Após a leitura e apresentação dos Projetos de Lei, os vereadores suspenderam a sessão por 10 minutos para analisar as Leis nas Comissões Permanentes de Justiça e Finanças onde as matérias receberem pareceres favoráveis. Após consulta nas comissões, os PL’s encaminhados ao plenário foram aprovados em única discussão e votação após solicitação verbal apresentada pelo vereador Sandro Moreira (PSL) acatada pela maioria dos vereadores, com exceção do vereador Deni da Metalúrgica (PSD), que se absteve durante a apreciação dos três projetos oriundos do Executivo no plenário do Legislativo que limitou a presença de 10 pessoas nas galerias, em cumprimento e obediência aos decretos municipais e protocolos de saúde e sanitários, seguindo o distanciamento e o isolamento social sem aglomeração, bem como o uso obrigatório de máscaras, luvas e álcool em gel 70% como medidas preventivas de higienização para evitar o risco de contágio, transmissão e proliferação do Covid-19.
O presidente da Câmara, Orlando de Amadeu (PSDB), justificou a urgência dos Projetos de Lei. “Os projetos estão vindo em caráter de urgência urgentíssima por conta da situação que se encontra a nossa cidade hoje. Nós estamos pensando na vida e na necessidade do povo que não pode esperar”, explicou Orlando, ao destacar que os dois PL’s definem o banco Caixa como fonte de financiamento para o município.
Em discussão na tribuna, o presidente da Comissão de Justiça, vereador Jailson ‘Jajai’ (PSC), argumenta que os dois projetos nºos 010/2020 e o 011/2020 modificam apenas redações dos artigos das duas Leis já aprovadas pela Casa Legislativa para possibilitar os empréstimos junto à Caixa Econômica previstos com garantias a partir do FPM e do ICMS. “O prefeito manda esse projeto que é importantíssimo, que junta os empréstimos que serão feitos. Nenhum município consegue avançar sem empréstimo. Só estamos regulamentando a fonte de recursos através do FPM e do ICMS e estes recursos serão bem aplicados. É obrigação do governo municipal e nossa do Legislativo de votar a favor desse projeto para que o social seja feito em benefício do povo”, disse.
Em sua intervenção, o vereador Adailton Caçambeiro (PSDB), ressaltou que os projetos de empréstimos atendem causas coletivas que visam o bem da população. “Estamos trabalhando de domingo a domingo para dar uma resposta e uma contribuição social a esse povo. Temos que sentir o que esse povo está sentindo. São projetos que abraçam as causas do povo para que tenha uma vida digna e melhor nesta cidade”, afirmou.
Na mesma linha de pensamento de Caçambeiro, O vereador Sandro Moreira (PSL) reforçou que os PL’s tratam de benefícios de interesse popular.
Ainda na sessão, os parlamentares votaram e aprovaram o Projeto de Lei nº 012/2020, que altera as nomenclaturas e realocação de cargos da estrutura organizacional da Prefeitura Municipal, altera a Lei Municipal de nº 1.115 de 26 de abril de 2019, altera a Lei Municipal de nº 1.127 de 27 de junho de 2019 e dá outras providências. O PL prevê mudanças nas nomenclaturas de alguns cargos da Prefeitura, transferência de cargos entre Secretárias do Executivo, altera a legislação que regulamenta o pagamento dos honorários advocatícios, bem como excepciona o limite dos beneficiários do aluguel social.
De acordo com a justificativa, o projeto se dá “em razão da necessidade de ajustar para melhorar ainda mais o funcionamento dos órgãos públicos municipais, em especial, as secretarias diretamente envolvidas diante dos recentes acontecimentos em razão das chuvas no município e da propagação do vírus Covid-19 que possibilitam atender em caráter de urgência um limite de 200 (duzentas) famílias contempladas pelo benefício do auxílio aluguel durante o estado de calamidade pública e de emergência”. “É imperioso que alguns cargos sejam transferidos de setores, bem como sejam renomeados, sem que isso signifique qualquer aumento de despesa por parte do Executivo”, cita o texto do projeto, que visa proporcionar um melhor atendimento aos munícipes.
Segundo o mandatário do Legislativo, o PL encaminhado ao Parlamento Municipal com todo o detalhamento não gera impacto financeiro às contas do Executivo, defendeu que a iniciativa é positiva e o projeto foi bem analisado pela Casa antes de entrar em votação. “O projeto não causa nenhum impacto econômico para o município. O remanejamento de cargos não terá nenhum aumento e nenhum ônus para os cargos. Esses cargos já existem, pois apenas estão sendo remanejados por conta da pandemia. O prefeito precisa de mais ações nas secretarias de Saúde, de Mobilidade Urbana e Social que estão diariamente nas ruas com as atribuições voltadas ao momento emergencial”, afirmou Orlando durante a votação em plenário.
No argumento do vereador Sandro, a realocação dos servidores é justamente para compor as secretarias que atuam no combate e enfrentamento ao Covid-19 neste momento de pandemia. “Por exemplo, na secretária de Educação existem servidores que estão em casa aguardando a segunda ordem, só que tem secretarias que precisam desses servidores. Então, esses servidores podem ser realocados para outras secretarias, seja a secretaria de Mobilidade Urbana ou para a Saúde”, exemplificou.
Diante do PL nº 012/2020, o vereador Adailton lembrou que já havia apresentado em sessões passadas solicitação para que servidores de algumas secretarias fossem remanejados para outras pastas que estão na linha de frente no combate e enfrentamento ao Covid-19 . “Esse projeto é benéfico para o povo”, reforçou.
Para o vereador Canjirana, o projeto prevê mudança de nomenclaturas para o melhor funcionamento da administração pública e não gera despesas para o município.
Os parlamentares também aprovaram na sessão desta terça-feira, o Parecer conjunto das Comissões Permanentes de Justiça e Finanças referente ao Projeto de Lei de nº 002/2020, de autoria da Mesa Diretora da Câmara, aprovado em única votação. O PL altera o Plano de Carreira, Cargos, Vencimentos e Remuneração do quadro de pessoal da Estrutura Funcional da Câmara de Vereadores do Município de Simões Filho, dando-se nova redação ao artigo 14 da Lei Municipal nº 966/2015 e dá outras providências. O projeto visa ceder servidores públicos em estágio probatório para exercerem atividades a órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta dos poderes da União, dos Estados e dos Municípios a fim de atender as situações estabelecidas em lei com o propósito de cooperar entre as administrações.
Após as discussões, os projetos foram aprovados pela maioria dos vereadores, com exceção do vereador Deni da Metalúrgica, que se absteve de votar por alegar necessidade de ampla discussão das matérias em pauta. O vereador Eri Costa (MDB) justificou sua ausência da sessão por motivo de saúde.
Agora, os Projetos de Lei do Executivo aprovados pelo Legislativo seguem para a sanção do prefeito Diógenes Tolentino.
Ascom
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