“Eduardo Alencar nunca me maltratou; fui vítima de calúnia e difamação” diz Orlando de Amadeu


  [soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/marcos-simoes-217735983/eduardo-alencar-nunca-me-maltratou-fui-vitima-de-calunia-e-difamacao-diz-orlando-de-amadeu-1″ ][/soundcloud] O pré-candidato a vereador, Orlando Carvalho de Souza, popular ‘Orlando de Amadeu’ e ex-presidente municipal do PT em Simões Filho, após mudar de legenda na última quarta-feira (30), e oficializar sua filiação no Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, em entrevista com exclusividade ao ‘Mapele News’ nesta segunda-feira (04), declarou que apesar de ter que seguir a cartilha do seu ‘novo partido, uma história de muitos anos não pode ser desfeita’ e afirmou que se sentia desprestigiado e insatisfeito dentro do diretório municipal do PT por considerar que a legenda tinha pouca participação no governo, além, de se sentir vítima de calúnia e difamação.

O PSDB é um dos principais partidos no cenário nacional que é contra o governo da presidente Dilma Rousseff e em Simões Filho, a legenda marcha com o grupo da oposição.

“Sou a favor da democracia e entendo que o impeachment é um golpe, mas agora no momento vou ter que seguir a cartilha do meu partido que é o PSDB”, afirmou Orlando de Amadeu que mesmo tendo ciência que pode ser visto como uma pessoa ‘oportunista’, acrescentou. “Admiro muito Lula e Dilma, pessoas que contribuíram muito com esse país. Eu não conheço quem contribuiu mais do que Dilma e Lula, mas por questão de opção; hoje eu estou no PSDB e em Simões Filho estarei apoiando o grupo do pré-candidato a prefeito Dinha Tolentino”.

Conforme sua justificativa sobre a mudança de partido, Orlando garante que ‘já tinha chegado o momento e que nesse percurso enfrentou algumas dificuldades internas dentro da legenda e que não dava pra continuar’. Declarando não haver mágoas, o pré-candidato a vereador explicou que ‘não estava se sentindo bem e que estaria sendo maltratado por alguns militantes do partido e por pessoas ligadas à base governista. Ao relatar que foi vítima de calúnia e difamação, Orlando de Amadeu que apesar de diversas vezes declarar ser contra a administração atual, mesmo fazendo parte dela, fez questão de esclarecer.

“O prefeito Eduardo Alencar nunca me maltratou; nem nunca me difamou, mas algumas pessoas do grupo não tinham respeito pelo meu trabalho. Não quero dar nomes, mas caso continuem me difamando; darei os nomes”, disse.

Sempre declarando ‘insatisfeito’ na base governista, Amadeu que era presidente municipal do PT e participou do processo da aquisição da Secretaria de Cultura para a legenda, já que ele aponta que as Secretarias de Serviços Públicos e Desenvolvimento Econômico, capitaneadas por Neco Almeida e Paulo da Tupy ‘não faziam parte da Legenda’, além da ‘Presidência da Câmara como uma das lutas do partido’, agora, terá que realmente ser ‘bem satisfeito’ no PSDB, aonde se torna subalterno de Nilton Novaes, presidente de um dos partidos oposicionista na cidade.

“Só tive a honra de presidir o maior partido do Brasil que ainda hoje é o PT. Tive a honra de ser vereador; ser militante e também dirigir o destino da legenda em Simões Filho”, declarou com o sentimento que realmente não foi fácil a sua opção pelo PSDB e fez uma ressalva. “Também estou atendendo pedidos das pessoas que disseram que votariam em mim; se eu mudasse de partido”.

De acordo com sua lista de ‘insatisfações’ dentro do PT, Orlando de Amadeu revelou que quem teve a maior referência na legenda em Simões Filho; foi o Presidente da Câmara, Joel Cerqueira.

“É claro que a referência maior é Joel Cerqueira que tem mandato e a minha participação como presidente do diretório foi pequeninha, simples e humilde”, disse e completou sua linha de entendimento. “Joel teve sua estrela maior que a minha”.

Em entrevista, o pré-candidato a vereador revelou que viu no PSDB uma oportunidade maior de vencer as eleições de 2016, após, estudar outros partidos como o DEM, PMDB e Solidariedade. “Não sei nem quem são os pré-candidatos a vereadores pelo PSDB”, afirmou.

Orlando de Amadeu demonstrou que devido ao grau de insatisfação dentro do grupo da base governista que fez com que ‘jogasse a toalha’, mesmo em suas falas sempre declarando que o PT teria candidatura própria em Simões Filho e ser um dos protagonistas de uma turbulência, respirou e ampliando o que considera como ‘insatisfação’, a alternativa foi dar o ‘pulo do gato’.

“Comecei a sentir que as coisas não estão boas para lançar a candidatura própria e na hora de escolher o candidato vai haver um desentendimento porque todos querem ser prefeito”, esclareceu o pré-candidato que é apontado como o principal mentor para a desestabilização e queda do nome do seu amigo e Presidente da Câmara, Joel Cerqueira que agora ele do outro lado confirma. “As coisas não estão boas para candidatura própria”. Será que esse entendimento é devido a sua nova cartilha?. Isso Joel Cerqueira poderá esclarecer.

Ainda deixando claro, Amadeu garantiu que a onda de investigações como as operações Lavo a Jato e Acarajé não foram parâmetros para sua mudança de partido e sim por considerar não ter sido contemplada na base de Eduardo Alencar.

Questionado sobre sua nova postura e discurso no PSDB para influenciar os eleitores, já que a legenda ‘prega o impeachment’, algo contrário a ‘ideologia de muitos anos no PT’, ele se mostrou esperançoso e motivado.

“Eu sempre defendi o povo e não terei dificuldades para gastar chinelo e saliva para pedir voto e mostrar o que é melhor para a cidade”.

Com sua nova visão, agora na nova alternativa de ‘ressurgir no cenário político em Simões Filho’, Orlando de Amadeu revelou que não gostaria de ficar fora desse momento.

“Penso em 2016 e em 2017; pensarei em 2018 e vou avaliar qual é o melhor projeto para Simões Filho”, com esse raciocínio, o pré-candidato não demonstra 100% que o grupo pelo qual está marchando lhe garantirá ‘uma fortaleza’. “Estou marchando com Dinha até o dia 2 de outubro e a partir do dia 3 de outubro, a Deus pertence”, declarou.

Ainda de acordo com o pré-candidato a vereador, ele mostrou para o Presidente Estadual do PT, Everaldo Anunciação a sua insatisfação dentro do processo administrativa do governo do atual prefeito.

“Dentro do processo, o PT tinha pouca participação no governo e não era emprego pra mim, mas sempre disse a Everaldo que o partido não estava sendo contemplado da forma que deveria por ter ajudado a eleger um vice-prefeito [Neco Almeida, ex-PT e agora PSD] e nós ficarmos de fora do processo administrativo”.

A revelação confirma conversas nos bastidores da política de que Orlando de Amadeu não teria ficado satisfeito com a Secretaria de Cultura, algo que ele mesmo declarou que a pasta nunca foi do PT e sim do Presidente da Câmara, Joel Cerqueira.