Vinte e três pessoas foram presas durante a Operação Ali Babá, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 19, em Salvador e no interior da Bahia. Entre os detidos estão o líder da organização criminosa responsável por aplicar golpes na Caixa Econômica e em outros bancos e a esposa dele. O casal, que não teve o nome revelado, foi preso no município de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.
Dois contadores também foram detidos em Salvador e em Feira de Santana, sendo que um deles, que não teve a identidade divulgada, está confessando e repassando informações sobre a organização criminosa, de acordo com o delegado Wal Goulart, coordenador da operação.
Na capital baiana, foram cumpridos mandados em imóveis em Pernambués, na Pituba e na avenida ACM. Também foram realizadas ações em Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso.
No total, foram expedidos 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias -, 28 mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. Dois homens alvo da operação não foram encontrados e serão considerados foragidos, se não se apresentarem até o final da tarde desta terça.
De acordo com o delegado, um deles viajou pouco antes da ação ser deflagrada e o outro é caminhoneiro e não estava em casa.
Inicialmente, a ação focou no líder da organização, nos contadores e nos sócios das empresas “laranjas” utilizadas para dar golpes nos bancos, mas o delegado disse que outras pessoas participavam do esquema. “Há mais de 100 envolvidos. Pessoas que falsificavam documentos, faziam declaração de imposto de renda, cediam contas para circulação do dinheiro obtido no golpe ou que usaram suas próprias empresas para contribuir com a fraude. Elas estão sendo identificadas e também vão responder”, explicou.
Ainda de acordo com o delegado, a quadrilha criou mais de mil empresas em nome de “laranjas” para adquirir empréstimos em instituições financeiras que nunca foram pagos. O golpe foi descoberto após denúncia da Caixa Econômica Federal em 2013.
Apenas neste ano, foi calculado um prejuízo de R$ 10,5 milhões, mas o delegado afirma que o montante é ainda maior, já que, a partir de 2014, a organização criminosa passou a atuar junto a bancos privados, que ainda não estimaram o prejuízo. Informações do A Tarde.
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