Zika e microcefalia vão crescer no Sudeste, alerta Ministério da Saúde


O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, afirmou na quinta-feira, 25, haver risco de o número de casos de zika e de microcefalia aumentar no País, sobretudo nas grandes cidades do Sudeste. Ele disse que a região não teve até o momento circulação importante do vírus. Por essa razão, a maior parte da população é suscetível.

Maierovitch acredita que autoridades sanitárias brasileiras têm uma percepção semelhante àquela apresentada anteontem pela diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. Em entrevista, ela apontou o risco de a epidemia piorar antes de que melhoras nos indicadores começassem a ser observadas.

A maior preocupação, de acordo com Maierovitch, é o Rio, em razão da Olimpíada. O diretor observou haver uma tendência histórica de redução de casos de dengue a partir de julho, quando as condições climáticas passam a ser desfavoráveis para a reprodução do mosquito vetor, o Aedes aegypti. A previsão é que a tendência se repita com relação ao zika. Há também uma expectativa de que, com as ações de combate ao criadouros, esse risco se reduza ainda mais a partir de julho. “É essa a expectativa. Como se trata de um vírus novo, não podemos ter plena convicção.” Daí a necessidade de se reforçar as medidas de prevenção.

Maierovitch acredita que os indicadores de dengue – um termômetro para avaliar a quantidade de criadouros de mosquito do País – começarão a cair a partir de março. É esse o tempo necessário, calcula, para que ações de combate ao vetor passem a refletir também nas estatísticas sobre as doenças relacionadas ao mosquito.

Repelente

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que o governo deve desembolsar R$ 300 milhões para a compra de repelentes que serão distribuídos para gestantes atendidas pelo Bolsa Família. A estratégia tem como objetivo reduzir o risco de casos de zika entre grávidas e, consequentemente, de nascimento de bebês com microcefalia. Ainda não há prazo para o início da distribuição. O maior entrave é a forma da compra. Ela deve ser feita por meio de um pool de empresas, que se comprometeriam a ofertar uma cesta de produtos.

Nos próximos dias, será aberta uma chamada para fabricantes apresentarem propostas. Como o tamanho de cada produto varia (alguns apresentam volume maior do que outros) e a indicação de reaplicação também, pode ainda haver uma variação sobre quantos produtos seriam indicados para cada gestante. O cálculo realizado, no entanto, é de uma média de cinco frascos para cada uma.

Na quinta-feira, Castro alertou para a seriedade do período enfrentado pelo País. “O momento é visto por todos os pesquisadores como um dos mais difíceis da saúde pública brasileira e mundial”, disse Castro, em uma audiência realizada no Senado para discutir o problema. “Não é à toa que a última vez que o Brasil havia declarado emergência pública foi em 1917, com a gripe espanhola.”

O ministro voltou a afirmar que a tarefa de se combater o mosquito não cabe apenas ao governo federal. “O mosquito não tem filiação partidária. A responsabilidade é de todos brasileiros e de toda humanidade.” Ele ressaltou a necessidade do trabalho do poder municipal, da sociedade civil e chegou a sugerir que pessoas “inspecionem seus vizinhos” em busca de focos do mosquito Aedes.

Questionado sobre os gastos com vigilância, Castro fez uma comparação com o que foi investido na área durante os governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Segundo ele, entre 1995 e 2002, foram aplicados R$ 20,63 bi. Durante o governo Lula, foram investidos R$ 44,1 bilhões e nos 5 anos da presidente Dilma, R$ 53 bilhões. “Todos reconhecemos que não é suficiente. Precisamos de mais”, concluiu.

Mais uma vez, o ministro praticamente descartou a possibilidade da incorporação da vacina contra dengue produzida pela Sanofi Pasteur na rede pública de saúde. Ele observou que o imunizante, que já recebeu aval da Anvisa para comercialização no Brasil, é caro, tem de ser aplicado em três doses e, sobretudo, não é indicado para um público-alvo considerado essencial pelo governo: crianças e idosos. “Na vacina da dengue, as crianças abaixo de 10 anos e os mais idosos são prioridade. E essa vacina não presta para isso”.

 

Estadão Conteúdo

Horário de verão acaba à meia noite deste domingo, 21 de fevereiro


À meia noite deste sábado para domingo (21), os moradores de 10 estados, além do Distrito Federal, terão que atrasar os relógios em uma hora por conta do fim do horário de verão. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, no final de 2015 a nova versão do horário seguiria as regras estipuladas no decreto 6.558, de 2008, revisado em 2013, que fixa a duração de quatro meses, entre o terceiro domingo de outubro de cada ano e o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.

Pela legislação, o horário de verão vigora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nos etados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Esta é a 40ª edição do horário de verão no país. A primeira vez ocorreu no verão de 1931/1932. O objetivo é estimular o uso racional e adequado da energia elétrica.

Governo pretende multar morador que tiver focos do Aedes em casa


Se depender do governo Federal, a responsabilidade da população no controle do mosquito Aedes aegypti vai aumentar. Na tarde desta segunda-feira (15), o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que o governo estuda uma multa para quem continuar a manter focos do mosquito Aedes aegypti em seu imóvel.

De acordo com o ministro, a presidenta Dilma Rousseff encomendou um estudo à Advocacia-Geral da União para checar a viabilidade da punição. Na manhã de hoje, a presidente se reuniu com ministros para discutir o combate ao mosquito.

“Dentro dessa reunião veio a possibilidade de estabelecimento de multa como forma de acionar os proprietários de terrenos baldios, residências ou casas fechadas. A multa seria para os casos em que as pessoas se recusassem ou reincidissem em manter focos do mosquito dentro das residências. Se [o proprietário do imóvel] não deixa entrar, [o agente público] entra por força da medida provisória. Se tiver foco do mosquito, então a pessoa está infestando a sua rua e seu município. Cabe multa pela irresponsabilidade na manutenção do seu imóvel, seja terreno, seja casa fechada”, disse Jaques Wagner.

Metro1

Dilma e 28 ministros participam de campanha contra Aedes aegypti


Após serem convocados pela presidente Dilma Rousseff, apenas três dos 31 ministros não vão participar da campanha que será promovida pelo governo no próximo sábado (13), contra o mosquito Aedes aegypti.

O ministro das Comunicações, André Figueiredo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, estão de férias. Já o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estará em viagem fora do País.

Diante do aumento do número de casos de dengue, zika e chikungunya, Dilma ordenou que toda a equipe ministerial participe do mutirão que está sendo organizado pelas Forças Armadas. Ela própria irá ao Rio para participar do ato.

Entre os ministros, Marcelo Castro (Saúde) vai a Salvador (BA) e Aldo Rebelo (Defesa), a Campinas. Jaques Wagner (Casa Civil) escolheu São Luís; Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Manaus; Edinho da Silva (Secretaria de Comunicação), Maceió; José Eduardo Cardozo (Justiça), Fortaleza; e Aloizio Mercadante (Educação), Osasco.

Ao todo, 220 mil militares participarão da campanha no sábado e visitarão 356 municípios, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas. A meta é visitar três milhões de residências e distribuir panfletos com orientações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito.

Entre os dias 15 e 18, as Forças Armadas farão um novo mutirão, desta vez não apenas visitando residências, mas também aplicando larvicidas e outros produtos para a eliminar o Aedes aegypti. Com informações do Estadão Conteúdo.

Líderes religiosos defendem debate sobre aborto em casos de microcefalia


Após encontro com a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, 10, líderes religiosos defenderam que é preciso debater com a sociedade a descriminalização do aborto em meio à epidemia de zika. A posição vai de encontro à posição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que afirmou na semana passada que o aumento do número de casos de microcefalia no País não justifica a medida. Segundo integrantes do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic), o assunto não foi tratado na reunião com a presidente e ainda não há consenso sobre o tema entre os diversos grupos religiosos que integram o conselho. “Precisamos, sim, com urgência tratar da questão, mas não temos nenhuma discussão feita ainda”, disse dom Flávio Irala, presidente do Conic e bispo da Igreja Anglicana.

Para Joel Zeferino, pastor da Igreja Batista Nazareth, é preciso incluir neste debate as mulheres de baixa renda, que muitas vezes têm de recorrer a clínicas de abortos ilegais em condições precárias. “Nós não temos uma posição em torno do aborto. Entendemos que tem que ser uma questão debatida com a sociedade, mas não dá para ignorar o assunto e é preciso empoderar as mulheres nessa discussão”, afirmou.

Segundo os dois religiosos, durante o encontro, Dilma pediu ajuda das igrejas de todo o País no combate ao mosquito Aedes aegipty, transmissor não só da zika, como também da dengue e da chikungunya. O Conic reúne integrantes de igrejas católicas, anglicanas, luteranas, presbiterianas e ortodoxas.

Na semana passada, a presidente já havia se encontrado com representantes do CNBB para debater o assunto. Outro tema abordado foi a campanha da fraternidade de 2016, lançada nesta quarta-feira pela CNBB, com apoio das congregações do conselho. Neste ano, a iniciativa terá como foco o saneamento básico.

Estadão Conteúdo

Mancha Verde é campeã do Grupo de Acesso em São Paulo


A Mancha Verde, com 269,4 pontos, foi a escola campeã do Grupo de Acesso do carnaval de São Paulo. Com o resultado, ela volta ao Grupo Especial em 2017. A Tom Maior ficou em segundo lugar, com 268,2 pontos e também sobe para o grupo de elite do carnaval paulista. As duas escolas vão participar do desfile das campeãs na próxima sexta-feira (12).

Já as escolas Pérola Negra e X-9 Paulistana, que desfilaram este ano pelo grupo principal, ficaram com as menores notas e foram rebaixadas para o Grupo de Acesso no próximo ano. A Pérola Negra ficou com 264,0 pontos e terminou em 13º lugar. A X-9 Paulistana foi a última colocada com 263,9 pontos.

Após apuração tumultuada, a Império de Casa Verde, com 269,4  pontos, sagrou-se campeã do carnaval paulista de 2016. O anúncio das notas, no Palácio do Anhembi, foi interrompido duas vezes e a polícia teve de intervir para acalmar os ânimos. Um integrante da escola Unidos de Vila Maria foi preso. Com informações da Agência Brasil.

Briga e confusão marcam apuração das escolas de samba de SP


Na tarde desta terça-feira (9), uma grande confusão surgiu durante a apuração das notas das escolas de samba de São Paulo.

O jurado Jorge Martins se esqueceu e não deu uma nota da Império da Casa Verde para o quesito ‘Evolução’, o que deixou os integrantes da Unidos de Vila Maria revoltados.

Alguns momentos depois, outro jurado se esqueceu de atribuir uma nota para uma escola no quesito ‘Harmonia’.

Segundo o regulamento da Liga, no caso de não ter uma nota atribuída para a Agremiação, a escola terá nota máxima dada por outros jurados.

Como nos anos anteriores, a apuração da escola campeã do Carnaval não foi aberta ao público. Apenas dez representantes de cada agremiação puderam acompanhar o evento no Anhembi. Informações do Notícias ao Minuto.

Lei de combate ao bullying começa a valer esta semana


A partir desta semana, escolas, clubes e agremiações recreativas em todo o país deverão desenvolver medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying. A lei que institui o chamado Programa de Combate à Intimidação Sistemática foi sancionada em novembro passado e prevê a realização de campanhas educativas, além de orientação e assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.

O texto estabelece que os objetivos propostos pelo programa poderão ser usados para fundamentar ações do Ministério da Educação, das secretarias estaduais e municipais de educação e também de outros órgãos aos quais a matéria diz respeito. Entre as ações previstas está a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema.

Ainda de acordo com a legislação, a punição aos agressores, em casos de bullying, deve ser evitada, tanto quanto possível, “privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil”.

O texto caracteriza o bullying como todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

A previsão é que sejam produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de bullying nos estados e municípios para o planejamento das ações. Segundo a lei, os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do programa.

Notícias ao Minuto

Criança de 10 anos é encontrada em cativeiro com sinais de tortura; pai pode estar envolvido no crime


Uma criança de dez anos foi encontrada em um cativeiro nesta sexta-feira (5), na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar, o menino apresentava sinais de tortura com o cabelo parcialmente raspado e escritas pelo corpo com marcas de batom. De acordo com o ‘G1′, a palavra “pilantra” estava escrita na testa do menino.

A polícia chegou ao cativeiro após uma denúncia anônima sobre o sequestro da vítima. Os militares se dirigiram até o bairro onde a criança havia sido vista pela última vez e, através de informações de testemunhas, conseguiram chegar até o cativeiro, onde a criança foi encontrada com os pés amarrados.

Na casa onde o menino foi encontrado, estavam cinco suspeitos, sendo um casal de adultos e três adolescentes. A vítima tinha as sobrancelhas e os cabelos raspados.

O casal e os três adolescentes foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil junto com celulares e uma pequena porção de droga que foram encontrados no local. Eles prestaram depoimentos na manhã deste sábado (6) e devem responder pelos crimes de lesão corporal, formação de quadrilha, cárcere privado e sequestro.

Pai seria o mandante
Na manhã deste sábado, o casal e os três adolescentes foram ouvidos na delegacia de Uberlândia. De acordo com o ‘G1′, os adolescentes apontaram o pai da vítima como o mandante do sequestro. A investigação da polícia aponta que o menino era usuário de drogas e fazia vários furtos no assentamento onde foi encontrado.

A polícia informou que a vítima trocava mercadorias por drogas entorpecentes e essa teria sido a motivação pelo qual os criminosos teriam sequestrado a criança e a ameaçado de morte. Conforme algumas testemunhas, os crimes cometidos pelo menino estavam atraindo a atenção da polícia da região.

Os adolescentes, entretanto, informaram que o pai teria encomendado o crime soba  alegação de que a família não estaria suportando mais as transgressões da criança. A polícia não descarta o envolvimento do pai da criança no crime, mas afirma que ainda não é possível confirmar a participação dele no sequestro do menino.

O casal foi encaminhado para o Presídio Professor Jacy de Assis. Já os três adolescentes e a vítima foram levados à Vara da Infância e Juventude, onde estarão à disposição da Justiça.

Correio

Bebês com microcefalia são abandonados em Madureira, no Rio


Três bebês com microcefalia foram abandonados em Madureira, bairro da Zona Norte do Rio. Mas, segundo o jornal O Globo, uma juíza da Vara de Infância e Juventude conseguiu convencer as mães a aceitarem seus bebês de volta.

O caso, segundo a publicação, motivou o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, a marcar, para depois do carnaval, uma reunião com quatro juízes de Infância e Juventude.