O câncer colorretal é o terceiro mais frequente no Brasil, ficando atrás apenas dos tumores de mama e próstata – desconsiderando os casos de pele não melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a projeção para o período até 2025 aponta mais de 45 mil novos diagnósticos anuais. O Março Azul-Marinho surge como um lembrete para a população sobre a necessidade de manter hábitos saudáveis, como destaca a coloproctologista Glícia Abreu.
Nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode ser silencioso, sem sintomas aparentes. No entanto, conforme a doença evolui, sinais como sangramentos e dificuldades intestinais podem surgir.
“Algumas manifestações devem servir de alerta, especialmente quando persistem por um longo período. Entre elas, alterações no funcionamento do intestino, presença de sangue nas fezes, cólicas frequentes, sensação de inchaço, emagrecimento sem causa aparente e anemia”, explica a médica.
Para rastrear a doença em pessoas sem sintomas ou histórico familiar, existem cinco tipos de exames, sendo os mais comuns a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSO) e a colonoscopia. Se a PSO apresentar resultado positivo, a colonoscopia é indicada. Esse exame, considerado o mais eficaz, permite tanto identificar a doença em estágios iniciais quanto remover pólipos, que podem evoluir para câncer.
“A PSO é um exame simples, que direciona a necessidade da colonoscopia. A colonoscopia, por sua vez, é um procedimento endoscópico que avalia o intestino grosso, possibilitando a detecção e remoção de lesões. A recomendação é que o primeiro exame seja feito entre os 45 e 50 anos, com repetição a cada dez anos, conforme a necessidade”, finaliza Glícia.