Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (18), o novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou do destino do ex-presidente da Casa e seu antecessor, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para Maia, o futuro de Cunha está definido e ele deve ser cassado.
“Acho que a situação dele já foi definida na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça]. A situação dele ficou difícil”, afirmou ele. Maia afirmou ainda que, como deputado, votaria pela cassação de Cunha. Já como presidente da Casa, Rodrigo Maia não vai votar na deliberação em plenário. Ele ressaltou que vai agir com “isenção” no processo de cassação. A votação deve acontecer no mês de agosto. O financiamento empresarial de campanha também foi comentado pelo democrata. “Eu votei pelo financiamento empresarial, mas hoje, com a situação do Brasil, ele é insustentável”, opinou.
Para Maia, a falta de verbas deve gerar “caos” nas eleições, e que as pessoas físicas não querem participar das eleições, limitando as doações. “Se a gente tiver coragem de reformar o sistema eleitoral, talvez em duas eleições as pessoas voltem a querer participar do processo.” De acordo com ele, a solução seria o financiamento público.
Maia afirmou que se está criando um “bom momento para quem é de direita, especialmente na economia”.
Segundo ele, a crise econômica permitiu “mostrar que a irresponsabilidade fiscal faz muito mal, faz o Brasil ter 14 milhões de desempregados” e que o Estado deve “existir do tamanho da sua condição”.