Simões Filho: Com total propriedade radialista revela detalhes do PAC da Pitanguinha: “Tem coisa que não dar pra gente se calar”


A questão da degradação ambiental em um dos rios do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador e a grave denúncia feita pelo radialista Jairo Mascarenhas, em relação ao rio da Pitanguinha, desdobrou para um questionamento do que teria sido feito com o investimento de R$ 19,6 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento, através, do Ministério das Cidades que resolveria o saneamento e desocupação.

Na manhã desta segunda-feira (21), no programa “Bom Dia Simões Filho”, pela FM 87.9, o radialista Jairo Mascarenhas, em defesa da natureza, não economizou duras críticas com os representantes do município, além da impunidade latente do Governo do Estado, que mais uma vez, com a situação degradante de rios do município que, inclusive, abastece cerca de 40% da população da capital baiana, não tem se posicionado contra a vergonhosa falta de fiscalização e ocupação em áreas consideradas de preservação ambiental durante anos.

O comunicador totalmente consternado, não se intimidou e ao considerar o descompromisso das autoridades local para a solução da situação do rio, largou o verbo e teceu uma das maiores críticas dos últimos tempos, através, das ondas do rádio.

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De acordo com ele, morador em Simões Filho há 34 anos e cidadão simões-filhense, é de causar profunda tristeza a real situação de degradação ambiental do rio algodão e outros rios do município. Além disso, ele apontou o descaso com o rio, que fica do lado esquerdo sentido à Ceasa. “Quem ama a natureza, nem que seja 1% é de cortar o coração”, disse ao cobrar providências.

“Nossas autoridades que por ali passam todos os dias, a turma não estã nem aí. A sensação que eu, Jairo Mascarenhas, tem é que essa turma está preocupada com o poder e o dinheiro e o povo que se exploda e a natureza morra e acabem com tudo”, criticou Mascarenhas que ainda fez uma ressalva. “Eles querem dinheiro e poder e o povo só levando ferro em todos os sentidos”, disse.

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Nos últimos dias, o radialista vem batendo muito na questão do papel dos representantes do povo, após mobilização popular que ocorrem em todo o país que revela a insatisfação do povo com a condução e transparência da máquina pública. Ainda de acordo com Jairo, no dia 06 de agosto de 2008, quando foi lançado o “Programa de Aceleração do Crescimento – PAC”, na Comunidade da Oceania, Região da Pitanguinha com o investimento da verba federal de R$ 19,6 milhões, ele viu e estava presente. Na oportunidade, o radialista entrevistou a sra. Mara Rosana, representante da atual deputada estadual, Maria Del Carmen, que na época era Secretário do Estado, além do Engenheiro resposável da prefeitura, Mozart Cabral e o responsável pela APA Joanes – Ipitanga, Genessy. A APA está localizada na Região Metropolitana de Salvador, abrangendo os municípios de Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Candeias, São Sebastião do Passé, Salvador e Dias D’Ávila.

Lançamento do PAC Pitanguinha em 2008

Na época, exatamente no dia 06 de agosto de 2008, o investimento do Governo Federal, através, do Ministério das Cidades, já teria dado início no mês de julho, na região da Fazenda Preto Velha, no KM 30, onde as pessoas que vivem às margens do rio da Pitanguinha seriam deslocadas, além disso, o investimento previa um projeto integrado de Desenvolvimento Social, por meio de um programa arrojado em parceria também com o Governo Estadual.

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De acordo com atual Secretário de Infraestrutura de Simões Filho, na época engenheiro que representou o município, no lançamento que aconteceu na Escola Bárbara Andrea Brites, ex-Edson Almeida, entre as questões que o projeto resolveria estariam a desocupação do rio e todo saneamento da Pitanguinha, mas após, 8 anos, a situação com relação à poluição dos rios é gravíssima.

Tem coisa que não dar pra gente se calar; nem fazer vistas grossas. Alguém tem que colocar a boca no trombone”, reivindicou o radialista que lamenta a ineficência do poder público que até o momento não solucionou o problema.

A atual situação com diversas pessoas e caminhões carregando arenoso, levou o radialista mais uma vez ficar indignado e culpou a Gestão Pública pela falta de fiscalização e condições que levaram a total degradação do importante rio.

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“Parece que não tem Secretaria do Meio Ambiente, não tem vereadores, não tem prefeito, não tem zorra de nada. Está todo mundo preocupado com o poder, com a boca na prefeitura, encher os infernos de dinheiro, comprar suas casas, mansões e fazendas e os indigentes de Simões Filho [população], vão ficar até um dia que não tenha mais água ou morrer todo mundo sufocado com a poluição. Parece que é isto”, declarou Jairo Mascarenhas.

Denúncia começa com um vídeo divulgado nas redes sociais

Ao publicar o vídeo que relata a gravíssima situação do rio por Márcio Souza, Presidente da Simões Filho Bike Clube e os questionamentos do radialista, reportados também pelo site “Mapele News” (Veja Aqui), foram levantados comprovações do ato, presenciado por ele em agosto de 2008, mas que ainda nada teria feito até o momento. Ao cobrar, ele levou as provas, resgatou uma parte da história que no momento parecia um ‘grande projeto’ da Gestão Pública em parceria com as esferas Federal e Estadual.

Segundo a representante da CONDER na época, Mara Rosana, uma equipe de topografia estaria marcando a Área de Proteção Permanente (APP), uma faixa de 50 metros a borda da represa e 15 metros da borda do Rio Algodão, entretanto, a situação da falta de fiscalização durante anos, levou a venda de lotes na região.

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“A culpa é do poder público que sabia que a área é de preservação ambiental e não fiscalizou e há 8 anos está todo mundo lá dentro da nascente do Rio Algodão, um dos principais afluentes da nossa região”, pontuou o comunicador.

Ele apontou ainda a região próximo ao IFBA que tem a nascente do Rio Joanes ao novamente afirmar. “Está tudo destruído a acabado”.

“A gente não vê nenhum vereador brigar pela causa, nem os prefeitos, Edson Almeida e Eduardo Alencar, e um novo que vem aí agora [Dinha], que era vice-prefeito na época. Queremos uma resposta e uma ação concreta para a despoluição daquele patrimônio”, acrescentou o radialista.

As duras críticas ampliadas na manhã de hoje (21), fez o radialista Jairo Mascarenhas pedir o apoio dos demais veículos de imprensa local na defesa do meio ambiente, além, da nobre e importante causa que é a preservação em detrimento das gerações futuras.

Jairo Mascarenhas entrevistou também na época, o responsável pela APA Joanes, que confirmou a ilegalidade das ocupações às margens do rio na Pitanguinha, e esclareceu que a falta de energia elétrica no local na época, se deu em função da “área estar irregular do ponto de vista ambiental e sem autorização da prefeitura, onde o loteamento está margeando a represa do rio Ipitanga como outros que contribui para a mesma represa tão importante para o abastecimento”. “Esses loteamentos deveriam ter a Licença Ambiental e isso não foi feito”, revelou Genessy. “A Coelba ficou impressionada com o número de ocupações às margens do rio”, acrescentou ele na época.

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O péssimo saneamento básico que ainda existe naquela região, foi defendido pelo atual Secretário de Infraestrutura, Mozart Cabral que na época declarou que a Pitanguinha precisava ser inserida na cidade como um todo em consonância com o CIA que já possuía um assentamento consolidado. “O bairro da periferia de acordo com ele, com o investimento de R$ 19,6 milhões do PAC seria beneficiado já que daria melhores condições de vida aos cidadão”.

A declaração fez com que o radialista mais uma vez cobrasse e pedisse uma resposta do que teriam feito com o investimento, além da declaração de Mozart Cabral revelar ainda o PAC Aratu que levaria melhores condições para os bairros da Ilha de São João, Aratu, Cotegipe, Santa Luzia, a Comunidade da Rua Piatã e encosta do Colégio Reitor Miguel Calmon.

O programa ‘Bom Dia Simões Filho’, terminou com mais um questionamento do radialista que cobrou a “Praça da Juventude”, que segundo ele teria sido impedida porque não poderia aterrar a nescente de um rio da região da Baixada, na Coroa da Lagoa.

“Agora a empresa que chegou lá, inclusive, dizendo que levaria emprego para a comunidade aí logo conseguiu a liberação”, concluiu.