Depois de mais de 24 horas de negociações rodoviários e empresários fecharam acordo e a greve, prevista para esta segunda-feira, 7, foi suspensa. A categoria garantiu um reajuste de 7,59%, que será pago uma parte agora em junho e outra daqui a 120 dias.
Também faz parte do acordo a compensação das horas extras em seis meses. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, atuou intermediando as negociações. A queda de braço entre os trabalhadores e os empresários do setor se intensificou no mês passado, quando a categoria começou sua campanha salarial.
Motoristas e cobradores chegaram a fazer paralisações, deixando a capital sem ônibus. Algo que foi criticado por Reis, que afirmou que esse tipo de medida acaba ‘penalizando a cidade e contribuindo para a pandemia’.
Inicialmente a categoria pediu um reajuste salarial de 9%, porém os empresários do setor de transporte ofereceram uma contrapartida de 3%, gerando um impasse. Com a possibilidade de uma nova greve na capital, a Prefeitura decidiu intermediar as negociações.
Em nota, a Prefeitura comemorou a celebração do acordo. “A Prefeitura vem fazendo todos os esforços para intermediar o diálogo entre rodoviários e empresários e garantir que o sistema de transporte siga prestando o serviço da melhor forma possível, evitando prejuízos para a cidade e, principalmente, para a população”, diz o texto.
O presidente do Sindicato, Helio Ferreira, se mostrou satisfeito com o acordo. “Acho que é a melhor proposta que fizemos nesse momento de pandemia. Tenho certeza que vai ser uma das melhores do Brasil, outras categorias estão fechando abaixo da gente, os rodoviários de Belo Horizonte fecharam com 4%, de Belém com apenas 2% e a gente sai aqui com essa vitória aos trabalhadores”, disse.
“Quebramos a resistência dos empresários”, completou o dirigente. Nas redes sociais, Bruno Reis também afirmou que a gestão segue fazendo esforços para “garantir que o sistema de transporte siga prestando o serviço”.
Decisão judicial
Outro ponto de tensão na campanha salarial da categoria foi a decisão da desembargadora Dalila Andrade. Ela determinou que caso a greve fosse deflagrada, ao menos 60% da frota deveria funcionar em cada uma das linhas nos horários de pico, entre 5h e 8h e das 17h às 20h, e de 40% da frota nos horários de entrepico. Se a decisão não fosse cumprida, o Sindicato é obrigado a pagar uma multa no valor de R$50 mil reais.
A tarde