Jornalista da Globo descobre câncer após reportagem: ‘Tive sorte’


No Jornal Nacional de 12 de outubro, a repórter Elaine Bast alertou sobre a importância da mamografia para se detectar câncer de mama precocemente e, assim, aumentar as chances de cura e reduzir a intensidade do tratamento. Ilustrou com uma pesquisa mostrando que 60% dos casos da doença foram identificados no início, graças ao exame. No dia seguinte, Elaine recebeu o resultado da mamografia que realizara dias antes, preventivamente. A notícia não era boa. Novos exames confirmaram que ela tinha nódulos malignos. Uma mulher ouvida por Elaine na reportagem, Monica Araújo Chiarello, foi fundamental para a jornalista: “Ela me ajudou muito, afinal já tinha passado por tudo o que eu ia passar”. Elaine, ex-correspondente em Nova York, deu o seguinte depoimento ao Notícias da TV:

“Soube em novembro que precisava retirar a mama esquerda por causa de três tumores descobertos em um check up de rotina. Não tinha nódulos aparentes, não sentia dores, enfim, nada diferente. Soube do resultado exatamente um dia após fazer uma matéria para o Jornal Nacional sobre o assunto… O VT [videotape] era sobre um estudo que falava sobre a importância dos exames preventivos para a detecção precoce do câncer de mama”.

A personagem que entrevistei, de apenas 35 anos, havia terminado a quimioterapia quando a encontrei. E foi uma das pessoas que me ajudaram muito psicologicamente nesse processo.

Tenho 42 anos, dois filhos pequenos, amamentei, não há histórico na minha família de câncer de mama. Não esperava passar por isso. Tive muita sorte em ter descoberto logo no início. Apesar de todos os avanços da medicina nessa área, a palavra ‘câncer’ dá sempre muito medo. Mas aprendi que ela não é uma sentença de morte. Retirei toda a mama esquerda e decidi também retirar a direita preventivamente. Não consigo deixar de pensar que realmente tive muita sorte. Não só por ter descoberto no início mas porque pude fazer a reconstrução das mamas na mesma cirurgia. Não precisei ver meu corpo mutilado.

Tive apoio muito importante da minha família, dos meus amigos, dos meus colegas de trabalho. Eles ajudaram a cuidar da minha alma. E os médicos, a cuidar da minha saúde.

Uma doença que tem chance altíssima de cura se for tratada do início. Graças ao diagnóstico precoce, o câncer não parou a minha vida. “Eu continuo a minha história. Depois da cirurgia e do tratamento, volto ao trabalho em meados deste mês.”

Vírus Zika representa ameaça para a saúde humana, diz instituto francês


O Instituto Pasteur, da França, informou que o primeiro estudo que desenvolve sobre a sequência genética do vírus Zika vai ajudar a compreender sua evolução para desenvolver ferramentas de diagnóstico. Transmitido por mosquitos como o Aedes aegypti, da dengue, o Zika representa uma ameaça para a saúde humana, embora a infeção passe muitas vezes despercebida.

O tipo do vírus em circulação na América desde 2015, já provocou epidemia “sem precedentes”, segundo o instituto francês.

O Zika foi identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, num macaco. Ele pertence à mesma família do vírus da dengue e da febre amarela e os primeiros casos detectados em humanos foram registrados em 1968, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Na maioria dos casos (entre 70% e 80%), a infeção passa despercebida e os sintomas são semelhantes aos da gripe, com erupções na pele.

O Zika pode também manifestar-se por meio de uma conjuntivite ou dor nos olhos, assim como por inchaço nos pés e nas mãos.

Até agora, nenhuma morte causada pelo vírus foi registrada, segundo a agência norte-americana para o monitoramento e a prevenção de doenças.

No entanto, dois tipos de complicações graves têm sido descritas, principalmente neurológicas e malformações em fetos, o que obriga a uma “vigilância do surto”, alertou o Ministério da Saúde francês.

Não existe medicamento ou vacina específica contra o vírus. O único tratamento é a ingestão de analgésicos para reduzir a dor.

Para proteção, o Ministério da Saúde francês recomenda que se evite ser picado por mosquitos, usando roupas largas, repelentes e mosquiteiros. As mulheres grávidas, especialmente, devem ficar vigilantes.

Depois de ter sido detectado na África, Ásia e no Pacífico, a doença atingiu o Continente Americano em 2015, sendo o Brasil o país mais afetado.

O Ministério da Saúde lembra que o vírus pode chegar ao sul da Europa, especialmente a França, entre maio e novembro. Informações da Agência Brasil.

Especialistas africanos chegam ao Brasil para auxílio no combate à zika


Com o objetivo de investigar o Zika vírus e o aumento do número de casos de microcefalia e síndrome de Guillain-Barré no Brasil, uma equipe de pesquisadores africanos do Instituto Pasteur de Dacar, capital do Senegal, chegou nesta segunda-feira (4) a São Paulo. Os pesquisadores trabalharão em parceria com a Rede Zika, criada por profissionais brasileiros, para acelerar os trabalhos, com a grande experiência no controle de doenças e neutralização de vírus.

Segundo o jornal O Globo, os profissionais trarão ainda para o Brasil reagentes, antígenos e laboratórios portáteis para ajudar no treinamento dos brasileiros. Para o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) e coordenador da rede, Paolo Zanotto, o Brasil precisa acompanhar o paciente portador do vírus em tempo real para evitar que seja picado por outros mosquitos, o que espalharia o problema.

“O paciente infectado vai ao posto de saúde em busca de tratamento, o mosquito não. Por isso, a forma inteligente é acompanhar o paciente virótico, não o vetor (transmissor da doença). Não dá para controlar o mosquito, mas acompanhando o paciente podemos evitar que mais mosquitos sejam infectados ao picá-lo”, afirmou.

BN

Bahia: Sesab lança app para ajudar no combate ao Aedes aegypti


A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), com o objetivo de maximar estratégias complementares para o combate do ‘aedes aegypti’, lançou nesta segunda-feira (04), o ‘Caça Mosquito’, um aplicativo que irá ajudar o combate do vetor, responsável por transmitir a dengue, febre chikungunya e zika.

O app está disponível apenas na plataforma Android e possibilita fotografar e denunciar os criadouros, em qualquer lugar e a qualquer hora na Bahia. De acordo com a Secretaria de Saúde, a iniciativa busca localizar os criadouros a partir do georreferenciamento (GPS) e acionar os órgãos municipais para a eliminação dos focos.

O aplicativo está disponível para download na Google Play e até o final do mês, os usuários da plataforma iOS poderão utilizar o sistema.

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“Estimulamos a inovação e temos investido em iniciativas como o mosquito transgênico e testes rápidos, bem como analisado a eficácia de repelentes com nanotecnologia e pesquisas como que estudam o bacillus thuringiensis e a wolbachia”, revelou o Secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas.

Terceira fase de testes da vacina contra a dengue começa em 2016


O ano de 2016 já começa com a terceira e última fase dos testes clínicos em humanos da vacina desenvolvida para proteger contra os quatro vírus da dengue em circulação no país. O diretor do Instituto Butantan, que desenvolve os estudos, Jorge Kalil, explica o objetivo desta etapa da pesquisa:

“Nós vamos ao grande desafio: imunizar um grande número de pessoas, para algumas dar a vacina que nós produzimos, que é uma vacina que vai para os diferentes lugares do Brasil liofilizada, então a vacina vai ser distribuida para vários centros do Brasil; ela é administrada e a gente compara com pessoas que recebem placebo e nós vamos comparar. E aí quando a gente dá a vacina e dá o placebo, a pessoa vai ter vida normal, e isso a gente vai fazer em regiões que tem bastante dengue.”

O trabalho envolverá 17 mil voluntários residentes em 13 cidades das cinco regiões do país. Jorge Kalil explica os critérios de escolha de pessoas interessadas em participar dos estudos clínicos. “Tem vários critérios. Um deles é a idade. A gente vai começar testando no que se consideraria idade adulta – de 17 a 59 anos; depois a gente vai baixar de 9 a 17 anos; depois para crianças de 2 a 9 anos.”

Do total de voluntários, dois terços receberam a vacina, e um terço receberá placebo, uma substância sem qualquer efeito. Uma vez comprovada a eficácia da vacina, a partir dos exames coletados dos voluntários, o produto poderá estar disponível em 2017.

Planos são obrigados a cobrir testes rápidos de dengue e chikungunya


A partir deste sábado (2), os planos de saúde passam a ser obrigados a oferecer para seus beneficiários 21 novos procedimentos, entre eles o teste rápido para dengue e o exame de diagnóstico de chikungunya. As novidades constam do novo rol de cobertura obrigatória aos convênios médicos, atualizado a cada dois anos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além dos 21 novos procedimentos, que incluem exames, cirurgias e próteses, as operadoras ficam obrigadas ainda a fornecer um novo medicamento para câncer de próstata e a aumentar sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e psicoterapia para pacientes com alguns tipos de doença.

No caso do exame da dengue, os planos só eram obrigados a cobrir testes laboratoriais cujos resultados demoravam uma semana para sair. Agora, entrou para a lista de cobertura mínima os testes rápidos de sorologia para busca de anticorpos IgM e IgG – que servem para detectar o estágio de diversas doenças, entre elas, a dengue.

Também passa a ser coberto o exame do antígeno NS1 da dengue, que detecta a doença logo no estágio inicial dos sintomas – os exames de anticorpos só podem ser feitos a partir do sexto dia das manifestações da doença.

Governo dos EUA alerta turistas sobre risco de dengue no Brasil


O governo dos Estados Unidos fez uma série de recomendações de saúde para os americanos que pretendem vir ao Brasil nos próximos meses. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças atualizou a página de orientações sobre os destinos brasileiros para incluir o zika vírus.

O órgão informa que o único jeito dos viajantes evitarem o contágio com a doença é “prevenindo picadas de mosquitos”. A nota, que estende o alerta para toda a América do Sul, trata ainda sobre a relação do vírus com a microcefalia. “Por isso, mulheres grávidas devem tomar precauções extras” para evitar as picadas, diz o CDC.