Polêmica: Câmara de Simões Filho reprova indicação de ‘redução de 17 para 15 vereadores’


 [soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/marcos-simoes-217735983/polemica-camara-de-simoes-filho-reprova-indicacao-de-reducao-de-17-para-15-vereadores” ][/soundcloud] A indicação do Vereador Genivaldo Lima (DEM), em reduzir de 17 para 15 o número de parlamentares na Câmara de Simões Filho; sob a justificativa da “necessidade de uma reforma administrativa, além dos argumentos sobre a ‘crise econômica e política’ que atinge o país” foi contestada pelos pares que esclarecerem que com a ‘redução a partir de 2017 não haveria economia; já que o repasse feito pela prefeitura continuará o mesmo que é de 6%’. Os demais vereadores esclareceram que caso a indicação fosse aceita pela Casa, a vantagem só seria para os próprios vereadores, com o aumento de salários, inclusive para os assessores. Com 12 votos contrários e 2 abstenções da própria bancada da oposição (Kátia Oliveira e Luciano Almeida –PMDB), a indicação do líder da oposição foi reprovada.

A polêmica indicação foi bastante debatida em plenário e os vereadores se manifestaram contrários ao proponente. O Vereador Everton Paim (PSD); chegou a questionar se a bancada da oposição viu como favorável a solicitação do líder; já que a indicação afetaria, inclusive, ‘os anseios e desejos dos pré-candidatos que teriam mais dificuldades de chegarem à Casa Legislativa a partir do próximo ano’.

Em entrevista ao ‘Mapele News’ na última quinta-feira (28), Lima afirmou que não haveria motivos para alguns pré-candidatos ao Legislativo comemorarem uma possível ampliação de 17 para 19 cadeiras e garantiu como certa a “aprovação da bancada da oposição à sua indicação”. O parlamentar em tom de ironia ainda criou um bordão. “Será um tiro no pé para quem votar contra”.

A equipe de reportagem acompanhou a participação popular, após matéria publicada na última quinta-feira e a polêmica indicação no entendimento dos leitores foi vista como ‘inoportuna, utópica e enganadora’ por inúmeros comentários. “Por que não pedem a redução dos salários dos vereadores”, reivindicaram os internautas.

Em defesa à sua indicação, Genivaldo Lima na tribuna da Câmara afirmou. “Não estou preocupado com eleição; nem reeleição porque o povo me elegeu com mandato”, disse na tentativa de ‘cutucar’ os questionamentos de Everton Paim.

A busca de entender o posicionamento e que contribuição a indicação daria ao município; foi questionado pelo Vereador Alfredo Assis. “Gostaria de entender porque o duodécimo [repasse de 6% pela prefeitura para a Câmara] não irá diminuir e com a redução só irá aumentar o salário dos vereadores e assessores”.

De acordo com Genivaldo Lima, a previsão de economia em torno de R$ 600 mil com a redução de duas cadeiras; como o repasse é garantido por Lei, o Presidente da Casa de forma ‘consciente’ devolveria o recurso para a prefeitura.

Em tom enfático e deixando claro sua ‘reprovação’, o Vereador Erivaldo Canjirana (PSL), questionou.“Mostre uma Câmara que devolve dinheiro”. “Eleição para vereador é proporcional e nem sempre ganha o mais votado”, acrescentou.

Um dos pontos levantados pelo líder da base governista, Jailson Soares (PP); foi em relação à falta de representantes em alguns bairros como Góes Calmon, Mapele, Cristo Rey, Coroa da Lagoa que com a redução dificultaria mais ainda a vitória de pré-candidatos no próximo pleito.

Já para o Vereador Pedro da Kombi (PTC), o motivo da sua reprovação seria o comprimento da lei; que estabelece o limite de 19 vereadores; segundo o número de habitantes. “Se o povo ganhasse alguma coisa eu aprovaria”, afirmou e ainda completou. “Sei que nessa história a verba nunca foi devolvida para a prefeitura”. 

A maior baixa da indicação de Genivaldo Lima foi à abstenção dos dois vereadores da oposição, além da ausência do Vereador e Presidente do DEM, Dene Canaã.

Luciano Almeida (PMDB); tentou ‘fazer bonito’, alegando que se a ‘redução fosse para 11’; ele aprovaria e na oportunidade Jailson Jajai cutucou. “Eu não entendo vereador se o seu desejo é de reduzir; para 15 já é um avanço”, ironizou.

A maioria esclareceu que com a redução a vantagem seria dos próprios vereadores já que seus salários aumentariam, além de tirar a oportunidade dos que sonham por uma cadeira. “Não vou enterrar os sonhos dos pré-candidatos”, destacou Pedro da Kombi.