O vereador de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Laércio Valentim, acusado recentemente por líderes comunitários durante uma entrevista na Rádio Sucesso FM, de ter desviado o valor de R$ 104 mil do caixa da Associação de Moradores da Ilha de São João, se pronunciou publicamente sobre o caso.
Na manhã desta sexta-feira (21), em link direto com o repórter Valfredo Silva pelo Programa Bahia No AR, Laércio afirmou que a acusação é uma verdadeira mentira, e disse que tem como comprovar sua inocência dentro dos rigores da lei.
“Eu tenho quatro defesas em meu favor: primeiro Deus, segundo documentos, terceiro consciência e quarto trabalho”, disse Laércio que em sua concepção está sendo perseguido por um grupo de opositores.
“Eles são uns caras infelizes, despeitados, mas desde já eu desafio eles; façam trabalhos para a comunidade que vocês vão ser grandes adversários meus. Enquanto eles não fizerem trabalhos pela comunidade e ficarem querendo só me atacar e atacar minha família, eles vão continuar um conjunto a menos”, afirmou Laércio.
De acordo com o vereador, o valor em questão foi investido em benfeitorias para a própria comunidade e está documentado. Laércio também citou os nomes da suposta diretoria oficial da associação, que segundo ele, hoje possui registro, ata e estatuto para atuar junto a comunidade.
“ Eu estive com o juiz da Vara Cível ontem e pedir a ele que adiantasse o processo, porque está ofendendo não só a Laércio Valentim que não sou nem mais presidente da associação, o presidente hoje é um menino competente , responsável, filho daquela terra, de pais maravilhosos, não só Rogério que é o presidente atual, mas o tesoureiro também, que é André, o secretário Atanael que também é uma pessoa digna. O nosso grupo é de pessoas boas”.
“Os R$ 104 mil estão documentados e muito bem empregados. Foram equivalentes a cinco anos deste procedimento do documento da associação e eu não prestei ainda conta, mas está aqui nos papeis. Porque infelizmente a chave se encontra na mão desse ser humano aí, que isso não é um ser humano, isso é um jegue, um grosso, um analfabeto, me desculpe, mais é isso, se conhece logo porque o jegue tem um casco redondo”, completou.
O parlamentar contou que pelo fato de não ter uma associação registrada na época em que foi iniciada a discussão entre os dois grupos, a comunidade chegou a perder o serviço oferecido pela Fundação José Silveira, que distribuía leite e pão as crianças de baixo peso e também disponibilizavam uma ambulância 24h.
“Nós não tínhamos uma associação, nós tínhamos um condomínio registrado. E eu pedi a esses senhores frustrados que eles me dessem um tempo na época, porque a gente ainda não tinha a associação e a gente perdeu diversos serviços por este motivo, eles são testemunhas disso”.
Laércio ainda disse que embora o outro grupo esteja com a chave da associação, a diretoria oficial que hoje conta com seu apoio está com toda documentação, o que lhes dá direito inclusive a mexer com o dinheiro no caixa da comunidade.
“Ele até é uma pessoa boa, mas é um frustrado, que entrou em um processo, fica com a chave da associação e eu fico com os documentos que juridicamente me dão o direito a tudo isso. Mas isso foi muito bem repassado, com dois parques infantis, academia ao ar livre, um mirante onde acontece a festa de fim de ano na Copa 1, e o resto do dinheiro ainda está no banco”.
Laércio disse que não irá informar o valor que permanece no caixa porque isso compete ao tesoureiro da atual suposta associação. Laércio também disse que se sente traído pelo grupo que prestou a denúncia, porque são pessoas que ele e sua família já ajudaram.
“O que mais me doeu com tudo isso meus amigos, foi que antes das eleições eles me colocaram dentro de uma grade e quando eu cheguei em casa, meu filho de cinco anos se abraçou comigo, começou a sair lágrimas dos olhos e me perguntou: meu pai, você é ladrão? Eles são uns criminosos, pessoas que não têm amor próprio”, finalizou.
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