Secretário de Habitação de Simões Filho prever dias sombrios para os inadimplentes do programa MCMV


O ex-vereador e atual secretário de Habitação de Simões Filho, João Contador foi entrevistado pelo radialista Ataíde Barbosa no programa Panorama de Notícias, na FM 87.9. Durante entrevista, o chefe da pasta mandou um recado um tanto sombrio para aqueles que não estão cumprindo com o acordo feito com a Caixa Econômica Federal.

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida é composto de 03 faixas e atende desde famílias de baixa renda com rendimento de R$ 1.800,00 até acima de R$ 6.000,00, na última faixa. De acordo com o secretário João Contador, o próximo conjunto habitacional a ser instalado no município contemplará a faixa 1,5 e a faixa 02, que estão entre o mínimo e o máximo.

Em entrevista, João explicou que a intenção de instalar esse novo empreendimento na cidade é justamente para segurar uma camada mais alta da população que tem buscado moradia em cidades vizinhas. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro não estão satisfeitos com os resultados do Programa Minha Casa Minha Vida em todo país.

“Estamos vivendo um momento difícil a nível nacional onde o presidente e o ministro não estão satisfeito com os resultados do Programa no que se refere à inadimplência, e isso é um dos motivos que não vamos ter nenhuma perspectiva de nenhum empreendimento para baixa renda faixa 1 e 1,5”, disse. “Contudo nós estamos acreditando que em pouco tempo vamos ter resultado. A faixa 2 é para quem ganha acima de 2 mil e possui carteira assinada e FGTS, e quem terá condições de pagar uma prestação de R$ 500, por isso estamos trabalhando e em breve teremos novidades”, acrescentou Contador.

Um levantamento feito pelo governo mostra que 25% dos beneficiários do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ de renda mais baixa não estão pagando as prestações dos imóveis. Um em cada quatro está inadimplente. No fim das contas, essas pessoas podem perder o imóvel por causa de uma prestação de valor baixo, de menos de R$ 30 a 80 por mês.

O último levantamento mostra que mais de 25% dos que conseguiram esse tipo de financiamento em todo o país não estão pagando as prestações. Todos serão chamados para uma conversa e vão receber uma advertência. “Precisam voltar a pagar as prestações e tentar refinanciar os valores atrasados. Caso contrário, poderão não receber a escritura do imóvel no final do contrato. E nos casos em que não houver regularização, a pessoa pode perder o direito de morar no apartamento”, pontuou.

“Na questão que está pulverizada e implantada no programa do faixa 1, onde não se cumpre o que tem no contrato, há uma inadimplência grande e irregularidades e existe uma orientação do ministério para que se faça um grande pente-fino, uma investigação e quem não tiver cumprido com o que está no contrato, a caixa vai está autorizada a fazer a reintegração do imóvel, ou seja o imóvel será tomado e disponibilizado para as pessoas que tiver na fila aguardando a alguma tempo”, explica.

Ainda segundo o secretário, “isso é orientação do ministério e nós estamos em uma situação aqui um pouco delicada porque não temos uma estrutura para fazer o que o ministério quer e teremos um problema social muito grande porque hoje o índice de inadimplência no nosso município é muito grande, entre outros problemas que fogem da questão do cumprimento do contrato”, finalizou