Um pai de santo, identificado como Edvaldo da Silva, 43 anos, e mais duas pessoas foram mortas na noite do último domingo (08) na cidade de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador.
Além dele, foram assassinados um adolescente de 16 anos, cuja identidade não foi informada, e José Raimundo Novas da Silva Júnior, 21. O crime aconteceu na Rua das Palmeiras, no bairro da Concórdia, perto do local conhecido como Candomblé de Val, onde fica o terreiro.
O delegado Vítor Eça, titular da 25ª Delegacia (Dias D’Ávila) que comanda as investigações, disse que o crime pode ter sido cometido por traficantes de Salvador. “Recebemos uma informação de que Edvaldo teria roubado a arma de um traficante do bairro de Tancredo Neves e que por isso já tinha sido jurado de morte”, disse o delegado sem dar mais detalhes.
José Raimundo foi o primeiro a ser morto, por volta das 20h20. Já o segundo crime, que teve como vítimas o pai de santo e o adolescente, aconteceu por volta 20h30 – nesse episódio, houve um sobrevivente. “Na hora a arma falhou e ele correu”, contou o delegado, que apura se há ligação entre os crimes devido ao horário e o local.
“Mas o sobrevivente do duplo homicídio e um amigo de José Raimundo, que o aguardava horas antes do crime, afirmaram que as vítimas não se conheciam”, disse o delegado. Nenhuma das pessoas mortas tinha passagem na polícia.
Segundo parentes, Raimundo morava com a mãe no bairro do Cristo Rei e saiu sem dizer para onde ia, por volta das 16h. Já Raimundo foi a Concórdia encontrar com um amigo às 20h.
Raimundo foi morto a 10 metros da casa do amigo, um professor. Ele acredita que o rapaz tenha reagido a um assalto.
“O que ficamos sabendo é que dois homens encurralaram ele e depois ele correu. Os bandidos atiraram e levaram o celular uma caixa de som. Ele era muito ligado aos bens materiais e por isso pode ter reagido”.
Ainda na delegacia, um sobrevivente do triplo homicídio prestou depoimento na delegacia. Ele chegou a conversar rapidamente com o jornal CORREIO e disse que se tratava de cinco homens encapuzados.
O delegado Vítor Eça deu mais detalhes do crime. “Os criminosos bateram na porta dizendo que eram policiais. Quando alguém abriu, eles entraram e renderam todo mudo”, contou o delegado.
Os três foram colocados na área externa do terreiro e obrigados a deitarem no chão com as mãos na cabeça. “Foi quando começaram a atirar, matando o pai de santo e o adolescente. Um quarto homem escapou porque a arma falhou”, disse o delegado. O pai do adolescente também estava na delegacia, onde também foi ouvido.
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