Presidente do Grupo Gay do Cia alega está sendo prejudicado pela Prefeitura de Simões Filho


O presidente do Grupo Gay do Cia, Edy Kakay em entrevista ao Mapele News, na manhã desta quarta-feira (31), afirmou está bastante decepcionado com a gestão pública municipal de Simões Filho, no que se refere ao respeito a diversidade LGBT.

De acordo com o líder, a prefeitura local através da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) retirou a Parada Gay do Cia do calendário cultural do município, na tentativa de realizar um único evento para os três grupos que existem na cidade e tradicionalmente realizam os festejos nas comunidades do Cia e do Centro de maneira distinta.

“Estamos sendo prejudicados de uma forma tão preconceituosa pela Secretaria de Cultura e pela Prefeitura Municipal de Simões Filho, desde quando a gente vem a nove anos no calendário cultural do município”, disse Kakay.

“A parada Gay do Cia é uma parada organizada, onde nós lutamos e levamos uma mancha, um dos maiores tapetes humanos neste município. Nós arrastamos 30 mil pessoas e nos sentimos tão prejudicados.Temos três requerimentos protocolados na prefeitura e se quer nem resposta a gente teve”.

De acordo com o presidente, uma vez que, os pedidos protocolados na prefeitura não foram respondidos, caberá uma intervenção jurídica, que inclusive já está sendo providenciada pela instituição que hoje conta com mais de 1200 associados.

“Já que nós não temos nenhum diálogo com a secretaria de Cultura, o prefeito não responde os ofícios que protocolamos para aquela Casa pedindo a ele que coloque no calendário cultural do município a Parada Gay do Cia, o meu jurídico já está tomando as providências cabíveis e vou entrar no Ministério Público”, revelou.

Segundo Edy Kakay, para unificar os grupos Gays do município o prefeito deveria antes tentar unificar as diversas denominações evangélicas que existe na cidade, mas entende que isso não é possível a partir do conceito de democracia.

“Querem unificar uma coisa que eles chegaram e já encontraram nesta cidade. Ele vá unificar os templos evangélicos que se tem aí no município mais de 1200. Feche os templos evangélicos e faça um só templo em que todos lutem por uma só palavra, mas isso é democracia, isso é direito de ir e vir”, ressaltou ele.

Kakay também falou que se a gestão municipal não precisa se preocupar em patrocinar a festa e que o seu pedido se restringe em manter o evento no calendário cultural da cidade.

“Só queremos informar que se eles alegam que só tem verba pra um seguimento, muito obrigado, porque o Grupo Gay do Cia já tem a verba e o nosso trio está pago para acontecer a 9ª Parada este ano”.

Kakay ainda garantiu que o evento vai acontecer com ou sem o apoio da prefeitura e voltou a dizer que o importante é o respeito ao seguimento e não o patrocínio.

Pode ter certeza povo de Simões Filho, ele tiraram do calendário, mas não vão conseguir tirar aquele povo todo que eu arrasto, aquele tapete humano de 30 mil pessoas. O que eu estou pedindo a eles é respeito e não patrocínio.