Trabalhadores da Vale Manganês em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), relatam que cerca de 300 pessoas já foram desligadas. A usina pertencente à Vale S. A., antiga Vale do Rio Doce, e é produtora de liga de manganês, matéria-prima do aço. Só nas últimas duas semanas em torno de 15 funcionários foram demitidos, entre eletricistas, mecânicos e empregados da área operacional.
Segundo o diretor do sindicato dos metalúrgicos de Simões Filho, Erivaldo Caburika de Jesus, os desligamentos ocorrem desde fevereiro. Para ele, o caso remete ao abandono da fábrica. “Isso tem causado um clima muito tenso, porque o pessoal não tem perspectiva. Vários empregados já foram transferidos para outas unidades, e a Vale não dá nenhuma perspectiva de retorno”, disse ao Bahia Notícias. O metalúrgico disse ainda que apenas uma equipe mínima mantém a fábrica.
Cerca de 120 pessoas entre funcionários contratados com carteira assinada e terceirizados, que trabalham em serviços de manutenção, refeitório, vigilância, limpeza e movimentação de cargas, por exemplo. No entanto, diz Erivaldo, todos os fornos já foram desligados, a energia vinda da Chesf também foi suspensa, e não há mais refrigeração dos fornos, o que provoca o entupimento em todo o sistema refrigerado e diminui a perspectiva de religamento.
“Com os fornos desligados você não tem onde colocar a mão de obra nem contratar mais. É preciso que a Vale tenha vontade de retomar a atividade”, diz o funcionário. A fábrica da Vale Manganês fica no final da BA-093.
Por Francis Juliano
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