“Se não houver aumento da arrecadação, a gente vai ter que mexer nos contratados e nomeados”, diz Dinha


A Prefeitura de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), realizou na manhã desta quinta-feira (15), na Câmara de Vereadores, uma audiência pública para a Prestação de Contas do 3º quadrimestre de 2017. Na oportunidade, o prefeito Diógenes Tolentino falou sobre as dificuldades do primeiro ano de gestão e também das expectativas para 2018.

Durante sua fala, Dinha pontuou as despesas que estavam fora do seu planejamento e que tiveram de ser cobertas imediatamente, como a folha de pagamento dos servidores e prestadores de serviço referente ao mês de dezembro de 2016.

Ainda de acordo com o gestor municipal, outra atitude que acabou pesando nos cofres públicos foi a opção de manter todos os servidores nomeados até o final do ano, sem demissões em massa, um costume que era praticado pela gestão anterior.

Embora tenha realizado todo esforço para aumentar a arrecadação municipal ainda em seu primeiro ano de gestão, em entrevista à imprensa local ao final da audiência, o prefeito revelou que a crise econômica instaurada no país ainda afetou significativamente o orçamento municipal.  E, caso este aumento não aconteça nos próximos meses, a realidade dos servidores municipais ao final deste ano, provavelmente será diferente.

“Nós estamos trabalhando firmes para que a gente consiga aumentar a arrecadação, mas a nossa folha é muito alta, principalmente a dos funcionários efetivos. A gente sabe que não pode mexer nos efetivos, então, se não houver aumento da arrecadação, a gente vai ter que mexer realmente nos contratados e nomeados, para poder trazer para a realidade financeira que determina a lei”, afirmou ele.

Dinha também declarou que sua escolha em manter os funcionários nomeados foi um tanto arriscada, considerando que, no primeiro ano ainda existe uma certa flexibilidade por parte do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). No entanto, a partir do segundo ano, as cobranças ficam ainda mais rígidas. “No segundo ano em diante nós temos que trabalhar com aquilo que a lei determina, não há outra solução”.

Apesar das dificuldades, Dinha demonstrou otimismo com relação ao seu segundo ano de mandato e enumerou as diversas obras que estão sendo realizadas na cidade com recursos próprios.