Simões Filho: Pais de alunos realizam protesto em frente à Escola Eraldo Tinoco em Mapele


Os pais de alunos da Escola Municipal Eraldo Tinoco, localizada no distrito de Mapele, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (26), reivindicando a falta de condições para o início do ano letivo na localidade.

De acordo com os moradores, os estudantes da unidade escolar, que ainda está em fase de reforma, foram relocados para a cobertura de uma casa, alugada pela prefeitura, que ainda segundo os moradores não tem a menor condição de comportar as crianças.

Conforme relato dos pais, os estudantes estão assistindo aula na parte superior da laje de uma casa, sem nenhuma garantia de segurança. Além disso, não há iluminação, o quadro está no chão e os alunos estão todos assistindo aula no mesmo ambiente, sem separação por classe ou turma.

Em contato com a reportagem do Mapele News, um morador que preferiu não se identificar disse que nenhum comunicado com relação à realocação dos estudantes foi passado para os pais dos alunos. Se quer a diretora se reuniu com a comunidade para informar o motivo pelo qual as crianças passariam a assistir aula na casa alugada.

“Nossas crianças estão estudando em um lugar de risco, porque a casa é no alto e não tem condição nenhuma de acolher as crianças. Ainda está todo mundo junto, dizendo eles que seria um reforço escolar. A diretora não chamou a gente para fazer uma reunião e por outra parte a escola está abandonada”, declarou ele.

Também conforme o morador, as obras de reforma da Escola Eraldo Tinoco foram paralisadas por conta de um atraso no pagamento dos operários da construção civil e até mesmo os equipamentos novos que foram comprados recentemente pela prefeitura, como carteiras, correm o risco de serem saqueados.

Foto de Silvio Souza.

“Está tudo aberto lá, em tempo do pessoal levar até as cadeiras lá. Esteve uma mulher aqui dizendo que era secretária do prefeito, mas ela não passou nada da situação para favorecer a gente”, contou ele.

A comunidade ameaça realizar uma nova manifestação na próxima segunda-feira, caso a prefeitura não tome as medidas cabíveis para resolver a questão. Até o momento, a Secretaria Municipal de Educação não se manifestou sobre o caso.