Surto de conjuntivite deixa população de Simões Filho em alerta; saiba como prevenir


O aumento considerável dos casos de conjuntivite neste ano em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), tem deixado a população local em situação de alerta.

A conjuntivite é uma infecção que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho. A mais comum é a causada por vírus, que é mais resistente, circulando com mais facilidade no ar por causa das altas temperaturas e unidade nesta época do ano e também em ambientes fechados.

Em Simões Filho, diversos moradores se queixam de terem casos recorrentes da doença na família ou pelos menos terem conhecimento de algum vizinho que adquiriu a infecção nos últimos dias.

A auxiliar de saúde bucal e moradora da Av. Paulo Souto, Jane Denise Serafim, contou a reportagem do Mapele News como viveu dias difíceis no último feriado da Semana Santa por causa do contágio com a conjuntivite.

“Eu fiquei quase duas semanas de molho, sem poder sair de casa. Além de doer, os olhos ficam vermelhos, inchados e coça muito. Primeiro tive mais forte em um olho, depois no outro. É horrível, não desejo isso para ninguém”, comentou ela.

Para evitar a contaminação por conjuntivite é imprescindível a higienização das mãos e o cuidado para não levá-las sujas ao rosto. Também é necessário o cuidado com a higiene no geral, evitando-se o compartilhamento de objetos pessoais.

É importante que as pessoas com sintomas da doença procurem atendimento especializado para diagnóstico correto, já que a conjuntivite pode ser do tipo viral, bacteriana ou alérgica.

Saiba mais sobre a conjuntivite:

Quais são os sintomas?

Coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada.

A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.

Como é o contágio?

A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro.

A viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame oftalmológico.

A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só, com secreção mais amarelada ou esverdeada.

Como evitar?

Evite coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência. Quem estiver doente deve trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.

Como é o tratamento?

No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica Cristina Dantas recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar.

Para a bacteriana, o tratamento é com colírio antibiótico. É recomendado lavar os olhos e fazer compressas de água gelada, filtrada e fervida, ou soro fisiológico. Nos casos mais graves, a córnea pode ser perfurada.

A conjuntivite alérgica é tratada com colírio antialérgico. No caso das crianças, a médica alerta para necessidade do tratamento, pois as chances de uma úlcera ou ferida na córnea são maiores. Sempre procure um oftalmologista para o diagnóstico correto.