Detido na última quarta-feira (16), Anthony Garotinho usou o seu blog para comemorar a prisão do também ex-governador carioca Sérgio Cabral, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (17).
Em texto publicado por seus assessores logo após a prisão de Cabral, Carotinho salienta que a situação dos dois é bem diferente. “Cabral é preso por corrupção de R$ 224 milhões, bem diferente de Garotinho, acusado por dar Cheque Cidadão aos mais humildes”, escreveu.
Confira o texto na íntegra:
“A hora de Sérgio Cabral chegou. Há vários anos Garotinho vem denunciando a corrupção de Cabral e seu grupo. Há poucos dias, ele protocolou queixa-crime na Procuradoria Geral da República em Brasília denunciando com provas contundentes a roubalheira de Cabral, Pezão, Eduardo Paes, a Gangue dos Guardanapos, empresários e autoridades do Rio de Janeiro. Ao longo do dia vamos relembrar as principais denúncias feitas no blog sobre a corrupção de Cabral.
É importante destacar que a situação de Cabral é completamente diferente do caso de Garotinho. Cabral e seu grupo são acusados de receber R$ 224 milhões em propinas cobradas em grandes obras. Garotinho é acusado por dar o Cheque Cidadão às pessoas humildes de Campos. Garotinho não está sendo acusado de por desvio de dinheiro, nem por ato de improbidade. A prisão de Garotinho é uma retaliação pelas denúncias que afetam pessoas poderosas, é um jogo político-eleitoral, que já foi denunciado seguidas vezes aqui no blog, uma perseguição, uma covardia.
Cabral foi preso com base nas delações de executivos da Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia, além de Fernando Cavendish, dono da Delta e parceiro de farras do ex-governador na Europa. Além de Cabral, a operação da Polícia Federal prendeu Carlos Emanuel Miranda, conhecido como Avestruz, que operava como laranja do ex-governador; o ex-secretário de Governo, Wilson Carlos; Hudson Braga, ex-secretário e braço-direito de Pezão, além de outros assessores e ex-assessores. A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo foi levada sob condução coercitiva para depor na PF.
No caso de Cabral houve dois mandados de prisão preventiva. Um do juiz Marcelo Brêtas, da Justiça Federal do Rio, e outro do juiz Sérgio Moro.
Mas estejam certos que não foi coincidência terem escolhido o dia de ontem para prender Garotinho, na véspera da prisão de Cabral e seu grupo. É evidente que querem associar as duas prisões, confundir as pessoas para colocarem Garotinho e Cabral no mesmo bolo. Mas, voltamos a repetir, não há contra Garotinho qualquer acusação de corrupção”.
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