A vereadora do PSOL, Marielle Franco, foi morta a tiros na noite desta quarta-feira (14), em plena praça pública no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro. A Delegacia de Homicídios trabalha com a hipótese de execução.
De acordo com o G1, Marielle foi baleada dentro do carro, na Rua Joaquim Palhares, de acordo com os policiais do 4° BPM (São Cristóvão). Além da vereadora, o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, também morreu baleado. Outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços e sobreviveu.
A vereadora era aliada do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que ficou em segundo lugar na eleição para prefeito do Rio. O deputado disse que todas as características apontam para execução e diz que vai cobrar providências.
Ainda segundo Freixo, nem o partido e nem a família de Marielle sabiam de ameaças contra a vereadora. Para o deputado, a morte de Marielle “é um crime contra a democracia, um crime contra todos nós.”
Marielle, que era militante das causas feministas e sociais voltava do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas” quando foi abordada pelos criminosos e executada. A morte dela pode estar relacionada a sua militância política. Marielle presidia a Comissão da Mulher e, no último mês, foi nomeada relatora da comissão que vai acompanhar a intervenção das Forças Armadas no Rio, com o objetivo que coibir abusos do Exército.
Nas eleições de 2016, Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio, com 46.502 votos. No sábado (10), a vereadora fez uma publicação no Facebook denunciado policiais do 41º Batalhão da PM do Rio, que estariam aterrorizando e violentando moradores da Favela de Acari, localizada na Zona Norte.
Ela é formada em sociologia pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Já exerceu funções em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).
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