Familiares de jovem simõesfilhense apelam para conseguir medicamento no valor de 80 mil reais


Os familiares do jovem Lucas Leonardo de Freitas Andrade, de 32 anos, morador do bairro Ponto Parada, no município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), apelam para garantir o medicamento de uso continuo no valor de R$ 80 mil, fornecido pelo governo do estado.

De acordo com a família, a Secretaria de Saúde do Governo do Estado deixou de repassar a alguns meses, o remédio que tem mantido Lucas vivo. O rapaz foi acometido pela doença de Wilson, um distúrbio degenerativo que atinge funções neurológicas, psiquiátricas, hematológicas ou hepáticas do paciente.

A doença de Wilson (ou degeneração hepatolenticular) é uma doença autossômica recessiva, caracterizada por um acúmulo de cobre no organismo, afetando principalmente estruturas cerebrais e fígado. O cobre, em pequenas doses, é essencial para o bom funcionamento do organismo e os indivíduos saudáveis eliminam a parte dele de que não necessitam. Se houver uma ingestão maior que o necessário ou um defeito de excreção ele se acumula no organismo, como na doença de Wilson.

No caso de Lucas, o distúrbio começou a se manifestar durante a juventude, comprometendo os movimentos corpóreos dos braços e pernas, a capacidade intelectual, afetando também a fala e a coordenação motora.

Para a família simõesfilhense, a maior preocupação gira em torno do medicamento de uso continuo, que custa muito caro. A família conseguiu através de uma ação na justiça que a Secretaria de Saúde do Estado fornecesse o remédio. O problema é que de um tempo pra cá, a ordem deixou de ser cumprida.

“Nós precisamos que o remédio chegue com urgência. Temos medo que o pior aconteça. Já soubemos de dois óbitos de pessoas com o mesmo distúrbio pela falta do tratamento”, contou a mãe do rapaz.

Sem o devido tratamento a doença pode levar à cirrose hepática ou a uma falência hepática fulminante. Por essa razão os pais de Lucas apelam para que os poderes públicos se sensibilizem com a situação e intervenham com brevidade.

De acordo com a pasta a medicação já foi comprada, mas pelo fato de ser importada dos Estados Unidos a questão burocrática de entrada no país atrasou a chegada do remédio.