Durante a transmissão do Programa Bahia no Ar, na manhã desta quarta-feira (14), pela rádio Sucesso FM, o radialista Roque Santos chamou a atenção das autoridades municipais sobre a situação de vulnerabilidade dos jovens que se concentram em frente ao pátio da Prefeitura de Simões Filho, enquanto esperam pelo transporte escolar.
Segundo o radialista, em passagem pelo local ele pode presenciar uma série de manifestações errôneas dos jovens, que mais pareciam estar participando de uma festa do que vindo da escola propriamente dita.
Para Roque, deveria existir uma ação conjunta da prefeitura com vereadores, policias Militar e Civil, Promotoria, Juizado de Menores, Conselho Tutelar e sociedade organizada no sentido de prevenir a introdução dos jovens no mundo das drogas, prostituição e tantos outros riscos pelos quais os estudantes estão expostos.
“Não é responsabilidade somente da prefeitura ou da polícia em estar monitorando o local, é preciso que haja um envolvimento de todos os órgãos. A partir do momento que a gente vê tudo aquilo e fica omisso, se cala, a gente também tem responsabilidade.
Roque Santos disse que a fiscalização dos pais é imprescindível para o controle da vida social de seus filhos, tendo em vista que eles estão em fase de transição e logo mais se tornarão os possíveis detentores do poder municipal.
“Você pai, você mãe, já procurou saber o que é que seu filho faz na escola, o que é que seu filho faz após sair da escola, com quem seu filho está andando? O que eu vi ontem é o retrato do porque Simões Filho está sempre entre as cidades mais violentas do Brasil. Qual o cidadão que nós estamos formando pro amanhã? A gente que cria isso, a gente que forma o cidadão de bem ou o cidadão que vai andar a margem da Lei”, disse ele.
O radialista também comentou que algumas escolas estaduais estão sem merendar escolar e por este motivo liberam seus alunos 2 horas antes do horário normal, possibilitando que os jovens fiquem ociosos e expostos ao pior.
“Eu soube que uma escola da rede estadual está liberando os alunos mais cedo por falta de merenda. Isso é um absurdo, tem que se procurar um meio com o Governo do Estado pra isso não acontecer e se acontecer essas crianças não podem ficar ali”, revelou.
O jornalista afirmou ainda que avistou em média 600 alunos, aglomerados, em meio ao som alto de alguns carros e outras circunstâncias negativas. Por esta razão, ele disse ter se sentido muito triste e preocupado com o que pode ocorrer em um futuro próximo.
“Ontem eu fiquei muito triste e preocupado com o que eu vi, porque chega um momento em que o estado perde a força, e a família deixa de assumir o seu papel”, finalizou.
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