Ao longo de 2017, Simões Filho teve 163 homicídios, sendo 156 deles registrados e os sete restantes ocultos. Com isso, a cidade registrou uma taxa estimada de 119,9 assassinatos para cada 100 mil habitantes – naquele ano, a população do município era de 136.050 pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No âmbito nacional, o município da região metropolitana teve a quarta maior taxa de homicídios, atrás apenas de Maracanaú (145,7), no Ceará; Altamira (133,7), no Pará; e São Gonçalo do Amarante (131,2), no Rio Grande do Norte.
Os números são do Atlas da Violência 2019, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (5). O estudo tomou como base a soma do número de óbitos por agressão, o número de óbitos ocasionados por intervenção legal e o número de homicídios ocultos.
No caso da Bahia, a análise das cidades com mais de 100 mil habitantes mostrou ainda que Porto Seguro e Lauro de Freitas compuseram o ranking das cidades com as maiores taxas em 2017. Em Porto Seguro, o Atlas contabilizou 152 assassinatos, numa taxa de 101,6 ocorrências. Já em Lauro de Freitas, que fica na Região Metropolitana de Salvador, 196 homicídios foram registrados, com taxa de 99,0.
Nessa lista, a capital baiana aparece como a 11ª cidade do estado com maior taxa de mortes violentas. Foram 1.876 assassinatos contabilizados pelo estudo, 1.763 registrados e outros 113 ocultos. Assim, Salvador registrou 63,5 homicídios para cada 100 mil habitantes, considerando a população de 2.953.986 pessoas, como indicado pelo IBGE.
A cidade é também a quinta capital brasileira com a maior taxa de assassinatos, ficando atrás de Fortaleza (87,9), no Ceará; Rio Branco (85,3), no Acre; Belém (74,3), no Pará; e Natal (73,4), no Rio Grande do Norte.
Procurada pelo Bahia Notícias, a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) repetiu que desconhece a metodologia utilizada pelo Atlas. “Diferente do divulgado, em Salvador, foram contabilizados 1.346 casos de homicídio no ano de 2017, menos 530 casos. Também há discrepância nos números apresentados pela pesquisa sobre os municípios de Simões Filho, Porto Seguro e Lauro de Freitas. Essas e as demais estatísticas criminais estão disponíveis no site da instituição”, diz a pasta em nota. A secretaria diz ainda que a redução dos crimes violentos letais intencionais na Bahia ocorre desde 2017.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) criticou os resultados da pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que colocou cinco cidades baianas entre as mais violentas do Brasil. Nesta segunda-feira (05), o órgão afirmou que “desconhece a metodologia utilizada pelo Atlas da Violência publicado esta semana, já que os dados apresentados pela pesquisa não condizem com números registrados”.
“Diferente do divulgado, em Salvador, foram contabilizados 1.346 casos de homicídio no ano de 2017, menos 530 casos. Também há discrepância nos números apresentados pela pesquisa sobre os municípios de Simões Filho, Porto Seguro e Lauro de Freitas. Essas e as demais estatísticas criminais estão disponíveis no site da instituição (www.ssp.ba.gov.br)”, afirma.
Ainda segundo a SSP, “a redução dos crimes violentos letais intencionais na Bahia ocorre desde 2017, com destaque para 2018 com o menor número dos últimos seis anos, e segue em declínio até o primeiro semestre de 2019”.
A pesquisa, divulgada nesta segunda, colocou a cidade de Maracanaú, no Ceará, como a mais violenta do país. Entre as cidades baianas aparecem Salvador, Porto Seguro, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari e Eunápolis.
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