Sobe para quatro o número de vítimas do ‘maníaco da seringa’, diz Sesab


Quatro pessoas já foram atendidas no Hospital Couto Maia, em Salvador, vítimas do ‘maníaco da seringa’. Segundo informações da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), uma das vítimas é uma operadora de caixa, de 41 anos, que esteve na unidade hospitalar na tarde desta terça-feira (18) afirmando ter sido ferida com uma seringa.

Vítimas estão tomando coquetel contra HIV (Foto: Betto Jr/Arquivo CORREIO)

Apesar da vítima ter se queixado por não ter sido atendida, ela passou pela profilaxia necessária nesses casos. De acordo com Sesab, a direção da unidade está apurando a denúncia sobre a falta de atendimento. Segundo a direção do hospital, não é necessário apresentar boletim de ocorrência para o atendimento na unidade.

Entretanto, a operadora de caixa foi à delegacia prestar queixa e depois seguiu para o Hospital Couto Maia. Mas, para sua surpresa, os médicos disseram que só a atenderiam com um relatório da polícia. “Voltei na delegacia para pegar. Lá eu vomitei e já tava com a perna dormente. O policial que me atendeu até ficou indignado porque eu deveria receber atendimento imediato. Só consegui ser atendida no hospital por volta das 15h”, conta.

Ela foi atacada em um ponto de ônibus na Ribeira, enquanto estava encostada em um poste, quando sentiu a picada nas nádegas . Ela conta que quando olhou para trás, viu um homem negro se afastando do local sorrindo e com a arma do crime nas mãos.

Outras vítimas
No dia 18 de setembro um motorista de ônibus registrou queixa na delegacia por ter sido vítima de um ataque semelhante, também na Ribeira.  O motorista diz que parou o veículo que dirigia em um ponto quando foi perfurado na região da face por um homem desconhecido. “O cara entrou pela frente e, antes de passar o torniquete, me atacou e desceu do ônibus”, contou. Ele está debilitado devido aos efeitos colaterais do coquetel de remédios. “Me deram medicamentos para hepatite, tétano e HIV. Vou tomar 28 dias”. O rodoviário está preocupado com o conteúdo da seringa. “Não tem como não se preocupar. Vai saber o que ele colocou ali dentro”.

A outra vítima do maníaco da seringa é um soldado do exército que foi hoje na 1ª Delegacia (Barris) prestar depoimento. “Mas ele disse que não viu o rosto dele, que estava de lado quando foi atacado. Só viu o homem correndo”, diz o delegado Adailton Adan, que ainda não tem pistas do criminoso. “Estamos investigando, buscando ouvir pessoas nas proximidades de onde ocorreu o fato e atrás de imagens de câmeras”, declarou.

*CORREIO