Foi realizada na manhã desta quarta-feira, na sede da universidade Unime, em Lauro de Freitas uma reunião entre representantes do poder público, população, imprensa, Conselho de Meio Ambiente e ativistas sociais para debater a questão da implantação do aterro sanitário, através da empresa Naturalle em Simões Filho.
Na oportunidade, alguns vereadores se posicionaram sobre o caso, assim como representantes de comunidades quilombolas, que ficam localizadas às margens da BA 093, onde o aterro será instalado e o ex secretário de meio ambiente do município fizeram alguns questionamentos acerca do licenciamento para a construção do “lixão”.
De acordo com o vereador Boly Boly é preciso que a empresa dialogue com a população antes de decidir levar a obra adiante, para que futuramente o problema não se agrave.
“tudo vai depender de um bom diálogo, uma boa conversa. Não se resolve nada na base da ignorância”, pontuou o vereador que ainda questionou o empresário sobre o desconforto para quem vai morar no entorno do lixão. “Vocês vão morar do lado daquele material que será depositado ali? Tenho certeza que não”, indagou ele.
Já o vereador Orlando de Amadeu se defendeu dizendo que estão tentando deixá-lo fora do embate, mas que ele é um antigo defensor das causas ambientais do município.
“Hoje as pessoas vêm querendo me desqualificar me tirando do processo, dizendo que eu estou defendendo a empresa. Vamos parar de mentira e vamos falar a verdade pro povo, que o povo tem que saber do que está acontecendo”, disse ele.
Para o ex-presidente da câmara de vereadores Joel cerqueira, se o município errou em emitir a licença ambiental, ainda dá tempo de se posicionar contra e impedir a continuidade do processo.
“O que deu a se entender aqui é que por uma falha, uma fragilidade do nosso sistema do município, foi mais viável a implantação dessa empresa. Então agora eu entendo que o Inema e também o município é só se posicionar contra, ouvindo o que as vozes estão falando, que é ser contra qualquer tipo de lixão”, afirmou Joel.
O ex-secretário de Meio Ambiente Ricardo Figueiredo disse, que como morador do município é muito constrangedor ser tachado como responsável pela liberação da licença ambiental, que segundo ele perpassou de uma gestão para a outra.
Uma pessoa que é morador a 45 anos e que está aqui na frente de todo mundo, todos me conhecem onde eu moro, aí aponta pra você e diz, foi ele que trouxe o lixão para Simões Filho, está correto? isso è justo? Passou por quantas pessoas esse
processo aqui? Inclusive aproveitando a presença do atual secretário, o alvará de construção da guarita e da balança foi ele quem liberou”, afirmou Ricardo.
Para o radialista Jairo Mascarenhas, agora só depende que o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino tome providencias em defesa da população, que não concorda com a vinda da empresa. “E agora Dinha, é sim ou não para o lixão?” perguntou Jairo.
A reunião terminou sem que um consenso fosse estabelecido entre empresários, comunidade e poder público para definir a continuidade ou não do processo de implantação do “lixão”.
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