Will Smith dá tapa na cara de Chris Rock durante Oscar 2022


O comediante Will Smith deu um tapa na cara de Chris Rock neste domingo, 27, durante a cerimônia de entrega do Oscar 2022. Rock apresentava o prêmio de melhor documentário e fez uma piada sobre a cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, mulher do ator. A atriz havia raspado a cabeça por causa de alopecia, uma condição que provoca queda de cabelo.

Will, que concorria à categoria de melhor ator e levou a premiação por “King Richard: criando campeãs”, subiu ao palco após a fala e agrediu o apresentador. Depois do ato, ele disparou frases como “Não fale nada sobre minha mulher” e “Tire o nome da minha mulher da sua boca”.

Após receber o prêmio de melhor ator,  o ator pediu desculpas à Academia e aos presentes no momento do seu discurso de agradecimento. A polícia de Los Angeles divulgou que Chris Rock não quis prestar queixa.

A tarde

Ocupação de UTIs para covid-19 fica abaixo de 60% em todo país


Pela primeira vez desde julho de 2020, a ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTIs) para covid-19 ficou abaixo de 60% em todas as unidades federativas do país, divulgou hoje (25) o Boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados se referem apenas ao Sistema Único de Saúde (SUS) no período de 6 a 19 de março, e os pesquisadores consideram que o cenário é de otimismo.

Apesar desse dado, o boletim pede que seja mantida a atenção às ações de vigilância em saúde e aos cuidados de prevenção. “Consideramos prudente a manutenção do uso de máscaras para determinados ambientes fechados, com grandes concentrações de pessoas (a exemplo dos transportes coletivos) ou abertos em que haja aglomerações”, recomenda a Fiocruz.

Os pesquisadores reforçam que a vacinação possibilitou a redução de casos graves e fatais de covid-19 no Brasil e no mundo, e pedem reforço nos dois extremos da pirâmide etária. Enquanto idosos devem receber as doses de reforço disponíveis para sua idade, os responsáveis pelas crianças devem levá-las para completar o esquema de duas doses.

Estabilidade

O boletim informa que a tendência de queda nos indicadores de incidência e mortalidade da covid-19 perdeu velocidade, o que pode indicar um período em que a transmissão da doença vai se manter estável, em taxas ainda consideradas altas.

Nas semanas analisadas, foram registradas médias de 42 mil casos e 570 óbitos diários, com quedas de 32% e 35% em relação à quinzena anterior. A Fiocruz pondera que, na semana de 6 a 12 de março, houve um pequeno aumento no número de casos, que pode ter resultado das festas e viagens no período de carnaval, da flexibilização do uso de máscaras e da realização de eventos de massa que têm ocorrido em algumas cidades. Na semana seguinte, esses valores tornaram a cair.

Fonte: Agência Brasil

Delegados decidem entregar cargos e suspendem operações em toda Bahia


Mais de 300 delegados da Polícia Civil se reuniram na manhã desta segunda-feira (14), no auditório do hotel Fiesta, para discutir o futuro da classe. A categoria decidiu entregar os cargos e suspender as operações policiais por 30 dias. Os motivos alegados são o aumento de 4% concedido pelo Governo do Estado, a ausência de diálogo por parte da administração, além da falta de investimentos na instituição, em estrutura e na contratação de pessoal.

“O nosso governador Rui Costa vive encastelado em seu gabinete e, durante toda a sua gestão, a sua principal prática foi cortar benefícios dos servidores da Segurança Pública, mostrando, desta forma, o descaso que possui com a pasta, enquanto a sociedade sofre com nefastas consequências”, afirma o presidente Fabio Lordello.

Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (Sindpeb), atualmente, os delegados da Polícia Civil da Bahia estão entre os piores salários da categoria em todos os estados do país, ocupando a 24ª posição no ranking salarial. “A categoria não aceita mais estar na penúltima colocação no ranking das remunerações de delegados no Brasil, portanto, ou a administração senta para conversar ou a classe irá cruzar os braços”, diz Lordello.

De acordo com as deliberações realizadas na assembleia, a expectativa é que o governador Rui Costa atenda a entidade até o dia 21 de março, caso não aconteça, serão recolhidas as assinaturas e a entrega de todos os cargos da Polícia Civil ocupados por delegados acontecerá a partir do dia 25 de março.

Ainda em assembleia ficou definido que, a partir desta segunda (14), estão suspensas todas as operações e o cumprimento de mandados, além das representações por novas medidas cautelares, inclusive as medidas protetivas decorrentes da Lei Maria da Penha, pelo prazo de 30 dias.

Metro 1

GÁS DE COZINHA: Preço médio do gás chega R$ 150


O mega-aumento de 16,1% aplicado pela Petrobras no gás de cozinha desde a última sexta-feira (11) já foi repassado aos consumidores no estado de São Paulo.

Com isso, o preço médio do botijão é de R$ 150 e os revendedores estão parcelando o valor em até dez vezes no cartão de crédito, segundo Robson Carneiro dos Santos, presidente do Sergás (Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás).
O reajuste de preços pegou o setor de surpresa, segundo ele. Na quinta (10), além do gás de cozinha, a estatal também anunciou alta de 18,8% na gasolina e 24,9% no óleo diesel, o que provocou filas em postos de combustíveis de todo o país.

De acordo com Santos, não houve longas filas em busca de gás na capital paulista, como se via anteriormente, porque o aumento foi de “sopetão”. Além disso, o sindicalista atribui a baixa procura à queda no poder de compra dos consumidores, que vem ocoreendo desde 2014 e pirou com a pandemia.

Para não perder clientes, as revendedoras estão parcelando o valor do botijão no cartão de crédito em até dez vezes. “Estamos nos reinventando. Hoje, a gente vende o gás parcelado, em seis vezes, ou em até dez vezes no cartão. É absurdo, uma coisa que você tem que usar de 30 em 30 dias”, afirma.

Levantamento de preços feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) mostra que o valor médio do botijão de gás no país era de 102,42 na semana de 6 a 12 de março. O valor mínimo estava em R$ 78 e o máximo, em R$ 140. No estado de São Paulo, o botijão custava R$ 100,04, em média, e na capital paulista, em R$ 97,09.

Os aumentos no gás de cozinha foram constantes em 2021, para acompanhar as cotações do mercado internacional de petróleo. Segundo a Petrobras, no entanto, o reajuste do gás na última sexta ocorreu após 152 dias com o mesmo preço. A última alta havia sido no dia 9 de outubro de 2021.

Dados do Sergás, que representa uma base de 9.800 revendas no estado de SP, apontam crise no setor, com queda de 20 a 25% no consumo de gás de cozinha, além de 40% de demissões nos últimos dois anos, com a pandemia e as mudanças de hábito dos consumidores.

Por um lado, há quem não tenha dinheiro para o gás e acabe utilizando lenha para cozinhar, por outro, há as famílias que optam pelas panelas e demais utensílios elétricos.

Santos afirma ainda que os reajustes em outros combustíveis anunciados pelo governo também atingem as revendas, já que fica mais caro para entregar o produto. A diferença do preço de entrega para o preço de retirada chega a ser de R$ 20, dependendo da região.
“O setor está passando por uma transformação muito grande. O custo é muito caro. Gasolina e IPVA subiram. A gente está mudando, tirando das ruas, e o consumidor está tendo que ir até o depósito buscar”, diz ele.

MAIOR AUMENTO EM 20 ANOS
Na zona leste, Edimar Bezerra Lins, 55 anos, dono de uma pequena revenda de botijão de gás, tenta sobreviver. “Esse é o maior aumento que tivemos em quase 20 anos. E, sempre que há aumento, a gente repassa. A margem de lucro nunca muda, mas repassamos para não ficar no prejuízo”, afirma.

Em sua região, o botijão de 13 quilos é vendido hoje por valores entre R$ 120 e R$ 130, após o aumento de R$ 10 com o reajuste da Petrobras. Segundo ele, na quinta-feira (10), dia em que houve o anúncio das medidas, não foi mais possível comprar gás em sua região para revender. “Geralmente, um dia antes eles seguram e nem a gente consegue comprar”, afirma.

Se o consumidor fizer a retirada do gás, ele dá desconto de R$ 10, pois consegue diminuir custos com combustível e o veículo para entrega. Segundo ele, em sua região, houve queda de 40% no consumo de gás nos últimos 20 anos, o que faz com que não seja possível ter um funcionário. “Eu vendo e entrego. Não dá para ter funcionário, porque se tiver, tem que pagar tudo certinho e não consigo.”

O microempresário diz que a diminuição no consumo é atrelada a vários fatores, além do poder de compra menor nos últimos anos, há a pandemia, a substituição do gás de botijão por gás encanado nos prédios da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo) perto de seu negócio e a mudança de hábito do consumidor, que usa equipamentos elétricos para cozinhar ou sai para comer fora.
“Já está difícil se manter, e quando você repassa o reajuste, fica ainda mais difícil. Mas não tem como não repassar, tudo sobe neste país, só o salário é que não acompanha”, diz ele, relembrando as promessas do governo de diminuição no preço do gás.

VALE-GÁS DO GOVERNO NÃO ESTÁ SENDO SUFICIENTE
A política de pagamento de Auxílio Gás pelo governo federal não está sendo suficiente nem para as famílias nem para o setor, segundo Santos. O programa, que dá um vale de R$ 52 para famílias de baixa renda, começou a valer no final de dezembro.
O sindicalista afirma que, como o dinheiro é pago diretamente na conta do beneficiário, nem sempre o valor se reverte na compra de botijão para cozinhar.

“Quando você insere o vale-gás como auxílio, o dinheiro não vai diretamente na mão do consumidor para comprar o gás. Como ele está precisando de tantas outras coisas, gasta com comida e outras necessidades. Era preciso que fosse uma política que chegasse às distribuidoras, porque não está sendo atingindo o objetivo”, afirma.

O valor não é fixo e corresponde à metade do preço médio do botijão de gás, conforme levantamento da ANP com base nos últimos seis meses. A medida atende a 5,4 milhões.

Têm direito aos auxílio-gás as famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal per capita (por pessoa da família) menor ou igual a meio salário mínimo (R$ 550 neste ano). Quem tem integrantes no BPC também recebe.

No ano passado, o governador João Doria (PSDB) chegou a pagar, em São Paulo, um vale-gás para famílias de baixa renda. Foram três parcelas no valor de R$ 100, iniciadas em julho. A medida atingiu 426,9 mil famílias que já faziam parte do CadÚnico.

Restaurantes devem repassar reajuste aos poucos Os bares e restaurantes também foram pegos de surpresa com a alta do gás e, com receio de mais prejuízo, devem repassar o reajuste aos poucos para os consumidores, segundo Joaquim Saraiva, presidente da Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). “Não vai ser um repasse imediato, ele vai ser gradativo e isso deve ter um intervalo entre 30 e 60 dias”, diz.

Saraiva afirma que o setor vinha recuperando as perdas da pandemia, que chegaram a 20%. Segundo ele, o crescimento após a flexibilização das regras contra Covid-19 estava próximo dos 20% perdidos e, agora, torce para que haja uma estabilização.

O setor deve ser atingido não só pelo reajuste nos combustíveis, o que inclui o gás, a gasolina e o óleo diesel, mas também por reflexos desses aumentos, que devem chegar a alimentos e outros insumos. Quanto à guerra, a avaliação dele é que, por ter começado há 15 dias, ainda não há reflexos nos restaurantes.

“Nós vínhamos numa evolução de crescimento nesse momento. Como a guerra começou fazem só 15 dias, nós ainda não sentimos essa queda de movimento, mas, agora, com esses aumentos que estão vindo, não sabemos ainda como vai ser o comportamento do mercado. Vamos torcer que estabilize e fique no que estamos.

SSP usará imagens de câmeras privadas para investigar e prevenir crimes


O Governo do Estado publica nesta quinta-feira (10), no Diário Oficial, o decreto que institui o Projeto Câmera Interativa, que vai permitir o uso de imagens cedidas pela sociedade civil, para auxiliar no combate à criminalidade. A medida contribui para a formação de uma rede colaborativa com a finalidade de ampliar o sistema de monitoramento e vigilância da Secretaria da Segurança Pública – SSP.

A rede terá câmeras residenciais, do comércio e de entidades privadas, destinadas à captação de imagens públicas, somadas às câmeras já instaladas pelo Estado. O Projeto visa aumentar a eficácia da atuação na prevenção ou repressão da criminalidade por parte das forças de segurança. As imagens cedidas podem ser oriundas de serviços de monitoramento ou de armazenagem em nuvem (cloud).

Foto: Pedro Moraes/GOVBA

Para o secretário de Segurança Pública, o modelo representa um avanço. “Através dessa iniciativa, teremos acesso, em tempo real, às imagens de câmeras privadas, aumentando as nossas ações de acompanhamento e de investigação. A sociedade civil tem um importante papel no combate à violência”, ressaltou Ricardo Mandarino.

A participação na rede colaborativa é espontânea, livre de pagamento, sem gerar qualquer ônus para o estado e para sociedade civil, e atuante pelo tempo que o interessado julgar conveniente. Somente a SSP poderá acessar a gravação das imagens disponibilizadas. O acesso por demanda ocorrerá a partir do Centro de Operações e Inteligência – COI e dos vinte e três Centros Integrados de Comunicação – CICOM ou unidades policiais interessadas.

As câmeras cedidas pela sociedade, que possuam contrato com um integrador, precisam estar instaladas e voltadas para as ruas e avenidas dos municípios baianos e os fornecedores deverão enviar declaração de adesão à SSP e fornecer apenas imagens de locais públicos, como ruas, avenidas, parques e afins. Devem ser informadas descrição da(s) câmera(s), a especificação técnica, os quantitativos, o local de videomonitoramento público, a geolocalização, a Uniform Resource Locator – URL da câmera e outras características necessárias à definição do objeto do ajuste a ser firmado.

O decreto que institui o Projeto Câmera Interativa foi assinado pelo governador Rui Costa e entra em vigor a partir da data de sua publicação. O termo de adesão ao sistema também está no Diário Oficial desta quinta-feira (10).

Governo reajusta contrato do VLT para R$ 5,2 bilhões


O valor do contrato para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que vai substituir os antigos trens do Subúrbio Ferroviário de Salvador foi reajustado pelo Governo do Estado. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), o documento assinado com a concessionária para a implantação e operação da Fase 1 do sistema foi de R$ 2,8 bilhões, quase o dobro do que havia sido divulgado, mas foi necessário um novo reajuste porque a empresa vai operar também a Fase 2. A conta está em R$ 5,2 bilhões.

O contrato é uma Parceria Público-Privado (PPP). Vereadores e entidades de classe dizem que as informações não estão claras e acusam o governo de falta de transparência. Houve mudança também no modelo que será implantado, o veículo não será mais sobre trilhos, o prazo de concessão foi ampliado e não foi divulgado o cronograma de execução das obras. Especialistas e usuários criticaram as medidas.

Essa foi a segunda audiência pública realizada pelos vereadores de Salvador para discutir o assunto. A primeira aconteceu em fevereiro, mas o Governo do Estado não compareceu. Um ofício foi encaminhado para a Sedur solicitado esclarecimentos via Lei de Acesso à Informação e um novo encontro foi marcado para esta quarta-feira. Mais uma vez o governo não mandou representante, mas enviou uma resposta aos vereadores.

O documento assinado pelo secretário Eures Ribeiro afirma que o contrato foi celebrado com a Skyrail Bahia, vencedora da licitação, com valor de R$ 2,8 bilhões. O governo tinha divulgado na época da contratação, em 2019, que o montante seria de R$ 1,5 bilhão, e que a empresa ficaria responsável por operar 19 km do VLT, a chamada Fase 1 do sistema. Estava previsto aporte de R$ 100 milhões dos cofres públicos.

Em fevereiro de 2020, um aditivo foi assinado entre o estado e a empresa para que a concessionária operasse também a Fase 2 do sistema. Segundo o documento enviado para a audiência, a Fase 2 corresponde a realização de estudos para futura implantação do trecho de uma linha sobre trilhos de integração do VLT com a Linha 1 do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL). A Skyrail ficou responsável, então, por implantar e operar mais esse trecho.

“Em razão das alterações procedidas por meio do referido termo aditivo, o prazo original do contrato foi acrescido em 15 anos e o valor do ajuste foi alterado para R$ 5.262.680.725,33 (R$ 5,2 bilhões), tendo ficado pactuado, ainda, o aporte de recursos no valor de R$ 290 milhões, a serem pagos segundo cronograma de eventos da Fase 2, em adição aos R$ 100 milhões previstos a título de aporte de recurso para a Fase 1 da redação original do contrato”, diz o documento.

De acordo com essas informações, a contribuição pública saltou de R$ 100 milhões para R$ 390 milhões na implantação do VLT, além de mais R$ 152 milhões previstos após o início da operação do sistema. Para o vereador Cláudio Tinoco (DEM), proponente da audiência, não está claro se a Skyrail vai arcar sozinha com os cerca de R$ 4,5 bilhões restantes ou se haverá outras contribuições públicas.

“Na primeira audiência, as informações que tínhamos era de que o valor desse contrato era de R$ 1,5 bilhão e a gente verifica nessa resposta que o contrato original trazia o valor de R$ 2,8 bilhões. Já houve um aditivo um ano antes do início das obras, ou seja, em fevereiro de 2020, com aumento de 83% no valor desse contrato e ampliando em 300% o valor da participação do Governo do Estado”, afirmou.

As obras do VLT foram iniciadas em fevereiro de 2021. A Sedur afirma na nota enviada aos vereadores que o prazo de conclusão é de 2 anos e três meses, mas admite na que a construção está atrasada. A nota cita quatro etapas, mas não apresenta os prazos. Os vereadores criticaram também o cálculo que está sendo usado para avaliar a capacidade do sistema, serão 600 pessoas por vagão, ou seja, seis passageiros por metro quadrado.

“Essa é a mesma média que fazemos no carnaval. A experiência dentro do vagão será a mesma de estar no circuito no momento em que o trio está passando, um aperto”, afirmou Tinoco, que foi secretário de Cultura e Turismo de Salvador.

Transparência
A Fase 1 do projeto vai ligar o bairro do Comércio e o Subúrbio Ferroviário à Ilha de São João, em Simões Filho. Serão 21 estações e 19,2 km de extensão. A Fase 2 terá mais cinco estações, 4,08 km e vai alcançar a estação de metrô do Acesso Norte. A capacidade será para 172 mil passageiros por dia. O vereador Orlando Palhinha (DEM), que também comanda a audiência, disse que o principal problema é a falta de transparência.

“Os trens foram desativados há mais de um ano, um transporte alternativo não foi colocado para marisqueiras, pescadores e ambulantes que usavam o trem a R$ 0,50. Eles [governo] fizeram mudanças no contrato com dinheiro público e queremos que expliquem porque uma obra de R$ 1,5 bilhão foi para R$ 5,2 bilhões. Onde está a clareza? O governo tem que vir para o debate”, afirmou.

Palhinha contou que vai acionar o Ministério Público e pedir que o órgão faça a intermediação de uma audiência entre os representantes da Câmara e do estado. Os vereadores disseram que a nota enviada pela Sedur esclareceu alguns pontos, mas provocou outras dúvidas.

Enquanto as autoridades travam essa queda de braço e as obras se arrastam, a marisqueira Eliana Nascimento, 48 anos, observa o tempo passar da janela onde mora. “Antes, a gente catava o marisco e com R$ 1 conseguia levar na feira para vender e voltar para casa. A passagem era R$ 0,50. Agora, é quase R$ 10 para ir e voltar de ônibus. Não é justo”, disse. O VLT está previsto para custar R$ 2,20.

Mudança
O auditório do Centro Cultura da Câmara Municipal de Salvador, onde a audiência pública foi realizada, ficou movimentado com a presença de diversas lideranças. Elas se alternaram na tribuna e listaram o abandono das máquinas, o avanço do mato e da ferrugem, e as dificuldades da população que foi obrigada a trocar o trem pela passagem de ônibus. Um dos pontos levantados é que o VLT que está sendo construído é um monotrilho, ou seja, vai transitar por uma estrutura elevada por vigas de concreto ou aço, e usando pneus.

Para os especialistas, além de descaracterizar o Subúrbio, essa alteração terá reflexos na economia e no trânsito. Uma das observações é que a vida útil é menor que a dos veículos que trafegam sobre trilhos. O arquiteto e urbanista apoiador técnico do Movimento Trem de Ferro/Ver de Trem, Carl Hauenschild, foi um dos convidados da audiência e disse que era preciso avaliar melhor as consequências.

“Essa mudança de trilho para elevados, pensando no transporte coletivo, vai interferir na capacidade de desenvolvimento econômico da cidade. O transporte sobre trilhos é fundamental para a economia e para o turismo, e esse modelo proposto impossibilita a criação de um trem regional para a Bahia, além de gerar congestionamentos nas regiões das estações no horário de rush”, disse.

Os problemas apontados na audiência pública não são novidades. Segundo o representante do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o servidor Heinz Ulrich Ruther, a maioria das questões levantadas foram apontadas em uma auditoria feira pelo órgão.

“Trabalhamos com uma equipe multidisciplinar formada por economistas, engenheiros e advogados e analisamos o projeto. Por conta do regimento, não posso comentar os detalhes, mas posso dizer que 90% dos problemas apontados aqui foram colocados no relatório”, disse.

Procurada, a Sedur ainda não se manifestou.

Correio24

Água em 7 cidades baianas têm excesso de substâncias nocivas


Consumo desta água pode causar câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins e sistema nervoso

A água consumida por moradores de sete cidades da Bahia possui substâncias que geram riscos à saúde, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, compilados pelo Mapa da Água da Agência Repórter Brasil.

Em todo o país, são 763 as cidades que possuem produtos químicos e radioativos. A cada 4 municípios onde foi realizado o teste, um teve como resultado a água imprópria.

Na Bahia, as cidades onde a água foi reprovada são Vitória da Conquista, Jequié, Itiruçu, Itabuna, Cruz das Almas e Lauro de Freitas. Os dados foram levantados em testes realizados entre 2018 e 2020.

Nestas seis cidades foram encontradas substâncias que geram riscos à saúde. Em Camaçari, a situação foi mais grave. Testes identificaram substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas.

Substâncias químicas e radioativas, inevitavelmente, se misturam a rios e represas e são encontrados na água que chega ao consumidor. Entretanto, o risco se dá quando estas substâncias são encontradas em níveis acima do limite regulamentado.

Entre os riscos, o consumo desta água pode causar câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins e no sistema nervoso.

Na Bahia, os dados não puderam ser levantados em diversas cidades, como Campo Formoso, Catu, Pojuca e Itaberaba, pois não foram enviadas as informações necessárias para o levantamento.

Nas demais cidades, como Salvador, Candeias, Eunápolis e Riachão de Jacuípe as substâncias estavam dentro do limite de segurança.

Em todo o estado foram feitos 34.500 testes. Destes, em 42 o resultado foi positivo para substâncias nocivas acima do limite.

Conteúdo A tarde

Foto: Washington Nery | Divulgação

Putin ordena que as suas forças nucleares sejam postas em alerta máximo


O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou neste domingo (27) que colocará em alerta a “força de dissuasão” do Exército russo, que pode incluir um componente nuclear, no quarto dia da invasão da Ucrânia por Moscou.

“Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que coloquem as forças de dissuasão do Exército russo em alerta especial de combate”, disse Putin em uma reunião com os líderes militares russos.

R7

Putin ordena ataque à Ucrânia; explosões são registradas em Kiev


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou, na madrugada desta quinta-feira, 24, em pronunciamento aberto de TV,  uma operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia. Estruturas militares localizadas em diferentes cidades ucranianas – inclusive na capital, Kiev – foram atacadas.

Segundo a agência Interfax, tropas russas entraram, também, nas cidades portuárias de Odessa e Mariupol, o principal município sob controle de Kiev na linha de frente com os separatistas no Leste do país.

Em seu pronunciamento, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. Segundo Putin, ele não pretende ocupar a Ucrânia e que seu objetivo é a “desmilitarização” da vizinha.

Aos adversários ocidentais, o presidente russo fez ameaças: “Agora, algumas palavras importantes, muito importantes para aqueles que podem ser tentados a intervir de fora em eventos em andamento”, disse Putin.

“Quem quer que tente interferir conosco, e ainda mais para criar ameaças ao nosso país, ao nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e o levará a consequências como você nunca experimentou em sua história. Estamos prontos para qualquer desenvolvimento de eventos. Todas as decisões necessárias a esse respeito foram tomadas. Espero ser ouvido.”

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.

“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país”, declarou.

O ministro ucraniano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou que Putin ordenou invasão de larga escala. “Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão”, escreveu.

A tarde

Saúde confirma 5 casos da subvariante ômicron no Brasil


O Ministério da Saúde informou neste sábado, 5, que, até o momento, a pasta foi notificada de cinco casos da linhagem BA.2 da variante de preocupação (VOC) Ômicron no país. São dois casos no estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e mais um em Santa Catarina.

A pasta diz ainda que a sublinhagem da VOC Ômicron não tem impacto no diagnóstico laboratorial e eficácia das vacinas. Não existem até o momento evidências relacionadas a nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal.

A subvariante BA.2 começou a substituir a subvariante original, a BA.1. considerada a mais comum da variante ômicron do coronavírus. Essa subvariante foi encontrada no início em países como a Dinamarca.

De acordo com relatos feitos por funcionários da OMS (Organização Mundial da Saúde) e reproduzidos pela agência de notícias Reuters. Os dados de lá não sugerem diferença na gravidade da doença. Em São Paulo, os primeiros casos do subtipo BA.2 da variante ômicron do coronavírus identificados no estado são de pessoas sem histórico de viagem, o que mostra transmissão local ou comunitária, de acordo com a secretaria estadual da Saúde. Os pacientes são de Sorocaba, no interior, e de Guarulhos, região metropolitana. Todos apresentam quadro leve da doença. No Rio de Janeiro, os pacientes passam bem. A detecção laboratorial foi feita no Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro.

A tarde