram confirmados 38 casos da doença no estado: Salvador (22); Lauro de Freitas (3); Guanambi (3); Vitória da Conquista (2) e um casos em: Boquira, Boa Nova, Feira de Santana, Ibipeba, Ibirataia, Jacobina, Rio de Contas e Teixeira de Freitas.

A Divep recomenda que a população adote as medidas de prevenção da gripe, tais como; lavar as mãos várias vezes ao dia, proteger tosse e espirro com lenços descartáveis, não compartilhar objetos de uso pessoa, manter os ambientes ventilados, evitar contato próximo com pessoas com sintomas de gripe, evitar aglomerações em ambientes fechados. As pessoas devem procurar um serviço de saúde ao perceber os primeiros sintomas da gripe.

Vítimas da Zika podem aumentar, diz OMS


A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou nesta segunda-feira (25) que o número de casos de infecção com o vírus Zika pode aumentar de forma significativa na Europa. “A possibilidade de uma transmissão local”, com a chegada dos mosquitos à Europa, e prováveis transmissões por via sexual, poderão se traduzir num aumento significativo do número de pessoas infectadas pelo Zika e de complicações médicas ligadas ao vírus, afirmou, em Paris, a assistente da diretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny.

Segundo ela, duas espécies de mosquito Aedes, “conhecidas por transmitir o vírus Zika, vão começar a circular na Europa, à medida que “as temperaturas começarem a subir.”  Marie-Paule Kieny frisou que “o mosquito não conhece fronteiras.”  Mais de 600 peritos e investigadores reúnem-se até terça-feira (26) , no Instituto Pasteur, para debater a Zika, vírus que causa nos fetos microcefalia, um subdesenvolvimento do crânio e do cérebro.

O Zika propagou-se, desde o fim de 2014, no Brasil, onde foram identificados mais de 1,5 milhão de infecções, na Colômbia e no Caribe, via mosquitos Aedes aegypti. Três a quatro milhões de casos são esperados no continente americano. Em sete países europeus, incluindo Portugal, foram anunciados vários casos de infecção.

A OMS já declarou a epidemia como “emergência de saúde pública internacional.” Os cientistas procuram saber quanto tempo o vírus pode permanecer no corpo humano e o grau de risco de transmissão por via sexual.

Bahia tem 64 novas notificações de microcefalia em uma semana


Bahia é o segundo estado com maior número de casos notificados de microcefalia (Foto: Reprodução/TV Globo)

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) que a Bahia já possui 647 casos em investigação de microcefalia. O número representa um aumento de 64 casos notificados no estado, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na semana passada.

A Bahia é o segundo maior em número de investigação no Brasil, atrás apenas de Pernambuco com 760. Segundo a pasta, aumentou também o número de casos confirmados de microcefalia que passou de 178 para 219. Até a semana passada, 30 mortes por microcefalia haviam sido registradas no estado.

O Ministério da Saúde divulgou neste mês um novo protocolo para notificação de bebês com microcefalia. De acordo com os novos critérios (perímetro cefálico menor ou igual a 31,9 cm para bebês do sexo masculino e perímetro cefálico menor ou igual a 31,5cm para bebês do sexo feminino), a Sesab revisou todos os casos notificados desde outubro de 2015.

A região Nordeste concentra 77,2% dos casos notificados, com 5.520 registros até o momento. No total, são 7.150 casos notificados em todo o Brasil desde outubro de 2015, quando começaram as investigações.

O Ministério da Saúde orienta às gestantes que adotem medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteção contra a exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida, além de repelentes permitidos para gestantes.

*CORREIO

Vacinação contra H1N1 começa hoje na Bahia e segue até 20 de maio


Terá início nesta segunda-feira (18), em todo estado, de forma antecipada a vacinação contra a gripe H1N1. A imunização está disponível em todos os postos de saúde da capital e interior e é voltada apenas para os grupos vulneráveis. Ou seja, especificamente crianças com faixa etária entre os seis meses e os cinco anos, idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas (neuropatas, cardiopatas, renais crônicos, asma moderada ou grave, hipertensão arterial pulmonar, hepatites crônica), Portadores de Síndrome de Down, transplantados, trabalhadores da saúde, populações indígenas e carcerária.

Esse ano, a Bahia estende o calendário vacinal contra a H1N1 até 20 de maio. De acordo com a chefe do setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Doiane Lemos, na capital baiana, 615 mil pessoas deverão ser imunizadas.

*A Tarde

Associação médica vai ao STF para barrar a “pílula do câncer”


A Associação Médica Brasileira (AMB) informou nesta sexta-feira (15) apresentou ação direta de inconstitucionalidade e mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da Lei 13.269/2016, que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. A lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff foi  publicada ontem no Diário Oficial da União.

De acordo com a AMB, os pedidos solicitam a suspensão dos efeitos da lei, garantindo o conhecimento científico em prol da sociedade e de forma a não gerar falsas expectativas de sucesso no tratamento do câncer, ou comprometer de maneira irresponsável pacientes com reais chances de cura por tratamentos reconhecidos. A entidade diz que há “o amplo desconhecimento acerca da eficácia e dos efeitos colaterais da substância, incompatível com o direito à saúde, previsto nos artigos 6º e 196 da Constituição Federal”.

“Não há justificativa racional para assinatura dessa lei pela presidente. Ela está expondo pacientes a um risco desconhecido e aproveitando-se do desespero de alguns para, de maneira demagógica, apresentar falsa solução à desassistência reinante no setor saúde, que só piora ao longo dos anos. Pacientes com câncer estão morrendo por falta de diagnóstico e tratamento, por completa falência do SUS”, diz o presidente da AMB, Florentino Cardoso, em nota divulgada à imprensa.

A lei sancionada nessa quinta-feira autoriza o uso da fosfoetanolamina  sintética,  por livre  escolha, por pacientes diagnosticados com tumor maligno, desde que o diagnóstico seja comprovado por laudo médico e que seja assinado um termo de consentimento e  responsabilidade pelo paciente ou seu representante legal.

A lei também autoriza a produção e importação da substância por agentes regularmente autorizados e licenciados. O produto, no entanto, por ainda ser estudado, dispensa, excepcionalmente, registro sanitário.

A fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, quando ele era ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da Universidade de São Paulo (USP). Algumas pessoas tiveram acesso gratuito às cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, porém sem aprovação Anvisa. Esses pacientes usaram a substância como se fosse um medicamento contra o câncer.

Em junho de 2014, uma portaria da USP determinou que substâncias em fase experimental deveriam ter todos os registros antes de serem distribuídas à população. Desde então, pacientes que tinham conhecimento das pesquisas passaram a recorrer à Justiça para ter acesso às pílulas.

*Agência Brasil

Número de mortes por H1N1 aumenta de 3 para 6 em uma semana


A Bahia já registra seis mortes provocadas pela gripe H1N1 e 25 casos confirmados da doença, sendo que 17 deles são em Salvador. O número de mortes dobrou na Bahia em relação ao último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) divulgado na semana passada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Os casos foram registrados entre 1º de janeiro e 13 de abril.

Os casos confirmados foram registrados em oito municípios, destacando-se Salvador, com 17 casos, o equivalente a 68% das notificações. Nos outros municípios houve apenas um caso confirmado – Boa nova (01), Boquira (01), Feira de Santana (01), Guanambi (01), Ibipeba (01) e Lauro de Freitas (01).  Os óbitos foram registrados em  Salvador (03), Boquira (01), Ibipeba (01) e Vitória da Conquista (01).

A Divep recomenda que a população adote as medidas de prevenção da gripe, tais como; lavar as mãos várias vezes ao dia, proteger tosse e espirro com lenços descartáveis, não compartilhar objetos de uso pessoa, manter os ambientes ventilados, evitar contato próximo com pessoas com sintomas de gripe, evitar aglomerações em ambientes fechados. As pessoas devem procurar um serviço de saúde ao perceber os primeiros sintomas da gripe. Informações do Correio.

Estudo dos EUA conclui que vírus da zika causa mesmo microcefalia


Um estudo produzido pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), principal instituição de pesquisa de saúde do governo americano, e publicado no “New England Journal of Medicine” nesta quarta-feira (13), conclui que o vírus da zika de fato causa microcefalia e outras anomalias cerebrais graves.

É o primeiro estudo em publicação de grande relevância que afirma categoricamente que existe essa relação.

Até então, mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) vinha adotando um tom mais cauteloso, indicando apenas haver fortes evidências da relação, sem considerá-la totalmente comprovada.

A pesquisa divulgada nesta quarta não apresenta novas evidências além das já conhecidas, mas chega à conclusão da relação de causa usando os dados que já havia disponíveis e submetendo-os a uma metodologia de sete itens chamada “Critérios de Shepard”. A relação de zika e microcefalia preenche totalmente cinco dos critérios e parcialmente um deles. O único que não confere é o que prevê testes em que animais tenham gerado fetos com problemas.

O estudo explica que na epidemiologia dificilmente uma relação de causa como essa é comprovada por um exemplo específico e definitivo, por isso é preciso chegar a essa conclusão analisando diversas linhas de evidências.

Os autores também defendem que admitir que o vírus da zika é causador de microcefalia pode ajudar na compreensão do público e em sua adesão a estratégias de prevenção da doença.

*G1

Bahia registra 583 casos de microcefalia em 133 municípios


Até o dia 9 de abril, 583 casos de microcefalia foram notificados em 133 municípios da Bahia. Desses, 246 foram investigados com a realização de exame de imagem e/ou exame laboratorial, sendo 178 confirmados e 68 descartados.

Os casos se enquadram no novo critério adotado pelo Ministério da Saúde, que considera o perímetro cefálico menor que 31,9cm para bebês do sexo masculino e perímetro cefálico menor que 31,5cm para bebês do sexo feminino.

A partir do novo protocolo para notificação de bebês com microcefalia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), revisou todos os casos notificados desde outubro de 2015.

Dos 583 casos, foram notificados 30 óbitos por microcefalia, nos seguintes municípios: Alagoinhas (1), Anguera (1), Camaçari (3), Conceição do Jacuípe (1), Cravolândia (1), Crisópolis (1), Monte Santo (1), Barro Preto (1), Campo Formoso (1), Itabuna (2), Itapetinga (1), Olindina (1), Salvador (6), Tanhaçu (1), Esplanada (1), Feira de Santana (1), Presidente Tancredo Neves (1), Santo Antônio de Jesus (1), Simões Filho (1), Senhor do Bonfim (1), Ilhéus (1), Lauro de Freitas (1).