Proposta de Kátia Oliveira visa criar centros de qualificação e convivência para combater violência na Bahia


A deputada Kátia Oliveira encaminhou ao Governo do Estado da Bahia uma importante indicação para a criação do programa Usinas de Paz, voltado para a construção de espaços comunitários que promovam cidadania, qualificação profissional e convivência social. A proposta visa a construção de centros multifuncionais que ofereçam uma série de serviços essenciais à população, com foco na prevenção da violência e no fortalecimento de vínculos comunitários.

O programa incluiria atividades artísticas e desportivas, espaços para inclusão digital, salas de audiovisual, atendimento médico e odontológico, consultoria jurídica, emissão de documentos, e capacitação técnica e profissionalizante. Além disso, as Usinas de Paz também teriam um espaço multiuso para feiras, eventos e encontros comunitários.

A justificativa para a proposta está em um preocupante cenário de violência no estado. De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia é o estado mais violento do Brasil, com 11 cidades entre as 20 mais violentas do país, além de quase 5 mil homicídios registrados em 2023. Diante disso, a deputada argumenta que é fundamental que o Estado da Bahia invista em ações sociais e afirmativas, como a construção das Usinas de Paz, para proteger os jovens e as mulheres da ação das facções criminosas.

A deputada também mencionou a experiência bem-sucedida do Pará, que tem implantado as Usinas de Paz com a colaboração da iniciativa privada, com resultados positivos na redução da criminalidade. A proposta de Kátia Oliveira sugere que as Usinas de Paz sejam implantadas nos 11 municípios baianos com os maiores índices de violência, como Salvador, Jequié, Simões Filho e Feira de Santana, com a possibilidade de parcerias com empresas locais, como a BYD Auto Brasil, para a construção da Usina de Paz em Camaçari.

A deputada destacou ainda a importância de se criar um espaço para os jovens se afastarem da criminalidade e desenvolverem seu potencial artístico e profissional, além de fortalecer a convivência comunitária e promover a igualdade racial e de gênero. A iniciativa busca combater a desigualdade e oferecer novas oportunidades à população mais vulnerável.

O projeto agora aguarda a apreciação do Governo do Estado da Bahia e a adesão de parceiros privados para a viabilização da proposta.