A tarifa de energia ficará mais barata a partir de sexta-feira, 1º. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a vigência da bandeira verde nas contas de luz a partir do dia 1º de abril. Será a primeira vez, desde a implantação do sistema, que não haverá cobrança adicional nas tarifas de energia, o que pode reduzir a conta em até 6,5%.
Segundo o diretor Tiago de Barros Correia, as condições de geração de energia estão favoráveis em todo o país, exceto no Nordeste, onde a situação ainda não é tão confortável. Porém esse cenário é compensado pela produção mais barata das demais regiões. Além disso, há um saldo acumulado de R$ 2 bilhões na conta centralizadora das bandeiras tarifárias, o que permite o fim da cobrança extra.
Durante o mês de março vigorou a bandeira amarela, que adiciona R$ 1,50 a cada 100 kilowatt-hora (kWh) de consumo na conta de luz. De janeiro de 2015 a fevereiro deste ano vigorou a bandeira vermelha, que sinaliza piores condições de geração de energia e o uso de usinas térmicas, mais caras que as hidrelétricas.
Atualmente, há dois patamares de bandeira vermelha, dependendo da quantidade de termelétricas acionadas. O primeiro adiciona R$ 3 a cada 100 kWh de consumo, e o segundo, R$ 4,50. No ano passado, auge da crise hídrica, a bandeira vermelha chegou a cobrar R$ 5,50 a cada 100 kWh.
A vigência da bandeira verde foi anunciado no fim de fevereiro pela cúpula do setor elétrico. Na época, o governo previa que, a partir do próximo mês, apenas usinas mais baratas, com custo inferior a R$ 211 por megawatt-hora, precisariam gerar energia.
Risco hidrológico
A Aneel aprovou a proposta de parcelamento, em até seis vezes, da dívida do risco hidrológico no mercado de energia elétrica. O pagamento deverá ser feito a partir da liquidação de janeiro, nos dias 18 e 19 de abril.
O acordo foi proposto pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e prevê que a dívida seja paga com juros de 1% ao mês, pro rata die, corrigida pelo IGP-M. Não será cobrada multa sobre esse saldo.
O parcelamento era um pedido dos geradores hidrelétricos, principalmente das usinas de Jirau e Santo Antônio, algumas das mais afetadas pelo problema.
Devido à seca no ano passado, as hidrelétricas foram obrigadas a poupar água em seus reservatórios, o que levou as empresas a gerar menos energia do que o estabelecido.
Quando não cumprem os contratos, as usinas são obrigadas a comprar o que deixaram de produzir no mercado de curto prazo, a preços mais altos.
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