Vereadores Eri e Adaílton criticam atitudes de colegas durante votação das contas do ex-prefeito Eduardo Alencar


Durante a 7ª Sessão Extraordinária realizada na manhã desta sexta-feira (27) na Câmara Municipal de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), os comentários dos vereadores Eri Costa (DEM) e Adailton Caçambeiro (PRP) acabaram gerando um certo desconforto para seus colegas parlamentares.

Segundo Eri Costa, que integra a base de sustentação do líder do Executivo Municipal, Dinha Tolentino, alguns dos vereadores não foram honestos durante a votação das contas do ex-prefeito José Eduardo Mendonça de Alencar e do seu vice-prefeito na época, Manoel Almeida de Jesus (Neco), referentes ao exercício de 2016.

Segundo Eri, alguns dos edis mudaram o seu discurso no último momento. “Eu votei com coerência, a gente não pode ficar em uma linha o ano todo e o que vimos aqui foi uma tamanha demagogia, porque é o ano todo elogiando o prefeito (Dinha) e falando mal do anterior (Eduardo), quando chega no final do ano, época de Papai Noel surge vereador invertendo sua fala do todo ano”, disse.

Natal.

Segundo a lenda, na noite do dia 24 de dezembro, o Papai Noel sobrevoa as casas com seu trenó puxado pelas renas e entra nas casas pelas chaminés. O bom velhinho deixa os presentes das crianças em baixo da árvore de natal ou dentro de meias.

Após fazer uma breve avaliação sobre as atitudes de seus colegas, o parlamentar ainda comentou: ”Me surpreendeu e não me surpreendeu porque eu não espero nada de muitos aqui”, disparou Eri Costa.

Seguindo a linha de raciocínio de Eri, Adailton Caçambeiro foi mais além após classificar os vereadores que não se fizeram presente na sessão como “Fujão”, e que não entendeu o posicionamento de outros parlamentares.

“Eu não tive pressão nenhuma para votar, foi voto aberto todo mundo, tomou sua atitude cabível que poderia tomar, eu votei a favor do parecer por que é notório como encontramos a cidade, e hoje eu votei com a minha consciência mas não entendo porque alguns vereadores fugiram da realidade para votar contra o parecer”, disparou e continuou “Todos fujão quanto aos que estiveram aqui que votaram contra o parecer da Casa ou por alguma força de expressão ou acordo político não sei”, e finalizou dizendo “Meu voto foi consciente, como os deles também, só que os deles fora da realidade isso é notório”.

O ex-gestor, poderia ficar inelegível se não fossem os votos dos vereadores: Jailson Jajai (PP), Cleiton Aparecido, “Bolly Bolly” (SD), – Erivaldo Canjirana (PSL), – Deni da Metalúrgica (PSD), – Elimário Lima (PSDB), – Everton Paim (PSD), – Laércio Valentim (PSB), – Alfredo Assis (PRP), – Sandro Moreira (PSL) – Arnoldo Simões (PRB) – Everaldo Silva (PRP) e Manoel Carteiro.

Para alterar o parecer do Tribunal de Contas do Estado que aprovou com ressalvas as contas de Eduardo, os edis que são da base do atual prefeito Dinha Tolentino precisavam de 13 votos dos parlamentares para reprovar as contas do ex-mandatário, fato esse que não aconteceu mantendo-se confirmado o parecer do TCM.

Votaram contra o parecer do tribunal os legisladores Orlando de Amadeu (PSDB), Eri Costa (DEM) e Adaílton Caçambeiro (PRP). Não esteve presente o relator da Comissão de Finanças Genivaldo Lima (DEM), assim como os vereadores Neco Almeida (PSD), Devaldo Soares (SD) e o parlamentar Luciano Almeida (MDB) que está de atestado médico. Conforme o Regimento Interno da Casa, a apreciação e votação de contas foram realizadas em sessão exclusiva de pauta única.