O ano de 2016 já começa com a terceira e última fase dos testes clínicos em humanos da vacina desenvolvida para proteger contra os quatro vírus da dengue em circulação no país. O diretor do Instituto Butantan, que desenvolve os estudos, Jorge Kalil, explica o objetivo desta etapa da pesquisa:
“Nós vamos ao grande desafio: imunizar um grande número de pessoas, para algumas dar a vacina que nós produzimos, que é uma vacina que vai para os diferentes lugares do Brasil liofilizada, então a vacina vai ser distribuida para vários centros do Brasil; ela é administrada e a gente compara com pessoas que recebem placebo e nós vamos comparar. E aí quando a gente dá a vacina e dá o placebo, a pessoa vai ter vida normal, e isso a gente vai fazer em regiões que tem bastante dengue.”
O trabalho envolverá 17 mil voluntários residentes em 13 cidades das cinco regiões do país. Jorge Kalil explica os critérios de escolha de pessoas interessadas em participar dos estudos clínicos. “Tem vários critérios. Um deles é a idade. A gente vai começar testando no que se consideraria idade adulta – de 17 a 59 anos; depois a gente vai baixar de 9 a 17 anos; depois para crianças de 2 a 9 anos.”
Do total de voluntários, dois terços receberam a vacina, e um terço receberá placebo, uma substância sem qualquer efeito. Uma vez comprovada a eficácia da vacina, a partir dos exames coletados dos voluntários, o produto poderá estar disponível em 2017.
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