Presidente do Grupo Gay denuncia “juízes de paz” em Simões Filho que se negam celebrar casamento LGBT por causa da religião


O presidente do Grupo Gay do Cia, Edi Cacai revelou em entrevista ao repórter Valfredo Silva, na manhã desta quinta-feira (05), que está bastante decepcionado com a questão da igualdade, direito e o respeito à diversidade LGBT no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo ele, dois juízes de paz estão se recusando a ministrar a cerimônia de enlace matrimonial LGBT na cidade. “Eu até entendo mais não vou aceitar o Machismo e a Homofobia de dois líderes evangélicos, e a bíblia ensina pregar o amor ao próximo, mas eles estão pregando o ódio ao próximo”, disse Cacai.“Toda forma de amar deve ser respeitada e fico triste quando existem dois juízes de paz nesse município que afirmam que por causa da religião, eles não vão fazer o casamento LGBT”, disse e completou: “Ao todo, é previsto o matrimônio de dez casais LGBT no município”.

Ainda de acordo com o líder LGBT, mesmo com a recusa dos juízes, a cerimônia está mantida e irá acontecer em breve, inclusive, um dos padrinhos será o comunicador Uziel Bueno, da TV Band Bahia.

“Vamos casar neste ano ainda, dez seres humanos LGBT. Eu sou casado e vivo muito bem com meu esposo. Eu fico indignado, infelizmente não respeitam a diversidade. Os dez casamentos estão mantidos”, disparou.

Cacai também falou que vai acionar a Justiça requerendo o direito da realização do casamento Gay na cidade, que conforme por ele, existem 2.000 casais LGBT no município de Simões Filho.

“Então, vou fazer os ofícios enviando ao Ministério Público, a Defensoria Pública e ao juiz da comarca desta cidade para que tomem conhecimento dos fatos, porque é gravíssimo”, ressaltou, alertando que quando dois juízes de paz afrontam e praticamente ferem, porque a religião deles não permitem, vale salientar que eles têm que ser juízes na casa deles, não na Casa do Povo”

“Se eles são juízes de paz tem que fazer o casamento a todos os seguimentos, independente da orientação sexual e sim dos seres humanos, mas vou entrar com representação pedindo o afastamento desses machistas e homofóbicos, que são dois, e vamos casar sim na Casa do Povo, ou seja, na Câmara de Vereadores”, finalizou.

A denúncia foi feita durante a segunda edição do programa Bahia No Ar desta quarta-feira.