Procuradoria descobre 17 servidores baianos que acumulam cargos públicos em Minas Gerais


17 servidores estaduais da Bahia são suspeitos de acumular cargos públicos no estado de Minas Gerais. Os casos foram identificados e divulgados nesta terça-feira (18) pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que realizou a Operação Estados, em conjunto com a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais.

Em um dos casos, um agente penitenciário lotado em Salvador acumula um cargo de investigador de polícia no município de Águas Vermelhas, Minas Gerais. A identificação levou o Estado a investigar outros casos considerados suspeitos já que, pela legislação, o acúmulo de funções no setor público não é permitido.

Outra questão considerada pela Corregedoria é a distância entre as cidades, superior a 700 quilômetros, o que inviabiliza o servidor de cumprir a jornada dupla de trabalho, devido ao tempo de deslocamento entre os locais.

Além do caso do agente penitenciário, foram identificados professores, policiais e analistas universitários com carreira em mais de um órgão público.

Segundo o Corregedor-Geral da Bahia, Luís Henrique Brandão, o acúmulo de cargos públicos é permitido somente para profissionais da área de saúde e professores, quando há compatibilidade de carga horária entre os dois empregos.

Neste caso, são considerados critérios como o total de horas semanais nos dois vínculos empregatícios, a distância entre os locais de trabalho e os intervalos para descanso e refeições do servidor.

Do total de 17 suspeitos, cinco já se enquadram como ilegais a partir desses critérios. Os outros 12 terão sindicância aberta para investigação.

“Estamos encaminhando as providências para a instalação de processo administrativo disciplinar nos cinco casos confirmados. Os demais são casos de professores com vínculo na Bahia e em Minas Gerais, o que ainda precisa ser investigado em relação ao cumprimento de cargas horárias”, disse o corregedor.