Após a audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (10), na Câmara de vereadores de Simões Filho, para discutir o sistema de transporte público do município, o secretário de Mobilidade Urbana, Jackson Bonfim concedeu uma entrevista ao vivo, ao radialista Roque Santos e acabou entrando em um embate público com um taxista da cidade.
“A Audiência pública foi um sucesso. Todos os problemas foram abordados de forma clara, transparente, todos tiveram o direito de expressar sua opinião sobre o sistema de transporte de Simões Filho que todos nós sabemos, tem muitos problemas, mas nós vamos começar a resolver paulatinamente um a um”, revelou Jackson.
De acordo com o chefe da pasta, já na próxima semana a situação do transporte começará a ser regularizada. No entanto, após o parecer do secretário sobre os assuntos tratados na audiência, o radialista perguntou sobre algumas reclamações que estão sendo apresentadas por taxistas da cidade, sobretudo no caso especifico do taxista Lázaro, que vem acusando o secretário de persegui-lo e prejudicá-lo pelo fato do motorista ter sido funcionário da gestão anterior.
Sem medir palavras Jackson se defendeu dizendo que o taxista pode conversar com ele sempre que necessário, mas que há um problema na inscrição inicial que está impedindo a liberação do alvará.
“Na inscrição inicial dele foi feita uma transferência em menos de um mês. Ele é um ex- funcionário, inclusive em desvio de função, porque ele era gari e trabalhava em sistema de transporte, então eu acho que em nenhum momento ele está sendo prejudicado ou perseguido.
“Ele está tentando polemizar pra poder arrumar espaço na mídia, pra poder falar mal da administração, então quem está fazendo política na verdade é ele. Em nenhum momento a Secretaria deixou de atender nenhum taxista, agora vocês mesmos ouviram a doutora falar que Simões Filho foi convocado a regularizar um sistema de táxi completamente conturbado”, disparou o secretário.
“Ele mesmo não tem o documento do ex dono do táxi declarando que passou de livre e espontânea vontade pra ele um alvará de táxi um mês depois de ter adquirido esse alvará. E a gente não sabe de que forma ele adquiriu”, afirmou.
Segundo Jackson, uma denúncia no Ministério Público deverá ser aberta para investigar a conduta do taxista. “Ele era funcionário contratado como gari e trabalhando no sistema de transporte no mesmo ano que recebeu aquele alvará. Então, e vou abrir um procedimento, vou encaminhar pro Ministério Público pra que ele se justifique como foi que ele recebeu esse alvará, de que forma que esse alvará foi transferido pra ele e se o proprietário anterior do alvará possuía veículo, porque normalmente não encontramos nenhum dado a respeito desse acordo”, concluiu ele.
O secretário disse que hesitou em divulgar a situação publicamente para não expor a imagem do taxista, mas que infelizmente o motorista não está tendo um procedimento legal com relação à Secretaria.
De acordo com o Código de Ética do Profissional de Secretariado, é de responsabilidade do profissional ser positivo em seus pronunciamentos e tomadas de decisões, sabendo colocar e expressar suas atividades. O Secretário, no exercício de sua profissão, deve guardar absoluto sigilo sobre assuntos e documentos que lhe são confiados.
Em contato com a mesma emissora de rádio, o taxista Lázaro disse que possui todos os documentos necessários para comprovar a legalidade da sua atividade profissional e que ele também deverá ir até a Promotoria para registrar uma queixa.
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