Seis vereadores são presos por pedirem R$ 50 mil em propina para aprovação de projeto no interior da Bahia


Uma situação inusitada chocou a população de Correntina, no interior da Bahia nesta quinta-feira (26). 06 dos 12 vereadores do município foram presos, durante a Operação ‘Último Tango’, deflagrada pelo Ministério Público estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Na ação, também foram presos três servidores públicos envolvidos no esquema.

Eles são acusados de formação de organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos, desviar verbas públicas por meio de pagamentos de gratificações a servidores e fazer exigências ilícitas ao prefeito Nilson José Rodrigues, mais conhecido como Maguila (PCdoB).

De acordo com a denúncia, o grupo pediu ao prefeito o valor de R$ 50 mil para cada vereador, em troca da aprovação de projetos de lei do executivo local. Entre os presos está o vereador Wesley Campos Aguiar, mais conhecido como Maradona (PV), que responde pela presidência da mesa diretora da Câmara.

Na operação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e três de condução coercitiva, todos expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas de Salvador.

Segundo a coordenadora do Gaeco, promotora Anna Emanuela Cordeiro Rossi Meira, várias denúncias chegaram ao Ministério Público local informando sobre ações ilícitas que vinham ocorrendo na Câmara Municipal.

A ação, conforme a promotora, teve por principal meta a repressão a delitos contra a administração pública, em licitações e contratos por parte do poder legislativo da cidade. “Contamos com apoio das polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar no enfrentamento à corrupção, que é o grande mal da nossa sociedade”, enfatizou.

Os presos foram transferidos para a cidade de Santa Maria da Vitória, onde prestaram depoimento na sede regional do Ministério Público. Depois, foram levados para a delegacia de Polícia Civil de Santa Maria, por ser uma coordenadoria regional e ter melhores condições de carceragem.