Ministério da Saúde anuncia R$ 10,4 mi para pesquisas de combate ao Aedes aegypti


O ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (10) que serão destinados R$ 10,4 milhões à Fundaçao Oswaldo Cruz (Fiocruz) para desenvolvimento de pesquisas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Desse total, R$ 4,4 milhões deverão ser utilizados na vacina contra o Zika e outros R$ 6 milhões, destinados para projetos de pesquisa de Zika e microcefalia, realizados entre a Fiocruz e o National Institutes os Health (NIH-EUA). O recurso será repassado por meio da descentralização do crédito orçamentário.
À frente de estudos na área de diagnóstico, prevenção e tratamento para doenças transmitidas pelo Aedes, a Fiocruz já possui alguns projetos em andamento, por exemplo, o uso da bactéria Wolbachia como uma alternativa segura e autossustentável para o controle dos vírus. Há também outro projeto, que prevê 500 mil testes nacionais de biologia molecular para realizar diagnóstico de dengue, zika e chikungunya. (BN)

Mulheres contaminadas com zika vírus podem amamentar, diz OMS


Foto: Dmytro Vietrov / Shutterstock

As mulheres contaminadas com o zika vírus podem seguir amamentando seus bebês, já que nada prova que existe um risco de transmissão, declarou nesta quinta-feira (25) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Segundo as provas existentes, os benefícios da lactância materna para o bebê e a mãe superam qualquer risco de transmissão do zika vírus através do leite materno”, conclui a OMS em suas recomendações dirigidas às autoridades dos países afetados pela epidemia.

A OMS recordou que o vírus foi detectado no leite materno de duas mães contaminadas. “Mas não há atualmente nenhuma prova de uma transmissão de zika aos bebês através da amamentação materna”, enfatizou.

Estudo aponta que infecção por zika pode afetar bebê em qualquer fase da gestação


A infecção pelo zika vírus pode ameaçar o feto em qualquer fase da gestação. A conclusão é resultado de um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade da Califórnia, publicada no site da revista The New England Journal of Medicine.

O estudo iniciado em setembro do ano passado acompanhou 88 mulheres com sintomas de Zika, como manchas vermelhas no corpo, conjuntivite, dor de cabeça e nas articulações, entre as quais 72 tiveram diagnóstico positivo para a doença. Desse total, 42 aceitaram ser acompanhadas pelo estudo e 29% das gestantes esperavam bebês com alterações no sistema nervoso central.

Conforme publicado pelo Estadão, os filhos de mulheres contaminadas entre a 5ª e a 38ª semanas de gravidez apresentaram más-formações, como microcefalia, calcificações cerebrais, restrição de crescimento intrauterino e ausência de hemisférios cerebrais. A função placentária também foi afetada, com casos de grávidas sem líquido amniótico. Dois fetos morreram.

Outro dado chamou a atenção dos pesquisadores: 88% das grávidas haviam tido dengue e 21% delas disseram que os companheiros também já contraíram zika. Os autores do estudo acreditam que os resultados “fornecem apoio adicional” para mostrar a ligação entre a infecção e “anomalias fetais e placentárias”.

BN

OMS reforça relação entre Zika e microcefalia


A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse nesta terça-feira, 8, que há cada vez mais evidências que apontam para uma relação causal entre a infecção pelo vírus Zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas registrados no Brasil e outros países da América Latina.

Em Genebra, Margaret Chan ressaltou que, até o momento, casos de microcefalia, possivelmente associados à infecção pelo vírus em gestantes, foram identificados apenas no Brasil e na Polinésia Francesa. Segundo ela, dados ainda não detalhados indicam que o mesmo quadro pode se repetir na Colômbia, onde o surto de Zika começou um pouco depois do Brasil.

Informações reunidas pela OMS indicam que pelo menos 31 países na América Latina e na região do Caribe registraram transmissão autóctone do vírus (infecções contraídas localmente). A diretora-geral reforçou que mulheres grávidas em todo o mundo devem ser orientadas a não visitar áreas onde há surto de Zika.

Cinco semanas após o primeiro encontro, especialistas que integram o comitê emergencial convocado pela OMS para tratar da epidemia de Zika se reuniram hoje com a tarefa de revisar dados e analisar a possível ligação entre a infecção e o aumento de casos de malformação congênita e síndromes neurológicas.

Há pouco mais de um mês, o comitê decidiu declarar emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo vírus identificados em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas. As informações são da Agência Brasil.

Bahia notifica 863 casos suspeitos de microcefalia em 144 municípios, diz Sesab


A Bahia notificou notificados 863 casos suspeitos de microcefalia com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros entre outubro de 2015 e cinco de março de 2016. As informações dizem respeito ao boletim divulgado nesta terça-feira (8) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep).

Segundo a Sesab, Salvador continua sendo, entre os 144 municípios que notificaram casos, o que mais registrou suspeitas da síndrome, 406. Ainda de acordo com o órgão, 254 casos suspeitos foram investigados e 156 foram confirmados.

A síndrome teria sido responsável por 23 óbitos registrados nos municípios de Alagoinhas (1), Barro Preto (1), Camaçari (3), Cravolândia (1), Campo Formoso (1), Crisópolis (1), Itabuna (1), Itapetinga (1), Olindina (1), Salvador (7), Tanhaçu (1), Senhor do Bonfim (1), Esplanada (1), Feira de Santana (1) e Presidente Tancredo Neves (1).

Duas pessoas morreram e 10 casos de H1N1 foram notificados na Bahia


Em pouco mais de dois meses, duas pessoas morreram com H1N1 na Bahia. Do início deste ano até o dia 3 de março, já são 10 casos notificados da gripe, sendo cinco confirmados. O número está muito acima do registrado no mesmo período de 2015, quando apenas um caso foi registrado, de um paciente vindo de São Paulo. A vacina continua sendo o meio mais eficaz, mas só volta a ser aplicada no mês de abril.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) ainda não sabe o motivo do aumento de casos da doença nesse ano, já que os pacientes confirmados não tiveram contato entre eles. Os casos estão sendo estudados. A principal forma de prevenir a doença é a vacina, que é renovada anualmente.

A gripe pode ser transmitida quando uma pessoa doente tosse próximo a outra, porque o vírus fica na saliva e sobrevive até oito horas no ambiente. Por isso, a indicação é lavar as mãos várias vezes ao dia, com água e sabão.

A doença tem sintomas parecidos com os da gripe comum, mas é bem mais agressiva. O paciente sente dores no corpo, tosse, febre e mal estar, mas eles geralmente permanecem por mais tempo.

“Vai evoluir com uma tosse que persiste e a parte respiratória começa a ficar bastante comprometida. Se evoluir para uma pneumonia por H1N1, então é um caso bastante grave”, explica a pneumologista, Tatiana Galvão. “Ele [o paciente] vai precisar ser internado em uma UTI, utilizar medicações de suporte para a parte respiratória, além da medicação específica para o vírus”, acrescenta.

Ramon Saavedra, coordenador de imunização da Sesab, explica que a vacina  precisa ser renovada a cada ano. “A vacina deste ano já é diferente da do ano passado. Já tem uma composição diferente, de acordo com a distribuição do vírus no mundo”, disse.

O médico infectologista Maurício de Souza destaca a importância da vacinação. “Eu consigo ficar imune ao H1N1 durante um ano, mas no outro ano também eu tenho que fazer a vacinação. É muito segura [a vacina] e muito efetiva”, explica.

Neste ano, a previsão de chegada da vacina na rede particular é para o início da abril. O ano passado, a dose custou R$ 80, em média.

Já na rede pública, a vacina é aplicada de graça nos postos de saúde, mas para um público definido: crianças a partir de seis meses e com menos de cinco anos; gestantes, mulheres que acabaram de dar à luz, trabalhadores da área de saúde, indígenas, idosos a partir de 60 anos, presos, e pessoas com problemas cardíacos, diabéticos, pacientes renais, asmáticos e portadores de outras doenças crônicas. Segundo a Sesab, a campanha de vacinação está prevista para 30 de abril.

G1

Filipinas registra primeiro caso de infecção do zika vírus desde 2012


Uma mulher americana que visitou as Filipinas em janeiro teve seu teste confirmado como positivo para o vírus Zika nos Estados Unidos, anunciaram autoridades de saúde filipinas neste domingo.

A secretária de Saúde Janette Garin disse que seu departamento estava coordenado com o Centro norte-americano para Controle e Prevenção de Doenças para obter mais informações sobre a mulher e descobrir onde ela ficou durante a visita às Filipinas, entre 02 e 28 janeiro.

O porta-voz do departamento de saúde, Lyndon Lee Suy, disse que a mulher estava aparentemente apresentando os sintomas de zika nos últimos dias de sua estadia nas Filipinas, mas que ela não foi diagnosticada com o vírus até retornar aos EUA.

Garin disse que, se for determinado que a mulher foi infectada nas Filipinas, seria apenas o segundo caso Zika a ser relatado no país, e destacou que não há relatos de um surto. Ela disse que a população não deve se alarmar, mas deve tomar medidas para prevenir a infecção, incluindo destruir todos os locais de reprodução de mosquitos, que podem se espalhar zika, dengue e chikungunya.

Um menino de 15 anos foi infectado na cidade de Cebu, região central das Filipinas, em 2012. Fonte: Associated Press

Fonte: Estadão Conteúdo

Zika: São Paulo registra primeiro caso autóctone do vírus


A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou, na última sexta-feira (4), o primeiro caso autóctone (contraído na própria cidade) do vírus Zika, na cidade de São Paulo.

O vírus foi detectado em uma mulher de 28 anos, com 30 semanas de gestação. Ela é moradora do bairro Freguesia do Ó, na zona norte da capital. O caso foi notificado no dia 3 de fevereiro. Segundo a secretaria, o exame ultrassom morfológico apresentou normalidade no feto. Mesmo assim, a paciente foi encaminhada para fazer o pré-natal no Hospital Escola e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, por ser referência para gestação de alto risco.

A paciente, que não teve o nome divulgado, apresentou os primeiros sintomas no dia 30 de janeiro e disse não ter viajado para fora do estado. No dia 3 de fevereiro, urina e sangue foram coletados e, no dia 25 de fevereiro, o resultado foi confirmado como positivo para o vírus. No dia seguinte, foi feita uma nova coleta de sangue e novamente o resultado foi positivo.

De acordo com a secretaria, o local onde vive a gestante e todo o entorno foi visitado para exterminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus

Mais um estudo confirma que zika mata células do cérebro


Em um intervalo de apenas dois dias, duas pesquisas independentes, uma no Rio de Janeiro e outra nos Estados Unidos, chegaram a conclusões muito parecidas sobre como o vírus zika é capaz de agir no cérebro, infectando e matando células neuronais, o que reforça a suspeita de que o vírus está por trás do aumento no número de casos de microcefalia no Brasil.

Na quarta-feira (02), um grupo carioca liderado pelo neurocientista Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto D’or de Pesquisa, publicou um trabalho que mostra que o zika infecta as células que agem como progenitoras cerebrais, ou seja, que dão origem ao órgão, o que acaba tendo efeito no seu desenvolvimento.

Nesta sexta-feira (04), um grupo de pesquisadores das universidades americanas Johns Hopkins e Estadual da Flórida, publicou um trabalho na revista Cell Stem Cell, com achados muitos parecidos. Segundo eles, o vírus zika é capaz de infectar um tipo de célula-tronco de neuronal, que dá origem ao córtex cerebral.

As células infectadas, mostram eles, ficam mais propensas a morrer e menos propensas a se dividir normalmente e criar novas células cerebrais. Os pesquisadores ressaltam que isso ainda não prova a relação com microcefalia em bebês gestados por mães infectadas pelo vírus, mas revela onde o zika é capaz de causar danos.

“Este é um primeiro passo e há muito mais que precisa ser feito. Mostramos que o zika infecta as células neuronais em cultura”, diz Hongjun Song, neurocientista da Johns Hopkins, em comunicado divulgado à imprensa. “Mas ainda não sabemos de modo algum o que está acontecendo no desenvolvimento do feto”. Os achados, dizem os autores, se correlacionam com o desenvolvimento cerebral interrompido, mas uma evidência direta de ligação entre o vírus e microcefalia só virá de mais estudos clínicos. Com informações do Estadão Conteúdo.

Pesquisadores buscam soro para combater zika


Foto: Carlos Jasso | REUTERS

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Vital Brazil está tentando desenvolver um soro contra a zika. Segundo o Estado de S. Paulo, o medicamento seria injetado em grávidas que contraírem a doença para reduzir o risco de transmitir o vírus aos fetos.

Segundo o Ministro de Saúde, Marcelo Castro, a pesquisa do soro é prioridade. A expectativa é que o soro leve menos tempo de desenvolvimento do que uma vacina, mesmo assim pode demorar até três anos para ser liberado para uso em humanos.