Violência: Comerciante é morto e população cobra do Governo do Estado mais amor por Simões Filho


A violência desenfreada que assola o município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) acabou fazendo mais uma vítima, na noite deste sábado (24). O comerciante Juvenal Lima Oliveira, 49 anos, foi morto dentro do próprio estabelecimento comercial.

De acordo com informações, o crime aconteceu por volta das 19h, quando Juvenal ainda estava trabalhando em seu mercadinho, que fica localizado na Travessa Japão, no Bairro Luiz Eduardo Magalhães (Barreiro).

Ainda segundo informações, o comerciante foi surpreendido por dois homens armados, que chegaram a bordo de uma motocicleta e deflagraram diversos disparos contra a vítima. Testemunhas afirmam que os criminosos teriam anunciado um assalto antes de atirar em Juvenal, o que caracterizaria um latrocínio (roubo seguido de morte).

Também de acordo com testemunha, Juvenal teria reagido ao assalto, chegando inclusive, a entrar em luta corporal com um dos assaltantes, mas a informação ainda não é oficial e está sendo apurada pela polícia.

Juvenal recebeu pelo menos cinco disparos de arma de fogo. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Simões Filho (HMSF), mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de ser atendido.

O comerciante era casado e deixa dois filhos, um menino de 10 anos e uma menina de 14. Amigos e familiares lamentam a morte do rapaz que era tido como uma pessoa honesta, trabalhadora e querida por todos.

Até quando inocentes vão morrer?

Um clamor popular surge entre os moradores de Simões Filho pedindo por intervenções das autoridades competentes com relação à falta de segurança no município.

Desde o início do mês de fevereiro, onde a onda de homicídios, assaltos e desaparecimentos tomou conta da cidade, a população simõesfilhense vem cobrando providências da Secretaria de Seguranças Públicas do Estado para com a violência na localidade.

Em apenas 24 dias, 15 pessoas foram mortas em diversos bairros do município. Entre elas, pessoas inocentes, pais de família que não tinham qualquer tipo de envolvimento com modalidades criminosas.

E onde vamos parar com tanta violência? Esta é a pergunta que mais ecoa nos quatro cantos da região. Uns atribuem a responsabilidade ao prefeito e outros vão mais além. Fato é que compete ao Governo Estadual manter a ordem e a sensação de segurança em todas as cidades, sejam elas do interior ou das 10 maiores economias da Bahia, como é o caso de Simões Filho.

Há cerca de um ano, quando ainda estava sendo empossado, o prefeito Diógenes Tolentino, em reunião, pediu apoio ao Governador Rui Costa através do vice-governador e secretário de Planejamento do Estado, João Leão.

Na oportunidade, Dinha cobrou ações importantes e necessárias para o município, como a recuperação e requalificação do Mercado Municipal; O abastecimento de água nos bairros de Palmares, Pitanga de Palmares e Cotegipe; além de segurança pública, mas até agora nada foi feito.

Quantas mortes mais serão necessárias acontecer para que tais providências sejam tomadas? Será que o embate político falará mais alto do que o amor ao próximo e o dever de zelar pelo bem estar do cidadão? Essas perguntas provavelmente não terão respostas, mas também não deixaram de confundir a consciência dos quase 140 mil habitantes que residem nesta cidade.