Bate boca entre vereadores esquenta sessão na Câmara de Simões Filho


Uma nova discussão foi provocada ente os vereadores de Simões Filho, em sessão ordinária realizada na noite desta terça-feira (06), por causa da polêmica questão da presença de seguranças durante os trabalhos legislativos.

Mais uma vez, o presidente da mesa diretora, Genivaldo Lima justificou o fato de já ter solicitado a presença de um agente da Guarda Municipal para participar das sessões, mas que até o momento, o seu pedido não foi atendido.
Em contra partida ao exposto pelo presidente da Casa, o vereador Cleiton Aparecido, popularmente conhecido como Boly Boly, preferiu se manifestar contra a solicitação do edil, levando os ânimos a se exaltarem entre os nobres colegas.

“Enquanto vossa excelência solicita segurança para essa Casa, nas escolas falta. A segurança que nós temos nessa cidade é a de Deus. O prefeito tem trabalhado muito nessa cidade. Inclusive eu participei de um debate lá na escola Padre Luiz Palmeira e imediatamente o prefeito colocou segurança nas escolas. È isso que a gente precisa, de segurança nas escolas.

Para se defender Lima ressaltou que concordo com a demanda de segurança nas escolas, porém, como patrimônio público isso não impede a Câmara de ter um agente em atividade. “Eu acho que não é tirar segurança das escolas não, que por mim até teria mais, só que aqui também é preciso”, confirmou o vereador.

Por questão de ordem, o vereador Erivaldo (Eri) pediu a palavra e chamou a atenção do colega Boly Boly por interpelar a fala do presidente.

“Eu acho que esta casa passa por um momento muito difícil e nós temos que acabar com esse discurso só pra o momento de êxtase da população. A gente tem que ser claro. O problema existe. Aqui tem que ter Guarda Municipal porque isso aqui é órgão e é patrimônio sim. As escolas têm vigilantes”, disse Eri.

Para Eri, em sua fala Cleiton tentou descaracterizar a colocação de Genivaldo, no sentido de atrair a atenção do público e que isso é inaceitável.

“Não justifica querer descaracterizar o que o presidente está falando nesta Casa aqui neste momento. Está se tratando de um poder na cidade. Eu não aceito que vereador venha descaracterizar a nossa Casa. Não aceito que o nobre colega venha descaracterizar a fala do presidente quando ele está tratando do respeito a esta casa”, revelou Eri e continuou disparando, “Eu não quero ficar numa Casa que não tenha respeito da população e que não tenha respeito do Executivo”.

Com uma nova questão de ordem, Cleiton explicou sua colocação e disse que como presidente da Comissão Permanente de Educação, tem o dever de cobrar que antes de todos, as escolas sejam assistidas.

“Quero deixar bem claro pra vossa excelência que o senhor está vereador como eu também estou. Eu como presidente da comissão de educação desta cidade, eleito aqui por esta Casa, eu estive com o prefeito Dinha conversando com ele sobre esta questão e ele se sensibilizou”, enfatizou Cleiton.

Cleiton ainda lembrou que quando saem para pedir votos os vereadores não necessitam de segurança. “Vereador, antes quando vai pedir votos nas comunidades a gente não pede segurança. Porque depois de eleito a gente precisa de segurança vossa excelência? Quero deixar bem claro que todos os patrimônios públicos têm que ter sim, mas esse é o momento de nós brigarmos juntos pra trazer segurança para as escolas”, disse ele.

Boly contou que sua esposa, funcionária da Educação, foi assaltada na porta de uma escola, e que costuma receber o apoio do povo porque também faz parte do povo.

Em defesa, Eri voltou a dizer que mais importante que receber aplausos é legislar para o povo.

“Eu quero dizer ao nobre colega que eu costumo dizer a verdade. Este discurso bonito de povo, povo, povo eu não estou aqui pra enganar, a verdade eu vou dizer. Podem dizer que eu fui cruel, que eu fui rude, mas enganar esse não é o meu perfil. Se o nobre colega está preocupado com aplausos eu não estou aqui pra ser aplaudido, eu estou aqui pra defender o que é correto, eu estou aqui pra legislar, foi pra isso que eu fui eleito. Se eu quisesse aplausos eu seria um artista”, concluiu.