Poluição sonora marca o final de semana em Simões Filho


Em Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), o canto dos pássaros cedeu lugar à música em volume máximo. O final de semana na cidade foi marcado pela poluição sonora, como tem acontecido frequentemente.

“Algum esperto pega o estacionamento e, no fim de semana, transforma em espaço cultural. E os vizinhos – moradores de condomínios não podem conversar, nem ver TV. São obrigados a ouvir horríveis shows de pagode”, desabafou o morador de um condomínio residencial da cidade.

Apesar da maioria das reclamações serem registradas por condôminos, os conjuntos residenciais não são exclusivos quando o assunto se refere à poluição sonora. Bairros como CIA 2, Pitanguinha, Ponto Parada, Coroa da Lagoa e Km 30 estão entre os mais afetados.

Além do som alto em bares, igrejas e casas de show, o barulho sobre quatro rodas ainda é o campeão da poluição. “Basta abrir o porta-malas do carro e lá está a estrutura de um minitrio”, disse outro morador sobre o carro do vizinho. E assim costuma ser os finais de semana em toda a cidade.

Saúde é afetada

Além de distúrbios auditivos, o zum-zum-zum dos decibéis acima do permitido pode provocar outros efeitos negativos à saúde. Na lista estão a insônia, estresse, depressão, dor de cabeça, hipertensão, perda de memória, agressividade e mau humor. Especialistas recomendam alguns minutos de meditação por dia para ajudar a interromper o estresse acústico.

Quem mora perto de vias movimentadas, por exemplo, deve equipar as janelas com vidros duplos, que dificultam a passagem do som. Cortinas e móveis também ajudam a minimizar os ruídos. Na hora de dormir, outro recurso são os protetores de ouvido feitos de silicone, que servem também para o ambiente de trabalho. Já no trânsito, deve-se evitar ficar com o som ligado dentro do carro. Se o barulho externo for muito grande, a sugestão é fechar os vidros e ligar o ar.