O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira (30) estar muito preocupado com a violência registrada contra candidatos nesta campanha eleitoral. “Preocupa muitíssimo. Nós não temos até aqui uma explicação. Vamos construí-la junto com a Justiça, a Polícia Federal, com a Justiça Eleitoral e com a área de inteligência. Vamos procurar e, se encontrarmos uma explicação, vamos comunicar e torná-la público”, afirmou à Agência Brasil.
De acordo com o ministro, as Forças Armadas devem empregar mais de 25 mil militares para segurança e apoio logístico no primeiro turno das eleições municipais. O contingente das três forças vai atuar em 420 localidades de 15 estados definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fez a solicitação. Para ele, a grave situação das contas públicas nos estados acabou intensificando a crise de segurança.
“Eu acho, e isso é uma suposição, que dada a situação fiscal a que o Brasil chegou e isso repercutindo numa crise na segurança em alguns estados, o que nós estamos vendo é um reflexo na política de algo que, na prática, já está acontecendo. Evidentemente que existem reflexos em todas as áreas e isso chega à área da segurança”.
Jungmann também destacou que outra situação que “preocupa muitíssimo” é “um processo perverso” em que milícias e traficantes têm poder político e indicam representantes ou eles próprios são eleitos.
Como exemplo, ele citou o Rio de Janeiro. “O Rio, infelizmente, é um desses exemplos, mas não é apenas o Rio. No Rio de Janeiro, talvez o que exista é um processo mais avançado. Este é um problema grave que estamos enfrentando e em breve pretendemos ter várias respostas para a área de segurança”.
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