PONTO DE VISTA: Everton Paim defende permanência da rádio de Simões Filho; “estou sentindo falta”


Mesmo com a colocação do presidente da Casa Legislativa de Simões Filho, Genivaldo Lima, de que em reunião anterior a sessão ordinária, realizada na manhã desta terça-feira (14), os 19 vereadores tenham entrado em acordo para votar a favor da resolução, que prevê alteração do horário das sessões de 9h para as 17h, alguns dos edis discordaram da conduta do cacique e expuseram seus pontos de vista em defender a vontade do povo.

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Entre eles, Everton Paim foi bastante ovacionado pelo público presente quando colocou que a questão deveria ser revista. Especialmente com relação à suspensão da transmissão das sessões pela rádio Simões Filho FM, que tem a permissão para fazer a transmissão, porém não pode mais contar com estrutura oferecida pela Câmara, após decisão do atual presidente da casa.

“Hoje eu observo que muitas pessoas, principalmente as que moram mais distantes e que irão também neste horário das 17 horas terem uma dificuldade para chegarem até aqui. Mas, isso aqui é uma democracia e eu só estou me pronunciando porque essas pessoas irão ter esta dificuldade, uma vez que, inclusive nós não estamos tendo mais a transmissão da 87,9 Simões Filho FM, aonde as pessoas à noite não vinham aqui, mas acompanhavam os nossos trabalhos pela Rádio, que hoje estamos sentindo falta”, revelou Everton.

Questionados por outros colegas de trabalho que enfatizaram o fato dos parlamentares terem se reunido para tratar a questão da mudança no horário antes da sessão, Everton defendeu o seu direito de escolha e disse que o que interessa é a votação diante da população e não os acordos tecidos nos bastidores.

“Todas as matérias que chegam aqui têm que ser discutidas aqui nesta casa. O nosso ponto de vista muitas vezes não chega aos ouvidos de todos os vereadores. Mas naquele momento eu me posicionei. Isso aqui é uma questão de discussão que eu quero que a população tome conhecimento. Então eu deixo aqui só um ponto de vista e acho que tem que ser discutindo aqui com as pessoas, porque lá a gente não vota nada não. Lá é reunião, a gente não vota nada. Nós temos que votar aqui, temos que estar aqui e temos que trazer pro povo. O povo tem que ter conhecimento das coisas que acontecem”, salientou Paim.

Mesmo depois do embate entre os edis, a alteração foi aprovada por 12 parlamentares, 6 foram contrários, conforme o projeto que altera a redação de um dos artigos do Regimento Interno da Casa.