As eleições na Bahia correram de forma tranquila, com percalços comuns de um evento que envolve mais de 10,5 milhões de eleitores – 1,9 milhão deles apenas na capital. Segundo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), desembargador Mário Alberto Hirs, os principais problemas envolveram urnas defeituosas, além de uma ocorrência grave de segurança.
“Tivemos em torno de 150 urnas com problemas, 110 urnas substituídas e uma apuração manual, na 20ª Zona, em São Caetano”, citou ele, ontem, por volta de 20h, quando mais de 90% das urnas já estavam apuradas.
iFoto: Divulgação/TRE
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A segurança também foi bem avaliada, com exceção de uma confusão que terminou em morte no bairro do Arenoso. “Tivemos um homicídio, que uma das mesárias era parente do cidadão morto, que foi uma briga de quadrilha e fecharam as ruas. Aí acionamos a polícia e a situação foi regularizada a tempo, para prosseguir a eleição”, comentou Hirs.
A situação ocorreu na Rua Direta do bairro e terminou com policiais militares agredidos. Em nota, a assessoria da Polícia Militar informou que um juiz eleitoral pediu ajuda da polícia por conta do som alto de um veículo. O barulho estava causando transtornos na região.
Em nota, a Corporação informou que uma guarnição da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Tancredo Neves) esteve no local. “Ao adentrar no local, os PMs foram recebidos com latas de cerveja, pedras e pedaços de paus, momento em que foram ouvidos disparos de arma de fogo oriundos da multidão”, informou a PM.
Logo após os tiros, o corpo de um homem, ainda não identificado, foi encontrado a cerca de 100 metros do local da confusão. Ele foi baleado na cabeça e dois estojos calibre 380 foram encontrados ao lado da vítima. Ainda segundo a Polícia Militar, o Pelotão de Emprego Operacional (Peto) precisou utilizar munição química para conter a multidão. Ninguém foi preso.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, até o final da tarde de ontem, 266 ocorrências foram registradas em toda a Bahia. Ainda conforme a SSP, 79 ocorrências referentes a crimes eleitorais foram registradas. Ao todo, 95 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias ou centrais de flagrantes. Eles ficaram à disposição da Justiça Eleitoral, mas em alguns casos houve liberação após pagamento de fiança, até o final da tarde.
De acordo com a SPP, do total de ocorrências, 42 casos foram por boca de urna, dez por transporte irregular de eleitores, dez de compra de votos, três casos de porte ilegal de arma, três de desacato de autoridade eleitoral, um caso de injúria, além de desentendimentos entre integrantes de partidos adversários.
Mobilidade
Em Salvador, os congestionamentos foram um problema em vários pontos próximos a locais de votação, que registraram retenção. Apesar disso, a operação foi avaliada de forma positiva pelo superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller. “Hoje (ontem) é um dia complicado, mas foi uma operação tranquila, sem muitos incidentes. Posicionamos os agentes nas principais escolas para garantir a fluidez no trânsito. Cada momento é um momento. Tivemos menos problemas esse ano”, comentou o superintendente.
A operação de mobilidade também foi bem avaliada. “Fazia tempo em que não tínhamos queixas em relação ao transporte público durante uma eleição. Colocamos a frota de 3 mil ônibus na cidade para atender a população e o resultado que tivemos foi acima da média”, comentou Fábio Mota, secretário municipal de Mobilidade.
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