Criança de 1 ano e 9 meses com Microcefalia em estado grave de saúde aguarda por regulação na UPA de Simões Filho


A falta de subsídios na área da saúde pública e a superlotação pela escassez de unidades hospitalares que comportam pacientes de alta complexidade, têm se refletido repetidas vezes na Central de Regulação do Governo do Estado da Bahia.

Uma criança de apenas um 1 ano e 9 meses, portadora da Microcefalia está internando em estado delicado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) aguardando por regulação.

Com infecção respiratória, Gustavo Barbosa de Jesus foi internado há uma semana. Na última sexta-feira (13), ele chegou a ter alta, mas por causa de complicações, acabou tendo que voltar a ser hospitalizado.

De acordo com os familiares da criança, ao chegar em casa Gustavo teve vômito intenso, aspirando todo o alimento que havia ingerido ainda na unidade de saúde, o que fez os pais retornarem as pressas com o menino para a emergência.

“Na UPA não deram a comida pela sonda. Meia hora depois de ter chegado em casa, ele aspirou  e tivemos que voltar com ele para a unidade. Ele esta muito mal. Estamos tentando regulação, mas até agora nada”, disse a prima da mãe do garoto, Paula Barbosa Ferreira em entrevista.

Segundo ela, tentaram regulação para o hospital do Subúrbio e o Martagão Gesteira, mas até agora não obtiveram êxito. “Aqui em Simões Filho tem o hospital de emergência, mas não tem UTI. Se não fizerem nada, ele vai morrer”, alertou.

A situação do pequeno Gustavo não é incomum no município de Simões Filho. O drama de famílias que apelam pelas vidas de seus entes queridos hospitalizados no Sistema Único de Saúde (SUS) tem se tornado recorrente.

A falta de compromisso dos poderes públicos vem se concretizando cada vez mais, deixando a população com sensação de abandono e desprezo, especialmente com aquelas famílias mais necessitadas, que ficam a mercê do estado e muitas vezes são obrigadas a se conformar com a perda, diante de tamanha negligência.

A equipe do Mapele News tentou entrar em contato com o órgão para saber se existe alguma previsão de transferência da criança, mas também não obteve êxito.