Governo distribuirá 5 milhões de camisinhas no carnaval


Durante os dias de folia do carnaval, 5 milhões de camisinhas serão distribuídas em festas de rua em Salvador (BA), no Recife (PE), em Olinda (PE), no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP) e em Ouro Preto (MG), que recebem milhares de foliões. Os preservativos serão distribuídos em 17 cidades de oito estados e no Distrito Federal, pelo Ministério da Saúde.

Além dos preservativos masculinos e femininos, os foliões vão receber também sachês de gel lubrificante. Em vários locais, o personagem da campanha de carnaval deste ano do ministério, o Homem Camisinha, é quem fará a distribuição. Aeroportos, como os do Rio de Janeiro e de Salvador, e bares também terão dispositivos com preservativos disponíveis.

Com o slogan “Deixe a camisinha entrar na festa”, o diferencial da campanha deste ano é que, a partir da Quarta-feira de Cinzas, serão entregues folhetos nos postos de saúde e afixados outdoors sobre a profilaxia pós-exposição, que evita a proliferação do vírus HIV caso a pessoa, que fez sexo desprotegido por exemplo, tome os medicamentos em até 72 horas após a exposição ao vírus. O objetivo da campanha é reforçar a importância do preservativo para evitar a contaminação, por via sexual, do vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Brasil analisará uso de radiação contra Aedes Aegypti


Na esperança de reduzir de forma substancial o vetor do zika vírus até os Jogos Olímpicos, o Brasil vai avaliar o uso de radiação nuclear para combater o mosquito Aedes aegypti. Um encontro será feito entre o Ministério da Saúde e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nos dias 17 e 18, em Brasília, com a meta de avaliar a implementação de um amplo projeto que esteriliza o mosquito.

Já no dia 22, também em Brasília, especialistas de todo o mundo vão se reunir para examinar a viabilidade do projeto. Na segunda-feira, 1º, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o surto de casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos em regiões com registro de zika vírus como uma emergência internacional. Uma das conclusões de especialistas é de que, com a vacina não podendo ser produzida antes de 2018, a meta hoje é um “combate agressivo ao vetor”.

E o mundo vem perdendo a batalha contra o Aedes. Tanto na OMS como no Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a percepção é de que os instrumentos de desinfecção são pouco eficientes e apenas contar com uma mobilização social não está dando resultados.

A nova estratégia, proposta pela AIEA, é a de reverter a expansão da população de mosquitos. O plano consiste em expor mosquitos machos à radiação nuclear, tornando-os inférteis. Uma vez de volta no meio ambiente, esses mosquitos não conseguiriam se reproduzir e a população geral teria queda.

A SIT (sigla em inglês para Sterile Insect Technology) já existe e consiste em colocar os vetores em contato com raios X ou Gama. A vantagem do sistema é de que milhares de mosquitos seriam controlados, sem o uso de produtos tóxicos. Mas o grande obstáculo é o volume de insetos que teriam de ser inicialmente esterilizados. Para que isso funcione, os espécimes modificados teriam de ser superiores ao número de mosquitos machos em uma população autóctone em uma proporção de 10 a 20 vezes.

Na prática, milhões de mosquitos teriam de ser expostos à radiação. A própria AIEA estima que o plano teria maiores chances de funcionar em pequenas cidades e não em metrópoles como o Rio.

Ainda assim, os técnicos são otimistas. “Se o Brasil soltar um enorme número de mosquitos machos nessas condições, levaria poucos meses para reduzir a população. Mas isso teria de ser combinado com outros métodos”, disse o vice-diretor da AIEA, Aldo Malavasi.

Outros países

Além do Brasil, países latino-americanos como Guatemala, El Salvador e México já estão em negociações, além da Indonésia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Forças Armadas visitam Salvador e cidades do interior em campanha de combate ao aedes


Os municípios de Ilhéus, Porto Seguro, Juazeiro, Bom Jesus da Lapa e Salvador devem receber 1.807 militares da Marinha do Brasil na Bahia para a segunda etapa da campanha nacional que envolve as Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, febre chikungunya e zika vírus.

A nova etapa acontece no próximo dia 13 de fevereiro. Segundo a Marinha, na ação, que é coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, os militares distribuirão material impresso com orientações para a população sobre como combater o mosquito.

Na capital baiana, o efetivo atuará em bairros como Comércio, Subúrbio Ferroviário, Nazaré, Barbalho e Liberdade. A terceira etapa deve acontecer entre os dias 15 e 18 de fevereiro. Nela, militares visitarão casas para verificar possíveis focos de proliferação do mosquito e orientar moradores em como evitar a reprodução do principal vetor da tríplice epidemia. (BN)

Em cinco dias, casos de microcefalia sobem de 533 para 618 na Bahia


O número de casos notificados de microcefalia na Bahia subiu de 533 para 618, de acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (2) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Os dados vão de outubro de 2015 até o dia 30 de janeiro.

É considerado microcefalia o nascimento de bebês com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros. Na Bahia, 106 municípios registram casos suspeitos. Salvador tem o maior número de incidência (324), correspondendo a 52,4% do total de casos.

O maior número de mortes relacionadas à doença também é na capital baiana, onde três crianças já morreram. Dentre os 618 casos, foram notificados dez óbitos nos municípios de Camaçari (1), Itabuna (1), Olindina (1), Salvador (3), São Sebastião do passe (1), Tanhaçu (1), Itapetinga (1) e Campo Formoso (1).

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) fará aquisição de 200 mil testes rápidos para que seja possível identificar os casos de dengue e chikungunya e, por exclusão e exames clínicos, diagnosticar a zika, visto que até o momento não há teste em escala comercial.

OMS declara zika vírus como emergência global de saúde pública


A Organização Mundial da Saúde (OMS anunciou que a explosiva disseminação do zika vírus nas Américas é um “evento extraordinário” que merece ser declarado como emergência internacional.

A agência fez uma reunião de emergência com especialistas independentes nesta segunda-feira para avaliar a epidemia depois de notar uma ligação suspeita entre a chegada do zika vírus no Brasil em 2014 e um aumento no número de bebês nascidos com microcefalia.

Embora a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, tenha afirmado que não existe prova definitiva de que o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, seja responsável pelo nascimento de bebês com a cabeça menor que o normal, ela reconheceu que “o nível de alarme é extremamente alto”.

A última emergência de saúde pública foi declarada pela OMS para a epidemia de ebola no oeste da África, em 2014, que deixou mais de 11 mil mortos. A OMS estima que pode haver até 4 milhões de casos de zika nas Américas no próximo ano. As informações são do Estadão Conteúdo.

Aedes: MP prevê entrada forçada de agentes de saúde em imóveis abandonados


O governo publicou hoje (1º) medida provisória (MP) que permite o ingresso forçado de agentes de saúde em imóveis públicos e particulares abandonados para ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.

O texto autoriza ainda a entrada do agente público em casas onde o proprietário não esteja para garantir o acesso e quando isso se mostre “essencial para contenção de doenças”. O agente poderá, nestes casos, solicitar auxílio de autoridade policial.

A MP estabelece como imóvel abandonado aquele com flagrante ausência prolongada de utilização, situação que pode ser verificada por características físicas do imóvel, por sinais de inexistência de conservação, pelo relato de moradores da área ou por outros indícios.

Já a ausência de pessoa que permita o acesso do agente de saúde ao imóvel fica caracterizada, conforme o texto, pela impossibilidade de localização de alguém que autorize a entrada após duas visitas devidamente notificadas, em dias e períodos alternados, dentro do intervalo de dez dias.

Dados do Ministério da Saúde divulgados na última sexta-feira (29) apontam que, até o momento, 10,9 milhões de domicílios foram vistoriados por agentes de saúde e por militares das Forças Armadas para combate ao Aedes aegypti – o que representa 22% dos 49,2 milhões de imóveis previstos.

O relatório contabiliza 3.183 municípios visitados de um total de 5.570 definidos para serem visitados por equipes em todo o país.

Ainda segundo a pasta, durante as vistorias, foram identificados 355 mil imóveis com focos do mosquito (3,25% do total). A meta do governo é reduzir o índice de infestação para menos de 1%  do total de domicílios.

Houve a recusa de acesso a 45.719 imóveis. Cerca 2,7 milhões de domicílios estavam fechados no momento da visita.

Desde dezembro, 266 mil agentes comunitários de saúde reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Eles se juntaram aos 6.188 profissionais das equipes de Atenção Domiciliar e aos 46 mil agentes de combate às endemias que já realizam o serviço na comunidade. Além disso, 3,2 mil militares das Forças Armadas reforçam, em 19 estados, as ações de eliminação dos focos do mosquito da dengue. As informações são da Agência Brasil.

Área de transmissão da dengue mais que quadruplica em 10 anos no Brasil


Em uma década, a área de transmissão da dengue no Brasil mais que quadruplicou, saltando de 1,5 milhão de km² para 6,9 milhões de km². Isso significa que há mosquitos espalhando dengue em todos esses lugares, o que aumenta o alerta sobre como pode se disseminar o zika nos próximos anos, vírus que usa o mesmo vetor da dengue. Do Brasil, a nova doença tem potencial para se espalhar para o mundo.

Pesquisa publicada há uma semana no periódico de saúde The Lancet estimou o potencial de exportação da epidemia a partir do Brasil. Os pesquisadores, liderados por Oliver Brady, da Universidade de Oxford, mapearam os destinos finais de quase 10 milhões de pessoas que saíram do País para o exterior de aeroportos próximos de locais onde o zika foi transmitido: 65% tinham como destino as Américas, 27%, a Europa, e 5%, a Ásia.

Eles então avaliaram nesses destinos onde há áreas propícias à transmissão do zika, considerando a presença de mosquitos do gênero Aedes. Concluíram que cerca de 60% da população de EUA, Itália e Argentina – alguns dos países com maior fluxo de turistas para o Brasil – vivem em áreas onde pode ocorrer transmissão sazonal da doença. E só nos Estados Unidos 22,7 milhões de pessoas residem em áreas passíveis de transmissão de zika o ano inteiro.

“O ministro (da Saúde, Marcelo Castro) não errou ao declarar que o País está perdendo a luta contra o Aedes. Mas talvez tenha sido infeliz. Se dissesse que o mundo inteiro está perdendo a luta, seria mais correto. Porque o problema não é só no Brasil. O Aedes está alcançando distribuição mundial”, afirma o virologista Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Zanotto coordena uma força-tarefa de vários laboratórios empenhados em desvendar o zika vírus.

Parte dessa expansão, ao menos no Brasil, se dá por motivos já bem conhecidos: aumento da população de mosquitos e avanço da doença por populações que nunca tinham tido contato com a dengue ou que estão se contaminando com sorotipos diferentes. Mas o aquecimento do planeta também pode estar colaborando com isso.

Novos vírus – O pesquisador alerta ainda que a infestação elevada de mosquitos é crucial para estabelecer a infecção por outros arbovírus. Além de dengue, zika e chikungunya, diz, muitos outros vírus estão na fila e não dá para saber qual será o próxima a vir. “Acredita-se que existe febre amarela (também transmitida pelo Aedes) em área urbanas na África (no Brasil é só em florestal) porque lá a infestação é mais elevada. O medo é que o aquecimento traga outros arbovírus para as áreas urbanas.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dilma e Obama fecham parceria para criar vacina contra o Zika


A presidenta Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiram criar um grupo de alto nível para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika.

Os dois conversaram nesta sexta-feira (29), por telefone, e concordaram em unir esforços para produzir a vacina e produtos terapêuticos contra o vírus. O Zika está relacionado à ocorrência de microcefalia em recém-nascidos.

A base das pesquisas será a cooperação já existente entre o Instituto Butantan e o National Institute of Health (NIH), que já estudam uma vacina contra a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Durante a ligação, Dilma e Obama determinaram que o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, e o Departamento de Saúde dos Estados Unidos mantenham contato a fim de aprofundar a cooperação bilateral na área.

Nesta semana, o governo federal intensificou as ações de mobilização para eliminar criadouros do Aedes aegypti.

‘Se não nos mobilizarmos, vamos perder a luta’ para o Aedes, diz Dilma


A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (29) que, se o país não se mobilizar, vai “perder a guerra” contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue a zika. Ela participou em Brasília de uma videoconferência com governadores de São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Bahia para tratar de ações de combate ao mosquito.

Dilma deu a declaração em entrevista à imprensa após a reunião. Ela foi questionada sobre a frase do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que havia dito que o país estava perdendo a guerra para o Aedes. Na resposta, Dilma disse que Castro estava retratando uma “realidade” e que dizer que o país estava perdendo a guerra equivale a afirmar que a intenção é ganhar a luta.

“É impressionante, achei fantástico. Por que criar um problema com a constatação da realidade? Dizer que estamos perdendo [a guerra] é porque queremos ganhar. Nós queremos ganhar. Estamos dizendo: se não nos mobilizarmos, vamos perder isso. Vamos nos mobilizar”, afirmou Dilma.

A presidente acrescentou que, enquanto o mosquito estiver se reproduzindo, o país estará perdendo a batalha contra o Aedes. No entanto, ela afirmou que o Brasil vai “ganhar a guerra”

“Nós estamos perdendo. Enquanto o mosquito se reproduzir, estamos perdendo a luta. Se eu dissesse que nós estamos ganhando a luta, a gente estaria numa fase mais avançada. Mas nós vamos ganhar essa luta, é uma outra coisa. Nós vamos mostrar que o povo brasileiro vai ganhar essa guerra”, completou a presidente.

 Segundo Dilma, a estratégia do governo deve ser combater os criadouros do mosquito. Ela afirmou que toda a sociedade deve se engajar no comabte ao Aedes, e não só o governo.

“O que os governos responsáveis têm de fazer? O que os cidadãos têm de fazer? Temos de erradicar o criadouro do mosquito. Os governos, as igrejas, os times de futebol, os sindicatos, temos que eliminar a água parada”, disse Dilma.

Faxina
A presidente também ressaltou que o governo vai “deflagrar” nesta sexta-feira uma “faxina” contra o mosquisto em todas as repartições públicas federais. As Forças Armadas disponibilizaram 220 mil homens para atuar na limpeza de possíveis focos do Aedes aegypti.

“O governo federal hoje começa uma faxina dentro de todas as unidades do governo federal, das Forças Armadas, todas as unidades do Ministério do Desenvolvimento Social, na Educação, na Saúde, em todas as esferas”, observou a presidente na coletiva à imprensa.

G1

Autoteste para detecção do HIV estará disponível nas farmácias este ano


O autoteste de detecção do vírus do HIV estará disponível nas farmácias do país ainda neste semestre. A informação é do diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que participou nessa quinta-feira (28) do lançamento da campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids no Carnaval 2016.

“Ele tem o mesmo grau de confiança de qualquer outro teste. Será a oportunidade para uma parcela da população que tem vergonha de pedir o teste para o médico ou de ir a um posto de saúde fazer o teste”, disse, ao ressaltar que o teste é de triagem e a pessoa precisará confirmar o resultado com outro teste.

O exame pode ser feito com saliva ou sangue e já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância e Saúde (Anvisa). Ele já é oferecido em vários países do mundo, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e África do Sul.

A meta da Organização das Nações Unidas é de que 90% das pessoas com HIV façam o teste até 2020. No Brasil, cerca de 83% das pessoas com o vírus já passaram pelo diagnóstico. “E essa medida certamente ajudará a alcançar os 7 pontos de gente que tem o HIV e que ainda precisa ser testada”, comentou Mesquita.

O preço do teste de farmácia ainda não está definido. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor varia entre US$ 40 e US$ 60. “Mas claro que no Brasil esse preço é inviável e as empresas terão que fazer um preço viável aqui”, disse o diretor.

A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e aids. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do ano passado, foram 6,4 milhões – um crescimento de 10%.

As três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e aids, tratar 90% delas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.

“Estamos na direção correta das metas. Estamos ainda em 2016 e devemos 7 pontos percentuais na meta de teste, 20 pontos na meta de tratamento e já alcançamos a meta de supressão de carga viral, cinco ano antes do prazo”, comemorou o representante do ministério.

O percentual de brasileiros vivendo com HIV diagnosticados por exames passou de 80%, em 2012 para 83%, em 2014. Já a oferta de tratamento passou de 44%, em 2012, para 62%, em 2014, aumento de 41% no período.

Agência Brasil