Os preços da gasolina e do diesel na Bahia foram reajustados neste sábado, 26, pela Acelen, operadora da Refinaria de Mataripe, segundo o Sindicato do Comércio de Combustíveis da Bahia (Sindicombustíveis).
Segundo a entidade, o preço do litro da gasolina A subiu R$ 0,15 e o preço do litro do diesel S10 subiu R$ 0,56 para as distribuidoras. Esta é a sexta vez que a empresa realiza reajuste nos preços somente em 2022.
Com a alteração, a Refinaria passa a vender o litro da gasolina por R$ 4,24. Presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas pontua que em Ipojuca, no Pernambuco, a cerca de mil quilômetros de distância de São Francisco do Conde, onde está a Refinara de Mataripe, a gasolina é vendida por R$ 3,75 o litro.
“Como o Estado da Bahia tem o ICMS mais caro do Brasil, na comercialização do diesel S10 isto faz com que o custo do produto, adquirido pelas distribuidoras junto à refinaria, tenha uma diferença que varia de R$0,50 a R$1,18. O Estado de Pernambuco, que faz fronteira com a Bahia, a diferença de preços do mesmo produto vendido pela Acelen chega a R$ 0,99”, disse.
Em nota, o Sindicato afirma que os preços começam a ser praticados pela Refinaria neste sábado, 26, e o repasse ao consumidor final nos postos é definido por cada distribuidora.
“O Sindicombustíveis Bahia reafirma que não interfere no mercado e respeita a livre concorrência”, diz a nota.
Ao Portal A TARDE, a Acelen confirmou que houve reajuste nos preços do diesel S10 e da gasolina A. O preço do diesel S500, segundo a empresa, não foi alterado.
A empresa afirmou que os preços que pratica “são resultado da aplicação dos contratos firmados com seus clientes, os quais trazem uma fórmula de preços objetiva e transparente”.
Segundo a Acelen, o preço do petroleo é a principal variável que interfere no preço dos combustíveis e, com a crise gerada pelo conflito entre Russia e Ucrânia, o preço internacional do barril de petróleo disparou, superando os US$115 por barril.
Ainda segundo a Acelen, existe uma “defasagem importante de preços dos combustíveis em todo o país” e diferenças de preço regionais continuarão existindo.
“A Acelen acredita que o país precisa ter um setor de combustíveis saudável e competitivo, com preços ajustados à realidade, sob pena de haver risco de desabastecimento e desincentivo a novos investimentos no setor. Momentos como o atual refletem o amadurecimento geral do setor, que vai passar cada vez mais por discussões pioneiras, resultantes da reconfiguração que se dá a partir da entrada de novos agentes como a Acelen”, finaliza.
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