Simões Filho: Bahiafarma já disponibiliza teste que identifica vírus do Zika em 20 minutos


Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder registro para produção e comercialização do 1º teste sorológico para detecção do Zika Vírus pela Bahiafarma – Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos, localizada no município de Simões Filho, na Grande Salvador, a Bahia já passa a disponibilizar o soro e a previsão inicial é que sejam produzidos 500 mil testes por mês. Eles serão adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos nos postos de saúde a partir de junho.

“Assim que a encomenda for feita, a Bahiafarma poderá entregar as unidades em até 30 dias para todo o país”, garantiu o  subsecretário de Saúde, infectologista e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Roberto Badaró.

Com uma gota de sangue, o exame identifica infecções recentes (até duas semanas) e contaminações mais antigas em até 20 minutos.

O teste está disponível desde a última segunda-feira (30) e a apresentação do dispositivo, composto por duas cápsulas portáteis foi realizada na manhã desta terça-feira (31), na sede do Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA), em Brotas.

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Teste rápido foi apresentado em coletiva nesta terça (Foto: Juliana Almirante/)

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De acordo com o subsecretário de Saúde, a partir de junho os testes estarão disponíveis para a compra do Ministério da Saúde e disponibilização para a população.

O desenvolvimento do teste foi possível por meio de uma parceria entre o governo estadual e a empresa sul coreana Genbody Inc. As pesquisas conjuntas que possibilitaram desenvolver o teste, segundo as determinações da Anvisa, duraram um ano. O acordo também contemplou a transferência de tecnologia.

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 17 de maio, aponta 120.161 prováveis casos de vírus da zika registrados neste ano no país. Destes, 39.993 foram confirmados

A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e que tem como característica a presença de manchas avermelhadas na pele, está associada a casos de microcefalia em bebês e da síndrome Guillain-Barré, transtorno que pode causar paralisia dos membros.